sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

"A virada..."


Ela nem percebeu quando era e quando não era mais o ano antigo e o ano novo...
Naquele dia ela foi trabalhar de manhã e se lembrou que deveria ir buscar seu violão outrora emprestado...
Ao chegar, buscou as músicas e passou a tarde entretida com aquilo.
Como é gostoso! - me disse ela.
Estava feliz... Se via em seus olhos...
Ao entardecer uma visita e um convite vindo do líder. Tocar não só na missa de manhã mas na missa de tarde.
Será?
"Não sou merecedora disso que está acontecendo... Mas se Deus me escolheu e for pra fazer a obra dele, quem sou eu pra recusar??" - Me disse ela.
Deus quer dizer algo pra ela. E ela sabe disso...
Ainda naquele dia, ela se despediria de sua mais que amiga. Sua irmã que passaria um mês longe...
A última frase...: "Sua decisão é a minha...Te amo...".
E a virada?
Virou deitada em sua cama olhando o teto e escutando os fogos de artifício... Nem se deu o prazer em olhar os fogos da frente privilegiada de sua casa.
Pra quê!?
Pensamentos vazios lhe tomaram. Ela se lembrou das viradas dos anos anteriores e chorou... Mas não era um choro triste. Era um choro... Não soube me explicar.
Ao amanhecer ela se arrumou e saiu "em busca do novo".
E ficou feliz quando acabou, não por ter acabado mas por ter sido bem feito.
Alívio... e paz no coração.
Naquela tarde ela se deparou também com algo não tão novo mas que a deixou sem sentidos. Ficara louca, sem poder dar parte dos seus atos.
Mas algo a fez voltar a realidade e recuar antes de nada mais sério estivesse acontecido.
Se arrumou e foi novamente "em busca do novo". Mas dessa vez ela estava mais tranquila...
No fim, chuva.
Ainda não entendia porque certas coisas que aconteciam em sua vida tinha a presença da chuva...
Ao sair, foi fazer uma visita. Alguém que era não mais importante mas sim essencial em sua vida... Alguém que de tão parecida, era fácil de confundir-se com a mesma.
Ela, que a muito foi apenas alguém que poderia ter virado "parente" e que hoje representava bem mais que isso... Muito mais que isso.
Dela vieram palavras sérias e conselhos valorosos. Mas não foi só isso. Era companheirismo... Amizade... Amor...
Chegou em casa sob uma chuva branda (?) mas dentro do seu coração havia paz... Paz que não sentia a algum tempo.
"É... não sei o que esse ano me reserva, mas acho que estou preparada para suportar o que vier!". - Ela me disse.
Era um sorriso diferente em seus lábios.
Felicidade?
Era mais que isso... Bem mais.

Um comentário:

Anônimo disse...

Se quiser escrever dELE (eu) pode escrever. Não fui isso, nem vivi (fisicamente) tudo isso. Mas a VIRADA do Sr. Sete foi assim, desse jeito. Sem por ou acrescentar uma sequer vírgula!!!


Tenha paz, somente enquanto a emoção não te escapar pelos dedos.