sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

... e chega de atos insanos VIII

A manhã seguinte começou com ela deitada sem coragem pra levantar.
E só levantou quando realmente não conseguia mais ficar por ali.
O almoço foi por conta dela. E percebeu - de novo - que não era o seu forte...
Arrumou a cozinha e lá foi ela pra reunião.
Lá estava ela, tendo que engolir coisas e pessoas, pessoas e peripécias das mesmas. Até quando conseguiria?
Em meio a comentários ela se sentia inútil.
Seu estomago doía com mais força que na noite anterior. Porque será?
Hum...
A tristeza era visível.
Ela se isolou. E percebeu que existem pessoas que realmente se preocupam com ela. Seria mesmo possível?
Queria gritar para esses que ela não merecia nada daquilo! Chega...
Era hora de partir... Não precisava passar por aquilo. Não precisava suportar nada daquilo. Não queria. Não necessitara...
Não.
Indo pra casa lhe ocorreu um pensamento. “Porque nada mais dá certo?”. O que ela teria feito de tão ruim?
E percebeu que não havia se despedido de ninguém...
Chegando em casa, ela se banhou para ir a igreja. Ainda estava com vontade de se arrumar. E embora estivesse de jeans e camisa branca, ela se sentia linda...
E lá foi ela com a sua afilhada.
A missa foi linda... Ela se sentia bem.
No fim ela fez o que havia muito que não fazia. Visitou onde ficam os músicos...
A verdade era que ela queria abraçar alguém...
Mas como sempre, a ‘impressão’ de certas coisa a incomodam, ela se foi – sozinha – para casa.
Viu tv com sua mãe até muito tarde e foi dormir.
Tristeza?
Não... mas era uma sensação estranha. Era como se estivesse tirando algo que não era mais dela mas que era e que não queria mas ainda era e que outros queriam e ela não queria deixar mas que mesmo assim outros insistiam e ela relutava a desistir e mesmo na duvida de estar fazendo certo ou não ela continuara...
Estranho?
Quem a conhece sabe que nunca foi normal.
E dormiu... Ou pelo menos se deitou.
Estava virando costume acordar de madrugada pra ir ao banheiro. E estranhou o fato, já que morre de medo de escuro.
De frente ao espelho ela teve um pensamento. “Está na hora de mudar algo aqui...”.
Ainda naquela noite, ela sonhou com uma loira de óculos escuros dirigindo um carro cinza....

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