quarta-feira, 8 de abril de 2009

Girando


Ela nem precisou aprender a explicar e lá estava um alguém explicando pra ela...
Ela, com suas manias de querer abraçar o mundo e agradar a todos, extremamente sistemática e incapaz de explicar as coisas que se passam em sua cabeça, lá estava com a resposta de seus questionamentos recentes...

Foi assim:

Depois de passar por uma noite mal dormida graças à seu estômago com vontades próprias e uma preocupação por um dos seus amigos, ela, acordou cedo pra se jogar à sorte e perceber mais que uma graça de Deus em sua vida...
Percebendo um de seus sentimentos entalados em sua garganta, lá foi ela tentar se livrar dos mesmos e, em meio a uma conversa com alguém que tem se tornado essencial em sua vida, com seus ensinamentos, palavras confortantes e lições valorosas, o mesmo lhe mostra o quão simples é o que se passa em sua cabeça... Aquilo que ela mesmo não sabia explicar...

" Eis um grande conflito: a forma com que embelezamos as coisas é proporcional a forma com que nos desencantamos de outras.
No meio as decisões, que são inevitavelmente de cisões. Itinerário triste e necessário.
Queria ter o dom de não esquecer a beleza das coisas passadas ao encantar-me com as novas e não ter que esvaziar a mãos para enchê-las de novo. O que me consola que só Deus é assim...
Se o fossemos, deixaríamos de ser humanos e que graça teria ser no mundo outra coisa?
Em tempo: Itinerário triste, necessário e justo."

Conflitante...
A arte de embelezar, se encantar com as coisas e depois - e simplesmente - desencantar com as mesmas.
Como ela mesma diz: As pessoas/coisas tem prazo de validade. Enquanto nos serve, seja com palavras, atitudes, situações ou sentimentos elas nos encantam e nós as embelezamos. Passados o prazo em que nos servem, desencantamos com os mesmos e passamos a vê-los com outros olhos... Ou não os vemos mais!!
Decisões e suas cisões... Seria isso que ela optou nessa semana santa??
Por quê ela e tantos outros são assim? Nos encantamos com coisas novas diariamente e, desencantamos com outras no mesmo período... Mas porque não permanecemos encantados com as antigas? Por quê temos que "esvaziar" as nossas mãos para agarrar outras??
Ela e sua mania de querer abraçar o mundo com as pernas...
É... consola mesmo saber que somente Deus é assim. E mesmo que ele saiba que hoje brilhamos feito estrela e que por isso ele nos embeleza, mas que de nada garante que amanhã estejamos sujos de lama e outro pode estar erradiando luz que, mesmo assim ele continua nos embelezando! Continua conosco, ao nosso lado, nos amando, perdoando e nos confortando com sua destra poderosa...
Não nos abandona, não nos desampara... Mesmo que se encante com outro alguém.
Itinerário triste... deveras...
Necessário? Ela concorda... as vezes nos prendemos a coisas/pessoas que não nos ajudam a crescer, não estão sendo boas para nós e com isso perdemos a oportunidade de olhar ao nosso redor e conhecer outras que podem nos ser valorosas.
Justo? Da parte de quem? De quem embeleza ou de quem é embelezado? De quem se deixa embelezar ou daquele que está embelezado?
Ou daquele que embelezou e não mais o quer ou daquele que era embelezado e hoje não é mais?
Estranho...
Certaza: Ela já foi embelezada e já embelezou muitos...
Mas onde estará ela hoje, nesse círculo vicioso?

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