segunda-feira, 27 de abril de 2009

Sentir, sentindo, sentimento...


Como definir?

Ela estava cada vez mais confusa... Era fato.

Hora queria, hora nem tanto. As vezes queria estar perto, hora "Deus me livre!". Tinha hora que queria somente um abraço... mas tinha hora que não aguentava ouvir o nome...

Confusa... somente.

Estava com dois sentimentos imensos na costas que quase não a deixava pensar. E se deixava era cada momento mais destrutívo!!

Um deles era a inveja.

Tá, qual o problema em admitir que estava com inveja de alguém? E se esse alguém fosse sua amiga? E se de tanta inveja, ela preferira estar longe pra não se jogar na frente de um carro?

E o que dizer das pessoas que falam que muitas vezes é comum, natural e até sadio sentir tal sentimento?

Pra ela não. E estava se sentindo muito mal com isso...

Era sua amiga. A felicidade dela. As conquistas dela...

O outro sentimento era o ciúme.

Tem problema em assumir isso também??

Era um sentimento pior que a inveja. Como ouviu certa vez, o ciúme é um copo de veneno que se bebe a cada dia... Te mata aos poucos... Por dia... A cada dia...

A diferença de um para o outro é que o segundo era sentido não só pela sua amiga mas por outras pessoas...

Bem chato isso.

Estava prestes a ter um colapso. Precisava de repouso (orientado pelo médico) e de atividades 'relaxantes'...

Estava se afastando de pessoas e coisas que não queria perder nem magoar. Estava com medo de ferir alguém com as suas paranóias.

Precisava pensar.

Estava novamente sozinha... sem ninguém pra contar...

Ligar pra quem?

Quem deveras se preocupa?

Como diz a música do Green Day "I don't care if you don't care", ou como ela diz "O problema dos nossos problemas é que eles são nossos...".

Não queria perturbar ninguém.

Ninguém tinha obrigação de 'cuidar' dela... nem - e muito menos - de se preocupar...

Queria somente uma luz.

Divina.

Era estranho ver seus amigos que passaram pela mesma situação em que vive, hoje estarem felizes e contentes... enquanto ela, depois de ano, nada ter sido resolvido...

Se sentia triste, por vezes magoada, um tanto iludida...

E aí!?

Era o motivo da inveja.

Queria ter seu caso resolvido. Suas preocupações terminadas. Suas dúvidas esclarecidas...

Por isso o motivo do ciúme.

Queria ter o contato de antes com alguns dos seus. Se sentir importante na vida de alguém...

Era muito?

Chega de sentimentalismo!

Ela perdera todo e qualquer sentimento lúdico ou romântico dentro de si.

Perdeu a ilusão de encontrar alguém como descrito outrora numa folha de caderno... De receber uma cesta de café da manhã no dia de seu aniversário... De ouvir palavras de amor...

E nem ao menos sabia teria tudo isso recuperado!

De várias formas teria ouvido e visto sentimento da parte de outros.

Depoimentos, palavras, gestos e ações, abraços, telefonemas, mensagens, música...

E de que valem?

Só pra deixá-la ainda mais confusa. Ou certa do que realmente quer.

Mas a vida não se resume nisso.

Não mais...

Um único pedido: Retirar o resto que ainda resta de sentimentalismo dentro de si...

Um comentário:

Dyego disse...

Nossa...

Me identifiquei muuito com as palavras escritas aqui...

Acho que aquele ciúme de ver as coisas dando certas pros outros uma coisa terrivelmente agoniante...

O tipo da contradição de estar feliz por uma pessoa, mas querer esganar essa pessoa porque ela consegue tudo e voce tambem queria conseguir um pouquinho de vez em quando...

Não que voce nunca consiga nada de vez em quando. Consegue. Mas parece tao pequeno diante do que se quer... mas nem sabe ao certo o que é que se quer...

é estranho tambem o sentimento de esquecimento que se sente, mesmo quando tem pessoas boas ao lado. As vezes não parece o bastante, mas parece injusto reclamar, já que o pouco que se tem já é tão raro...

Anyways, bom post!

o/