terça-feira, 21 de julho de 2009

Quarto mandamento

Ouça mais música.

Ela passou os últimos dois meses e meio ouvindo, cantando, gravando, ensaiando e se irritando muito por conta de música.
E como foi árduo o serviço!
Ensaios exaustivos, pessoas nem tão simpáticas (nem tão dispostas) assim, dores, sono, cansaço, fadiga, abuso do seu violão...
Eram tantos sentimentos que se passavam na cabecinha dela que as vezes ela mesma tinha a sensação de não mais conseguir.
Era medo de errar, medo de não conseguir, medo...
Daí ela se apoiava na música.
Católica, evangélica, secular... De vários ritmos, tons e etnias.


A música.

Essa 'coisinha' tinha entrado em sua vida ainda muito nova, quando seu pai tinha a mania de ligar o som bem cedinho, assim que sua mãe chamava seus irmãos e ela pra se arrumarem pra ir à escola.
"Amanheceu peguei a viola, botei na sacola e fui viajar..."!
Fora as diversas horas de Antena1, Verde Oliva...
...

O tempo se passou e vieram com elas a JovemPan, a Transamérica, a MixFM, a SobradinhoFm... E o gosto pelo sertanejo...
E pelo violão, ao qual se dedica um certo tempo de seu dia pra ele e seus acordes iniciais...
Tudo muito simples e de iniciante, é claro, mas de persistência e fé.
Missa, coral, ministério, movimentos... Seu dom estava se fortalecendo! E ela já o podia usar...

Estava feliz!

Fora uma caminhada bem dura, cheia de tropeços, cansaço e desânimo. Muita coisa ao mesmo tempo que ela já não tinha mais o controle das coisas em sua vida.
Mas foi compensante!
Tudo aconteceu do jeito que Deus quiz. Cada música, cada momento, cada oração...
E no fim?
Quem disse que teve fim?
A caminhada só começou. Que venha 2010...

"Eis aqui a tua serva Senhor... Faça-se em mim segundo a tua vontade."

Uma certeza: Foi deixados por ela e os demais membros de sua equipe Rastros de amor... Por onde foram e por onde ainda irão...

"Por onde Jesus passava
rastros de amor ele deixava.
Grande era a multidão que o seguia
pois ele pregava com autoridade
e aquele povo então se rendia diante do seu poder.

Poder para curar
Poder para sarar
Os coração feridos como o seu e o meu

Poder para libertar
Poder para restaurar

Passa aqui Senhor... e opera um milagre...!"

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Quarto mandamento...

Não julgue pela primeira aparência...


... aliás, nem pela segunda!!


As coisas andam tão 'desandadas' que nós seres humanos temos a péssima mania de taxar aquilo que seja mais cômodo aos nossos olhos.
Um tempo desses ela foi com mais duas amigas num shopping da cidade que tem shows e padaria (?) ver uma dupla que caiu no gosto dela e se deparou com uma cena bem típica de lá.
No começo do show as pessoas estão um tanto que 'timidas' e preferem ficar sentadas mesmo... (algumas bebericam algumas cervejas). Num determinado momento da noite as pessoas se soltam, levantam e saem pra dançar.

As moças (algumas) permanecem no lugar, cantam e dançam em seus lugares... até o cantor começar uma moda mais conhecida pra os rapazes darem umas olhadas e 'escolher' uma moça pra dançar.
Até aí tudo bem, o que acontece é que as moças (embora sentadas e sem bebericar nada) também dão olhadas para os lados... =D
Inclusive ela!
De longe ela avistou um garoto que trajava um modelito bem 'nada a ver' com o lugar.
Ele estava de boné, calça jeans preta e casaco de moletom da mesma cor. O rapaz era bem bonito mas (aí entra a estória do julgamento) não estava de acordo com o show daquele dia...

...

Na mesa ao lado estávam um grupo de rapazes trajados como se estivessem saído do trabalho e ído pra lá. Todos eram bem bonitos. E estávam bem animados! Dançavam e cantavam todas as músicas.
Dançavam, bebiam e riam alto.
Até um deles vir a chamar ela pra dançar.
Ela AMA dançar. Aceitou sem nem olhar o rosto do rapaz.
Dançaram, conversaram, riram... Até ela perceber que ele não queria ser apenas seu amigo (além do péssimo odor de cigarro).
Lógicamente que ela resolveu voltar pra mesa onde ainda estávam suas amigas.

...

Cantou, dançou (sentada) e tomou muita água com suas amigas até aquele rapaz que falei no ínicio a chamar pra dançar.
E pense num pé de valsa - aliás - pé de sertanejo!

Pense...

Dançaram, conversaram e riram muito! Mas muito mesmo!
O rapaz era muito bacana, extremamente solto, leve de se conversar, engraçado, divertido, inteligente...
Quer saber? Não julgue.

Nem na primeira nem na segunda impressão.
Esqueça os protocolos e saia do normal. Até porque o 'normal' hoje é um mito.
Pense sempre que os que estão certinho demais, com certeza tem alguma coisa de errado. Não que você deve olhar os estranhos e esquisitos mas, tente olhar os que não parecem tão 'normais'...
Quem sabe o rockeirinho da festa sertaneja não seja um cara bem bacana que até seu telefone ele mereça anotar??

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Terceiro mandamento

Não tenha JUÍZO.

Ela é sem juízo...
Dinheiro ninguém quer dar à ela não, mas esse tal de juízo... rs*
Ela estava vivendo como se fosse o último dia. Literalmente se jogando nas coisas e oportunidades que lhe apareciam.
Seja um corte de cabelo, uma volta de moto...

Quer um exemplo?
Esses dias ela 'saiu' pra almoçar.
- Sobremesa, senhora?
- Sorvete.
Mas não há nada que a deixe mais frustrada do que pedir sorvete de sobremesa...
Contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar em sua frente
uma bolinha minúscula do meu sorvete preferido.
Uma só.
E o pior, quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa!
Tem base??

Aí a vontade que dá é de passar nas americanas, comprar um litro de sorvete bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação. (talves quando tiver uma geladeira...)
...
O sorvete é só um exemplo do que tem sido o seu cotidiano (e o de muita gente!).
A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela
metade.
A gente sai pra jantar, mas come pouco.
Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons e a tão esperada "luta" pelo buquê.
Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta.
Quer beijar aquele cara mais novo, mas tem medo de fazer papel de ridículo.
Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar.
E por aí vai...

Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...
Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão...
Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado'. Deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos.
Como ela anda fazendo...
Sendo ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a seu respeito.

Recusar prazeres incompletos e meias porções.

Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou e disse uma frase
mais ou menos assim:
'Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora'...
Ela, que não aspira à santidade e esta aqui de passagem, pode (deve?) desejar várias bolas de sorvete, bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado...
Um dia ela cria juízo.
Um dia...
Não tem que ser agora.

Por isso, garçom, por favor, traga à ela:
> Dez bolas de sorvete de flocos;
> um sofá de três lugares pra ela ver 10 episódios do 'Smalville' seguidos;
> uma caixa de trufas bem macias e...
> o Richard Gere, nu, embrulhado pra presente!
OK?
Não necessariamente nessa ordem...
Depois ela vê como é que faz pra consertar o estrago.
^^