terça-feira, 10 de novembro de 2009

A culpa é minha e eu coloco em quem eu quizer!!



Bela frase pra começar uma postagem, né?
Mas não foi ela quem a falou... mas sim o filósofo contemporâneo Homer Simpson. Um personagem criado pelo produtor Matt Groening, nascido na cidade de Portland, no Oregon EUA.
Mas não é sobre ele a quem vou falar.
Na verdade nem ela me falou dele.
A verdade é que já tem bastante tempo que ela anda soltando bordões criados por ela mesma como: "A culpa tem que cair em alguém mesmo...!"
É quando não existe mais ninguém pra culpar e a pessoa simplesmente não quer SE culpar pelo fato ocorrido.
O fato é, que ela não tinha se atinado que a culpa estava caindo vezes demais sobre ela... e o quão chato isso estava se tornando!!
Seja no serviço, quando um cliente tem um problema e, por ser um problema grande, acaba por culpar alguém que presta serviços à ela. E como geralmente é ela quem fica no turno da noite sozinha... dá pra notar a quem a culpa cai né?
Ou quando aquela colega de trabalho toma uma atitude 'do nada' só pra ver a reação dela e 'queimar o filme' dela pra chefa...
E ainda tem as falsas amigas que querem mesmo é ver o mal acontecer...
Mas tem também o disse-me-disse na igreja. Quando acontece algo de errado e ninguém quer levar um 'créu' do padre ou mesmo ser incluído no rol dos 'irresponsáveis'...
Até porque a grama do vizinho é sempre mais bonita e geralmente as coisas ruins só acontecem com os outros... A nós mesmo nunca atribuímos as coisas ruins, as falhas e as surpresas decorrentes do dia-a-dia...
Nunca realmente assumimos quando e como estamos errados... só queremos ver o que os outros fazem, fiscalizar as atitudes dos companheiros... e ainda temos um mal hábito de usar meios corporativos pra atingir alguém que nem se conhece... fora os bordões sem nexo "... temos que ser um..."
Hurum... =/
Mas tem os casos familiares também.
Quando acaba o papel higiênico do banheiro e alguém resolve entrar em caso de urgência e não encontra. Quando a porta da geladeira não está fechada corretamente. 
Ou até mesmo quando se encontra algo que não nos pertence sobre nossas camas...
Mas tem o cabelo no chão do quarto e no ralo do chuveiro, o chinelo no meio.
Claro, isso somente ela quem faz. Mas ninguém... ^^
...
Mas (ou como diz sua amiga: But.)
Ela se lembrou de uma estorinha bem bonitinha que ela mesma conta quando alguém a acusa de alguma coisa:


Conta uma antiga lenda que na Idade Média um homem muito religioso foi injustamente acusado de ter assassinado uma mulher.
Na verdade, o autor do crime era pessoa influente do reino e, por isso, desde o primeiro momento se procurou um "bode expiatório" para acobertar o verdadeiro assassino.

O homem foi levado a julgamento, já temendo o resultado: a forca. Ele sabia que tudo iria ser feito para condená-lo e que teria poucas chances de sair vivo desta história.

O juiz, que também foi comprado para levar o pobre homem à morte, simulou um julgamento justo, fazendo uma proposta ao acusado para que este provasse sua inocência.
- Sou de uma profunda religiosidade e por isso vou deixar sua sorte nas mãos do Senhor: vou escrever num pedaço de papel a palavra INOCENTE e no outro pedaço a palavra CULPADO. Você sorteará um dos papéis e aquele que sair será o veredicto. O Senhor decidirá seu destino - determinou o juiz.

Sem que o acusado percebesse, o juiz preparou os dois papéis, mas em ambos escreveu CULPADO de maneira que, naquele instante, não existia nenhuma chance de o acusado se livrar da forca. Não havia alternativas pra o pobre homem. O juiz colocou os dois papéis em uma mesa e mandou o acusado escolher um. O homem pensou alguns segundos e, pressentindo a "vibração", aproximou-se confiante da mesa, pegou um dos papéis e rapidamente colocou na boca e engoliu. Os presentes ao julgamento reagiram surpresos e indignados com a atitude do homem.

- Mas o que você fez? E agora? Como vamos saber o seu veredicto?

- É muito fácil. - respondeu o homem - Basta olhar o outro pedaço que sobrou e saberemos que acabei engolindo o contrário. Imediatamente o homem foi liberado.



Não há moral pra esse texto.
O que ela quiz mostrar é que a culpa sempre vai cair em alguém. E infelizmente esse alguém pode ser você... ou várias vezes ela, por que não?
O que cabe a nós é, estando com a consciência limpa, devemos aceitar o veredito?
Abaixar a cabeça deixar e com que as pessoas nos digam que somos culpadas sem nem ao menos nos ouvir?
Pra ela... não.
Mas cada um tem a sua culpa e a coloca em quem quizer, não é!?

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