segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Agora fui eu quem cansei!!!

Conversei com ela esses dias e ela me pareceu estranhamente 'de saco cheio'...
Antes, quando era eu quem ficava com cara de ** e meus amigos me pediam para que eu melhorasse a minha cara, eu não tinha conciência do quanto é ruim ficar perto de alguem desse jeito - ela falou.
Era um desabafo.
Várias vezes eu dizia que havia cansado de vê-la daquele jeito e ela nem se importava.
Mas de uns tempos pra cá, ela melhorou. Se perguntam pra ela como ela está, ela não mais nos responde com o nariz torcido...
E outra. Agora que estava melhor, já conseguira até recuperar um pouco do peso de antes, não se daria ao luxo de andar com pessoas desanimadas.
Não mesmo!!
Ela poderia ter ligado pra outros tantos que gostariam de estar na pele "dele" e mesmo assim a "toupeira" não fez nada...
(Foi isso que eu entendi no relato que ela me contou.)
Não era um 'nada' qualquer. Não queria que acontecesse nada entre eles. Só queria que ele interagisse com seus amigos... Que fosse um pouco mais agradável...
Mas não foi.
Ora ela agitava as mãos pro alto e dizia: "Nunca mais Deus!! Nunca mais...", ora ela arregalava os olhos (eu achei que não fosse possível) e dizia em fúria: "Só não foi pior porque ganhei o CD da dupla...".
Devia ter sido mesmo ruim.
Na verdade ela estava é cansada de ficar triste. De se ver e se comportar como uma pessoa triste.
Ela queria mais...
Queria rir, queria se divertir, zoar e ser zoada.
"É pedir muito??" - Ela me perguntou.
Não acho... Não para alguém como ela, que sofreu e passou por tantas esse ano. Poderia ele ao menos ter representado?
Poderia ter feito o papel de bacana... De bom moço... Poderia ter a convidado para dar uma volta ou tomar um milk shake...
Mas não...
"Disse apenas que não queria dançar, que não gosta de sertanejo e ainda por cima ficou vendo luta livre no telão!! E de braços cruzados!!!" - Esbravejou ela.
Nessa hora, ela já estava com as bochechas vermelhas...
É... eu entendo o caso dela. Deve ter sido ruim mesmo.
Saiu pra se divertir e teve que fazer 'sala' para alguém que não fez o mínimo esforço pra ser ao menos 'agradável'...
"Ah se arrependimento matasse!!" - ela pensou (alto).
Não queria mais pessoas com caras amarradas ou de pouco humor perto dela.
Não mais.
Nem devia...
Ainda bem que poderia escolher as pessoas pra ficar próximas à ela... Imagine se não!??
O ano 'novo' se aproxima. A virada - bem diferente dos dois últimos anos - também.
Novos sonhos, novas metas... Precisava de preparar.
"Esse ano promete!" - Me disse ela.
Eu bem sei o que se passa naquela cabecinha... E se metade das coisas que ela planeja derem certo... Uau!!
Tomara...
Tomara, já que nesse ano não se realizaram nem metade das coisas...
Perguntei à ela qual foi a maior alegria neste ano... A resposta me surpreendeu.
Achei que ela me responderia que foi a carteira de motorista ou o 'retorno' ao movimento da igreja...
Mas ela apenas me respondeu: "Permanecer viva...".
É... ainda tenho muito que conhecer...

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Lilly...



Conversando com ela mesma, e, após ser solicitada a ajudar um alguém, ela resolve procurar uma música dita outrora por outro alguém...
"Lilly"... gosta desse nome... dessa escrita... Lembra alguém... Lembra algo...


Lily, my one and only

Lily, my one and only
I can hardly wait til I see her
Silly I know I'm silly
Cause I'm hanging in this tree
In the hopes that she will catch a glimpse of..
..me and thru her window..
..shade (shade) I watch her shadow..
I wonder if she.....

I wonder if she could only see me?
When I'm with her I feel fine
If I could kiss her I wouldn't mind the time
It took to find my...
..Lily..

Cause as they're dragging me away
I swear I saw her raise her hand and wave........GOODBYE

.................................................................................................

Lily, my one and only (tradução)

Lily, minha primeira e única
Mal posso esperar até eu vê-la
Eu sei que sou bobo... bobo
Porque estou pendurado nesta árvore
Na esperança de vislumbra-la...
.. eu vejo através dela janela ..
.. sombra (sombra)
Eu vejo sua sombra ...
Eu me pergunto se ela ...

Eu me pergunto se ela só podia vim me ver?
Quando estou com ela me sinto bem
Se eu pudesse beijá-la eu não me importaria com o tempo
Demorou para encontrar a minha ...
Lily...

Porque está arrastando-me para longe
Eu juro que a vi levantar a mão dela e vaga ...
ADEUS

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Natal...


Conversando com ela mesma, após uma outra conversa com um outro alguém, e depois de relutar muito, decidiu que deveria escrever algo aqueles quem vivenciou situações nesse ano... Deve a cada um deles mais que algumas palavras, mas como hoje é a única coisa que pode...


"Dentro de alguns dias estaremos no último dia do ano de 2008... e depois da meia-noite, virá o Ano Novo... O engraçado é que, teoricamente, continua tudo igual...
Ainda seremos os mesmos.
Ainda teremos os mesmos amigos.
Alguns o mesmo emprego.
O mesmo parceiro(a).
As mesmas dívidas (emocionais e/ou financeiras).
Ainda seremos fruto das escolhas que fizemos durante a vida.
Ainda seremos as mesmas pessoas que fomos este ano...
A diferença, a sutil diferença, é que quando o relógio nos avisar que é meia-noite, do dia 31 de dezembro de 2008, teremos um ano INTEIRO pela frente! Um ano novinho em folha!
Como uma página de papel em branco, esperando pelo que iremos escrever.
Um ano para começarmos o que ainda não tivemos força de vontade, coragem ou fé...
Um ano para perdoarmos um erro, um ano para sermos perdoados dos nossos....
365 dias para fazermos o que quisermos...
Sempre há uma escolha.. E, exatamente por isso, eu desejo que vocês façam as melhores escolhas que puderem.
Desejo que sorriam o máximo que puderem.
Cantem a música que quiserem.
Beijem muito.
Amem mais.
Abracem bem apertado.
Durmam com os anjos.
Sejam protegidos por eles.
Agradeçam por estarem vivos e terem sempre mais uma chance para recomeçar.
Agradeçam as suas escolhas, pois certas ou não, elas são suas. E ninguém pode ou deve questioná-las.

Quero agradecer aos amigos que eu tenho : Aos que me 'acompanham' desde muito tempo.
Aos que eu fiz este ano.
Aos que eu escrevo pouco, mas lembro muito.
Aos que eu escrevo muito e falo pouco.
Aos que moram longe e não vejo tanto quanto gostaria.
Aos que moram perto e eu vejo sempre.
Aos que me 'seguram', quando penso que vou cair.
Aos que eu dou a mão, quando me pedem ou quando me parecem um pouco perdidos.
Aos que ganham e perdem.
Aos que me parecem fortes e aos que realmente são.
Aos que me parecem anjos, mas estão aqui e me dão a certeza de que este mundo é mesmo divino.
Obrigado por fazerem parte da minha história..."

Espero que 2009 seja um ano bem mais feliz, amoroso e próspero para todos.
Um beijo a todos meu amigos, colegas e companheiros!!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

A margem de interpretações...

Para ela, é extremamente abrangente dizer qualquer coisa. Qual coisa mesmo.
Como há em uma de suas comunidades no orkut: “A sua imaginação é foda!”. E é mesmo.
Algumas situações andaram acontecendo com ela que a mesma não conseguia entender. E passava horas de seu dia incumbida a desvendá-los...
Por várias vezes se via fazendo coisas no automático e sua cabeça longe. Por vezes foi vista falando sozinha enquanto caminhava na rua.
Por vezes foi perguntada – e surpreendida – por perguntas como “Você está bem?” ou “Está ficando louca?”...
É... não dava pra explicar.
E divagando em seus pensamentos, ela teve um súbito. Orkut e MSN eram o que de fato mais confundia...
O orkut por ele próprio é confuso. Nele a pessoa pode se passar por quem ela quiser. O cara pode se chamar Roberto e colocar ‘Nego drama’ que ninguém nota. A menina pode se chamar Beatriz e colocar ‘Princesa do Vale encantado’ com várias borboletinhas e coraçõeszinhos que ninguém fala nada.
E o que falar em foto? Pode colocar a foto da atriz dos “Rebeldes” ou a foto de calendário de mecânica. Quem vai dizer que não é? E ainda tem o álibi de bloquear os álbuns para que somente os amigos possam ver... (Bem útil – pensou ela).
No MSN a mesma coisa. Mas como não tem tanto ‘espaço’, o que dá o impacto é a frase...
Ela leu esses dias uma crônica do Arnaldo Jabour que falava exatamente nisso. Dizia que as frases de MSN muitas vezes falam do estado de espírito do dono – ou o inverso.
Por exemplo (isso está na crônica), a menina acabou de terminar um namoro e quer mostrar pro ex que está ‘por cima da carne seca’ e que está ‘pegando geral’, ela coloca “Meninas esse fim de semana foi fantástico!”. Na verdade ela está na maior deprê mas o ego é demais pra confessar que ainda não o esqueceu.
Tem outros que colocam propagandas e outros tantos que colocam os nomes que mais parecem códigos à serem decodificados...
Normal – Pensou ela.
A algumas semanas atrás ela espumava de raiva por conta de uma frase de um certo alguém. E não conseguia entender porque as pessoas faziam tanta questão de demonstrar o seu ‘momento’...
Mas ao mesmo tempo ela se lembrou de quando ela mesma colocava coisas assim. Faz tempo, mas colocava.
Eram frases que vinham em sonho e que a corroia por dentro... Mas que naquele momento era preciso estravazar aquilo... Mesmo sendo em palavras, mesmo sendo em silêncio...
E por tantas vezes ela mesma chorou em meio a uma conversa com alguém por MSN ou lendo um depoimento em seu orkut...
É normal isso? – Ela perguntava.
Mas voltando ao assunto. Foram várias vezes que ela leu algumas coisas que a interpretava de forma errônea. E por muitas ela sofria. Em vão? Talves necessário naquele momento.
Precisava aprender – e muito – o ‘benefício da dúvida’.
Mas foi horroroso ler e entender que estava sendo ‘deletada’ da vida de alguém ou que alguém precisava estar longe...
Ou ainda que ela era a falsa e que existia uma que era ‘verdadeira’.
Precisaria rebater? Estava disposta a rebater? Seria necessário rebater? Conseguiria rebater?
Não rebateu...
As vezes suas frases são impactantes. Outras mais meigas. Algumas com autoridade. Outras melancólicas. Mas o que mais gostava eram fragmentos de alguma música. Algumas antigas que outrora escutou na rádio. Outras que vinha em sua cabeça ‘do nada’. Algumas com um fundo de verdade. Outras nada a ver com o que se passa. Algumas secular, outras católicas ou evangélicas...
Músicas...
Era um outro meio de pensar inúmeras coisas a respeito.
As vezes – e numa mesma música, as sensações eram diferentes. A vezes a faziam lembrar de coisas boas, as vezes a fazia chorar.
Horas se passaram e ela já estava em casa se arrumando pra deitar quando seu telefone toca...
Alguém muito especial que havia adotado como amiga. Ou teria sido ao contrário?
Era um amor genuíno e que não precisava de muito pra existir. E pelo que se via, era forte o suficiente pra superar qualquer coisa.
Do outro lado da linha, palavras de consolo de apoio. Era só o que preciso – Pensou ela.
(...)
Naquela noite, ela dormiu melhor... Não precisava se esforçar pra entender alguma coisa. Nada era tão importante pra se entender naquele momento... Não ainda.
E prometeu a si mesma que daquele momento em diante não mais daria valor – além do que merecia – para qualquer coisa...
E ficou decidido assim.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Bah!!!


Pretensiosa, eu? – Ela pensou... Seria mesmo?
Lá estava ela em sua cama. Acabara de acordar e mergulhara nessa linha de raciocínio.
De fato: tinha uma lista de ‘pretendentes’ e, como ela mesma sabia, nenhum satisfazia os pré-requisitos feitos por ela outrora.
E isso é bom? – Pensou ela.
Deveras, se sentia sozinha... Mas necessitava mesmo ter ao lado um ‘namorado’?
E foi divagando em pensamentos...
Um era extremamente enigmático. Só sabia de seus reais interesses devido ao mesmo ter tão contato quanto ela com um casal de tios... É um rapaz bonito, mais alto que ela, gosta de música, mora perto de sua casa, da mesma igreja, gentil, disfarça bem mas é super carinhoso, atencioso, carismático, tenta até ser engraçado! É gostoso estar com ele... – Ela pensou.
Um outro é mais tímido... Mas super atencioso. É da mesma igreja, carinhoso, gosta de música, a elogia mesmo estando de pijama... Manda mensagens, escreve scraps, diz que ‘está amando-a’...
Um outro é menos próximo fisicamente. Mas tão carinhoso e atencioso quanto! Nela, ele desperta desconserto... Se sente garotinha perto dele. Está sempre sorrindo e a fazendo sorrir... A leva em lugares estranhos e inesquecíveis... Faz com que ela descubra novos talentos a toda hora...
Um outro é mais direto. ‘te quero’ ele diz... É carinhoso, prestativo e está sempre bem humorado! Gosta de festas e de dançar. Uma graça – pensou ela.
Tem outros... Um que demonstra gostar dela, mas faz um charme... Outro que joga indiretas, mas não faz nada... Um outro que só quer tê-la por perto para provocar um outro alguém... Tem o que diz que ‘ora’ por ela, outro que ainda ‘vai tê-la’... O primo da amiga que hora está apaixonado por ela, hora por sua prima...
Aff!
Levantando da cama meio atordoada, ela foi até o portão – depois de se trocar e escovar os dentes, é claro! – e se sentou na calçada.
E mais pensamentos...
Não era uma má garota... Tão pouco feia. Gostava de música, de dançar, de carros, de estar com os amigos, de ver e tirar fotos, de suco de goiaba, de abraço e colinho, de piscina, de conversar, de dormir, de ver filmes, de sorvete de flocos, de jogar vídeo-game, de modificar suas roupas, de arrumar seu cabelo, de rir e fazer as pessoas rirem, de escutar o que elas tem pra dizer... Se considera carinhosa e dedicada.
Então porque ainda solteira, cara pálida? – Perguntou sua amiga que mora do lado de sua casa.
Não sabia explicar. Não se sentia merecedora de sentimentos de ninguém. Não sabia se era a hora de se envolver com outro alguém ou se devesse esperar um pouco mais.
Estava com medo de sofrer... Era a verdade.
E está vivendo uma nova fase em sua vida. Um ano que começara com muitas expectativas que se frustraram estava se findando. Novos planos e metas estavam sendo traçados...
Deveras, era uma outra pessoa. Do começo do ano até então, de nada se pareciam. Era outra vida, outras idéias, outros conceitos, novas maneiras de pensar e agir.
Sim, havia se tornado uma pessoa mais calada – se é que já não era demais! – Se tornou mais fria também. Relutava antes de qualquer circunstancia... Estava mais cautelosa. E estava mais teimosa também...
Então não era o momento, é isso? – A amiga perguntou.
Não, acho que não... – Ela respondeu.
“Sabe o que não mudou? Seus olhos... são enoooooormes!!!”.
Entrou em casa e uma música teimou em sua cabeça o resto do dia...


“Já conheci muita gente/Gostei de alguns garotos/Mas depois de você/Os outros são os outros.Ninguém pode acreditar/Na gente separado/Eu tenho mil amigos, mas você foi/O meu melhor namorado.Procuro evitar comparações/Entre flores e declarações/Eu tento te esquecer/A minha vida continua/Mas é certo que eu seria sempre suaQuem pode me entender.Depois de você/Os outros são os outros e só.São tantas noites em restaurantes/Amores sem ciúmes/Eu sei bem mais do que antes/Sobre mãos, bocas e perfume.Eu não consigo achar normal/Meninas do seu lado/Eu sei que não merecem Mais que um cinema/Com meu melhor namorado...”.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Nervosa, ela??


Depois da última aula de volante e depois de se negar a fazer as aulas extras que seu instrutor havia recomendado, ela, depois de muita insistência de sua amiga resolve fazer apenas uma, no dia do exame. O horário? As 7hs da manhã...
No sábado, exatos oito dias antes seu irmão, com a maior calma do mundo, sai com ela pra dar uma volta. Já na primeira curva ela deixa um desenho em outro carro. Surreal...
Chorou a manhã inteira ouvindo João Bosco e Vinicius... “Coração idiota, parece que gosta de me fazer sofrer...”.
Aff!
Aquela semana seria um sacrilégio! De segunda a sexta seu estomago não deu folga. Chegou a vomitar tantas vezes que tinha medo de comer... Era dor o dia inteiro! E era só pensar no exame e lá vinha uma coisa ruim na garganta, uma fraqueza nas pernas, uma vontade de desistir, um pensamento de impotência...
E os dias foram se arrastando. E muita coisa mudou. Seu cabelo mesmo...
Um dia antes sua prima vem lhe fazer uma visita. E seu pai – um tanto estranho – ela pensou, deixou o carro para que ela desse uma volta.
Foi bom...
Mas a insegurança era demais.
Naquele mesmo dia ela parara na enfermaria da clínica e tomara um remédio venoso que a deixou mole...
Ao chegar em casa, ela se banhou e deitou em sua cama. Não comeria. Medo...
Uma ligação...
Força e palavras carinhosas vindas do outro lado. Ela até conseguiu relaxar... Mas seus olhos manavam lágrimas desobedientes...
Na manhã seguinte ela se levantou e no meio de seu banho pensou em não ir... Não se sentia segura. E se acontecesse um acidente? E se ela reprovasse? E se passasse mal no meio do exame?
Depois da aula ela se sentiu menos ruim... Estava até confiante!
Foi pra casa de sua tia. E lá ela teve o apoio que precisava. Apoio e incentivo.
Saiu de lá feliz!
Ao chegar no local do exame, vários amigos a esperavam. Foram lá acompanhar o resultado.
Mais nervosa ainda, ainda foi ao banheiro duas vezes.
Era a penúltima de seu carro. Quando seu instrutor se aproximou e lhe disse que seria a próxima ela teve vontade de sair correndo. Já?
Entrando no carro, já no primeiro contato com os examinadores – um homem ao lado e uma senhora no banco de trás – ela solta a velha piada da foto na identidade...
E o percurso foi assim... Em meio a conversa deles com ela e dela com eles.
Um único erro. Colocou uma marcha errada...
Seria o fim? Game over? Já era?
Sua garagem foi uma pintura de linda... Não dava pra reclamar. Valeu a pena...
Mas e a marcha errada?
Na espera do resultado uma surpresa - um de seus amigos não havia passado...
E ela na espectativa...
Ao ouvir seu nome ser chamado na guarita, num solavanco de umbigo, lá foi ela receber... Sua identidade e um pequeno papel dobrado... Nele escrito: APTO.
Era felicidade demais!
Quase não se continha de tanta... Na dúvida ligou pra sua mãe... Do outro lado um tom de felicidade e uma frase ‘broxante’: “Tinha que ficar feliz assim quando passar num concurso, no vestibular...”.
É... não poderia esperar mais que isso mesmo...
De lá – e na chuva – ela foi almoçar na casa de um de seus amigos.
A felicidade era transbordante. Nem se lembrava mais de quando se sentiu daquela forma!
Mandou mensagem pra um monte de gente e foi pra casa de uma outra amiga.
Naquele dia ela tentou falar com ele várias vezes... Mas sem resultado.
Se deitou naquela noite com uma sensação de poder... Era felicidade, poder, alívio...
O estômago? Curado...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

... e chega de atos insanos X


Se levantou naquela manhã mais irritada que os outros dias.
E se irritou ainda mais tendo que ficar quase uma hora fazendo garagem.
Putz!
Saiu de lá indignada de raiva. Era visível o seu descontentamento.
Naquele dia ela fez uma loucura. Com boas intenções, é claro.
Precisou dirigir sem ter tirado carteira. Mas como mencionado, por uma boa causa...
E teve medo.
Medo de não conseguir. Medo de ser pega. Medo de acontecer algo de ruim.
Medo.
Esperou sua mãe ser atendida e foi embora.
Chegando em casa, arrumou suas coisas, lavou outras e de deitou pra esperar a sua hora de ir trabalhar.
Seu dia no trabalho foi de extrema loucura!
Estava irritada e não sabia porque. Irritava-se fácil e não sabia porque. Tinha vontade de chorar e não sabia porque.
Queria sumir e sabia muito bem o porque...
Indo pra casa, um de seus amigos liga. Como é bom falar com eles! E que saudades tinha dos terços semanais...
Na conversa um convite. Almoçar com ele no dia seguinte. E claro, aceito.
Arrumando a cozinha, ela recebe uma ligação de sua outra amiga. Era um convite pra jantar em sua casa novamente. Mas não daria pra ir... Não naquela noite, mas ficaria marcado para a noite seguinte...
Viu tv com sua mãe até bem tarde novamente e foi deitar.
Na prece, paciência...
E dormiu. Ou não...

... e chega de atos insanos IX



Antes mesmo de ter consciência do que estava acontecendo, lá estava ela de jogando ao mundo.
Em sua aula – dupla, pela primeira vez – ela se chateou com aquele que o ensinara. Estava se irritando muito fácil ultimamente.
Porque?
Naquela manha após a aula ela foi a casa de sua amiga e por lá almoçou. Gravou umas fotos em CD e foi trabalhar.
Em seu trabalho, nada de muito diferente...
Na ida pra casa sim...
Uma ligação. Ele.
Uma pergunta. “E você, como está?”.
Na resposta sem pensar porém mais sincera impossível. “Com fome!”.
Pronto...
Naquela noite ela jantou com uma pessoa que gostava muito e que já não se via mais distante.
Uma amiga... Uma mãe...
Conversaram muito naquela noite que até esqueceu da hora. Quando viu já era bem tarde...
Bom foi a companhia até a esquina de sua rua...
Muito bom...
Já deitada, lhe ocorre um novo pensamento. “Porque meus dias não são assim sempre? Basta coisas simples acontecerem pra que eu me sinta feliz!”.
Esse foi um dos seus pedidos... Um dos!
Foi fácil pegar no sono naquela noite...

... e chega de atos insanos VIII

A manhã seguinte começou com ela deitada sem coragem pra levantar.
E só levantou quando realmente não conseguia mais ficar por ali.
O almoço foi por conta dela. E percebeu - de novo - que não era o seu forte...
Arrumou a cozinha e lá foi ela pra reunião.
Lá estava ela, tendo que engolir coisas e pessoas, pessoas e peripécias das mesmas. Até quando conseguiria?
Em meio a comentários ela se sentia inútil.
Seu estomago doía com mais força que na noite anterior. Porque será?
Hum...
A tristeza era visível.
Ela se isolou. E percebeu que existem pessoas que realmente se preocupam com ela. Seria mesmo possível?
Queria gritar para esses que ela não merecia nada daquilo! Chega...
Era hora de partir... Não precisava passar por aquilo. Não precisava suportar nada daquilo. Não queria. Não necessitara...
Não.
Indo pra casa lhe ocorreu um pensamento. “Porque nada mais dá certo?”. O que ela teria feito de tão ruim?
E percebeu que não havia se despedido de ninguém...
Chegando em casa, ela se banhou para ir a igreja. Ainda estava com vontade de se arrumar. E embora estivesse de jeans e camisa branca, ela se sentia linda...
E lá foi ela com a sua afilhada.
A missa foi linda... Ela se sentia bem.
No fim ela fez o que havia muito que não fazia. Visitou onde ficam os músicos...
A verdade era que ela queria abraçar alguém...
Mas como sempre, a ‘impressão’ de certas coisa a incomodam, ela se foi – sozinha – para casa.
Viu tv com sua mãe até muito tarde e foi dormir.
Tristeza?
Não... mas era uma sensação estranha. Era como se estivesse tirando algo que não era mais dela mas que era e que não queria mas ainda era e que outros queriam e ela não queria deixar mas que mesmo assim outros insistiam e ela relutava a desistir e mesmo na duvida de estar fazendo certo ou não ela continuara...
Estranho?
Quem a conhece sabe que nunca foi normal.
E dormiu... Ou pelo menos se deitou.
Estava virando costume acordar de madrugada pra ir ao banheiro. E estranhou o fato, já que morre de medo de escuro.
De frente ao espelho ela teve um pensamento. “Está na hora de mudar algo aqui...”.
Ainda naquela noite, ela sonhou com uma loira de óculos escuros dirigindo um carro cinza....

... e chega de atos insanos VII

E foi.
Na manhã seguinte lá estava ela de jogando ao mundo sem medo... Ou não?
A manhã passou tão rápido que quando percebeu já estava novamente deitada em sua cama. Sentia-se tão cansada!
Dormiu até chegar a hora de sua reunião.
Fatídica?
Nem tanto... Apenas se resguardou e abdicou de suas opiniões o quanto pode, dando-a somente quando era solicitada...
Mas não se conteve quando foi ‘escolhida’ pra dançar chiquititas...
Não, não podia se imaginar naquela situação. Detestava de todo coração e com todas as forças esse grupo! E nem era de sua época...
Foi embora esperando por um convite. Um convite pra sair. Precisa sair. Queria sair. Principalmente com aquele quem havia cogitado a idéia...
Mas o convite não foi feito...
Ainda o viu indo embora sem dizer uma só palavra sobre o assunto.
Porque os homens que se aproximavam dela tinha esse receio? Estava tão claro que ela poderia simplesmente recusar e dizer um “não” categórico? E porque simplesmente não iam a fundo? Porque desistiam com tanta facilidade?
Estava ela sendo difícil demais? Estava ela querendo escolher demais?
Foi a casa de uma de suas amigas mas foi necessário uma fatia de pudim de leite pra que o estomago dela reclamasse.
E foi pra casa.
Lá chegando deu uma olhada em sua mãe e se deitou. Ainda foi convidada a comemorar o aniversário do pai de sua amiga ao lado de sua casa, mas não estava bem.
Tentou falar com ele, mas...
Antes de dormir, ela recebeu uma mensagem daquele quem ela esperou o convite. Era somente uma mensagem a desejando boa noite. E só...
Frustrada?
Um pouco... Porque quando ela decidia por coisas novas acontecia isso? Seria predestinação? Deveria se prender ao passado sem dar passos a frente? Deveria insistir em um desejo de seu coração e deixar que o desejo de seus amigos de desfizessem?
Naquela noite não estava bem mesmo. Estava com muita dor de estomago e se sentia coagida ao que aconteceria no dia seguinte.
Chiquititas...
A verdade é que ela estava com medo do que ela mesma poderia fazer ou falar. Não toleraria se quer uma única provocação...
Estava triste... Não sabia como se comportar nem como agir. Queria sumir...
E pediu a Deus isso em oração, e adormeceu.
Estranho...
Antes mesmo de clarear a janela, ela ainda estava deitada em sua cama... Deus não havia atendido sua prece – pensou.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

... e chega de atos insanos VI

O dia seguinte começou e se foi sem muitos predicados.
Era uma mistura de felicidade com tristeza. Medo e poder...
“Vai entender” – poderia dizer!
E lá foi ela pra aula.
Depois foi almoçar na casa de uma amiga. Como ela gostava de estar com os seus!
E como se sentia acolhida naquela casa!
O almoço? Strogonoff. Sobremesa. Sagu.
Foi trabalhar naquele dia com pensamentos nada convencionais. Estava mesmo ficando diferente? Passaria a ficar verde e ser chamada de algum nome que só contém consoantes?
Porque a sensação de bis?
(...)
Ao voltar pra casa ela teve vontade de saber voar...
Queria se tornar a Jean Grey dos X-men, com o poder de voar, movimentar coisas e ouvir o pensamento das pessoas...
Perfeito!
E ainda com aquele chiquerrézimo cabelo vermelho...
E por falar nisso, nesse mesmo dia ela foi indagada por mais uma pessoa em porque não fazia curso de moda ao invés de publicidade...
E não é que estava se apaixonando por isso?
Apaixonando? Era essa a sensação dentro dela mesmo? Paixão?
Não se reconheceu. Estava mudando e não sabia o motivo. Estava gostando de fazer coisas que achou que jamais se sentisse realizada novamente.
Isso era bom?
De noite, já em sua cama ela rezou.
E foi fervorosa.
Queria um fim de semana diferente.
E dormiu...

... e chega de atos insanos V

O dia seguinte começou com ela se levantando bem cedo e se arrumando para trabalhar. Naquele dia ela iria de manhã.
Trocara de horário devido a uma visita que estava querendo fazer a um amigo no hospital. E assim como ela havia pedido a ela, ela queria vê-lo.
Mas não deu. Ele não resistiu. Havia partido antes que ela pudesse ter ido vê-lo. Estava sendo recebido nos braços de Cristo naquele momento...
E ela se aliviou...
Saiu de casa com aquela visão. Cristo recebendo seu amigo...
No trabalho nada de novo.
Ao sair ela ligou pra ele para saber onde seria o enterro.
Chovia muito e devido a um outro imprevisto ela só conseguiu chegar no local quando já haviam feito as considerações finais.
Ainda ficou um tempo observando o local e foi abraçada por um de seus amigos e levada com ele para abraçar a mãe de seu amigo.
Na despedida ela foi junto com ele pra casa.
Estava molhada. Muito molhada.
E como de costume, foi recebida com muito carinho.
Vestiu um ‘meião’ e se cobriu.
Fazia muito tempo que não descansava daquela forma...
Estaria ela acolhendo ou sendo acolhida?
Queria chorar... Mas se conteve.
Aproveitou o máximo daquela noite sem medo de arrepender depois.
E foi maravilhoso...
(...)
Já em sua casa, pensamentos vagueavam.
Foi um sonho?
E mesmo sem sono ela banhou e se deitou...
Uma música ao fundo:
“Seu corpo em meu corpo / Seu beijo em meu beijo / É fogo que queima / Explode o desejo / Eu paro no tempo / E nesse momento / A gente quer se devorar.É nisso que dá / Se beijo seus olhos / É coisa de pele / Entra pelos poros / Não quero te ver / Nem arrepender / Não quero chorar...”

... e chega de atos insanos IV

A manhã seguinte começou atípica.
Primeiro uma ligação. Ele...
Incrível como bastavam meias palavras pra que ela se sentisse mais encorajada...
Do outro lado também, noticias ruins. Seu amigo não estava nada bem e seu tempo estava acabando. Precisava conseguir trocar de horário no dia seguinte.
Estava com medo.
Medo de não dar tempo. Medo da aula que sucederia aquele momento...
Com a cabeça em outros rumos, lá foi ela. Se lançando ao mundo.
E foi bem ameno naquele dia...
Chegando em casa ela se deitou e dormiu. Parecia que não dormia a muito tempo. Estava cansada...
No serviço uma boa noticia. Conseguira trocar de horário. Amanhã o veria...
E o dia passou mais rápido que os anteriores.
Até anoitecer e ela ver seu celular tocando.
Era ele...
Do outro lado uma voz baixa e uma pergunta: “Onde você está?”, “No serviço, e você?” - Respondeu.
Do outro lado: “No hospital...”.
“Você vai dormir aí de novo?” – Ela perguntou. A resposta: “Não”.
Daí ela: “E quem vai?”.
“Ninguém...” – ela ouviu do outro lado...
Silêncio.
Não conteve o choro. Não conseguia. Não podia...
E juntamente com o choro veio uma mania.
Refluxo.
Mania?
Era horrível a sensação. Dor na garganta. No peito.
Tomou uma medicação venosa e foi pra casa. Desolada...
Não se sabe ao certo o que se passou.
Ainda conversou no celular e dormiu. Ou teria desmaiado?
Estava mole. Mole e vulnerável.
Não rezou naquela noite.
Não se lembra de mais nada...

... e chega de atos insanos III

O dia seguinte começou com chuva.
E ela foi pra aula. Havia uma certa frustração em suas aulas mas mesmo assim ela foi.
E nesse dia ela viu que realmente deveria ter o sangue frio para aquela nova modalidade... Um carro veio por trás – sem freio aparentemente – e ela foi obrigada a fazer uma manobra brusca pra não ocorrer um acidente. Ou incidente...
Após o ocorrido ela parou o carro, tirou o cinto e não esperou nem meia palavra do alguém que estava com ela.
Chorou...
Foi embora naquele dia com muito medo e desejo de desistir. Não poderia passar por outra situação daquelas.
Não suportaria...
Seu dia passaria num piscar de olhos. Não conseguia comer. Tudo a assustava. Tudo.
Ainda teve noticias de seu amigo doente naquela tarde. Precisaria correr pra trocar de horário para poder vê-lo... Mas não foi possível por ninguém possível...
E se não desse tempo? E se ela não cumprisse o pedido dele?
E triste foi pra casa atual.
Chegando em casa ela encontra suas coisas que não estão na caixa, dentro de um saco de lixo preto. O que era isso?
Em sua cama, um bilhete. De sua irmã.
Ao terminar de ler, um pensamento. “É... era exatamente isso que eu estava precisando...”.
E chorou...
Não precisava passar por aquilo. Não queria mais passar. Ataques vindo de todas as partes... Não.
“As pessoas a vêem como coitadinha...”. É pedir muito pra que as pessoas que não querem me compreender me deixarem em paz? – pensou.
Tinha o dom de ter pessoas que acham que o mundo vive em torno de seus umbigos. Só podia ser...
Naquela noite ainda teve mais noticias de seu amigo.
Tinha que dar tempo...
“Eu queria que você estivesse aqui...”.
Ela rezou e dormiu.
Não sabe ao certo a ordem verdadeira dos últimos acontecimentos...

... e chega de atos insanos II

O dia seguinte começou sem muitas novidades.
Já ouvia as pessoas da casa almoçando quando despertou nela a vontade de se levantar. Era um mal... mas estava sendo feito dela para ela.
A mais ninguém.
Recebeu uma ligação e foi até a casa de sua amiga e por lá mesmo almoçou. Nem se lembrava mais o gosto de peixe...
Nesse mesmo dia, ela teve uma conversa com um casal de amigos...
Havia entendido o porque do convite... Eles queriam falar.
Era preocupação com as ultimas atitudes dela. De fato, ela estava estranha mesmo. Falava coisas sem sentido. Agia sem sentido.
Estava ‘estranha’. Ela sabia... Não precisava que os seus a parassem na rua e dissesse: “Ah nem. Quero te ver como antes!”.
Ela também sentia saudades de uma época não tão longe. Era gostoso acordar, mesmo desempregada, mas ter a sensação de felicidade no entardecer com uma ligação ou visita... Xi... Estaria ela dando muita vazão a essa estória ainda? Queria mesmo que esse tempo voltasse? Estaria preparada para as possíveis conseqüências?
Era mesmo feliz naquela época? E agora?
E nessa conversa muita coisa foi dita e ouvida.
“O que você espera no desfecho dessa estória?”... “Que ele seja feliz...”, ela respondeu. Não queria muito. Ou queria?
Passou a tarde arrumando as unhas. Foi despertado nela esse desejo de se arrumar na noite anterior. Ou seria madrugada?
Não sabia explicar o motivo, mas queria estar bem... Se sentir bem... Não chamar a atenção, mas simplesmente ser elogiada...
Estaria fazendo mal?
De noite foi a igreja.
E se arrumou. Cabelo e maquiagem prontos.
Porque a sensação de euforia ao chegar lá? Seu coração passou o tempo todo acelerado. Queria pular, queria cantar, queria abraçar quem via...
No fim ela subiu pra casa e antes ficou conversando com um de suas amigas no banco. Mas foi muito pouco. Estava com uma sensação de agonia e de tristeza misturado a felicidade e ‘poder’.
Queria gritar!
Chegando em casa ela trocou de roupa e se deitou...
Que sensação estranha era aquela? Era felicidade? Tristeza? Medo...
Não sabia.
Rezou e dormiu.
E só...

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

... e chega de atos insanos I

A manhã seguinte começou diferente das anteriores.
Ela se banhou e começou a arrumar suas coisas. Começou só porque terminar mesmo...
Estava sem forças. Faria uma visita a um amigo doente naquela tarde.
Ao sair de casa um pedido à Deus: Força.
Naquele dia ela se imaginou já dirigindo. Não pela vontade de dirigir mas pelo tempo que ficou na parada esperando ônibus... Foi tanto que ela até participou sem querer de um ato pela paz de uma igreja local. Dois ou mais rapazes em cima de um trio elétrico cantando rap gospel.
E muita chuva...
Chegando no hospital, ela se lembrou de quando sua mãe e irmã faziam tratamento no mesmo. Viu também alguns pacientes. Mais na frente uma missa...
Subiu o elevador e chegando no andar de destino uma sensação estranha. Era uma sensação de calor, como se fosse um abraço...
Adentrando o quarto, seu amigo. Deitado na cama ele olhou pra ela e sorriu. Era um sorriso de surpresa. Na TV, um programa que refazia casas de famílias sem condições. Podia ter quadros na TV que refizessem caráter e bondade nas pessoas – ela pensou.
Passou a maior parte do tempo ao lado dele segurando a sua mão com a direita e o acariciando com a esquerda.
Embora calada, não houve um só momento que ela não clamava por aquela vida. Vida que estava lutando pra seguir em frente...
A chuva caia lá fora e dentro dela. Lá ela conheceu duas novas pessoas. Se tornaram amigos... Conversou muito naquela tarde com a mãe dele... Como gostava dela! E era genuíno... de graça...
Na despedida um pedido: “Vem me ver de novo antes de...”. Doeu. Mas ela sorriu e assentiu com a cabeça.
No corredor se despediu da mãe dele e desceu o elevador. Antes de sair daquele lugar se encontrou com mais dois amigos.
Passou no shopping próximo pra pagar contas e foi pra casa.
Ainda chovia muito...
No ônibus, sem querer e sem poder resistir ela chorou...
Era um choro diferente. Era saudade. Vontade de voltar e ficar ali... como se ela pudesse fazer algo a mais... Precisava tanto de abraço...
Descendo pra casa ela recebeu uma ligação de um de seus amigos que havia combinado de ir fazer esta visita com ela. Não deu... Ainda conversaram muito naquela noite.
Sua cabeça doía... Não tanto quanto o seu estomago mas doía...
Naquela noite não conseguiu comer.
Chovia lá fora e ela apenas rezava...
Rezou e dormiu. Dormiu e rezou.
E foi assim durante toda a noite....
Ainda antes de clarear a janela ela se levantou. Foi até o banheiro, lavou o rosto e se olhou como não havia feito a muito tempo.
Era outra pessoa que a olhava nos olhos. E que olhos!
Era uma outra face. Embora nada tivesse mudado muito, os cabelos talves, no corte, na cor... Espinhas quase nenhuma... Mas os olhos... Tinha algo diferente...
E se sentiu mais bonita. Seria o “Forte e Poderosa” outra vez? Porque aquela sensação do nada? E naquele momento?
Era uma sensação de autoridade. Poderia sair dali e ganhar o mundo...
Mas passou e ela se deitou novamente...