quinta-feira, 2 de abril de 2009

São as águas de março fechando o verão...


... e a promessa de vida no teu coração...?
No meu ou no dela?
Mas qual é essa promessa mesmo? Uma resposta? Uma decisão? Uma fuga pra mais longe?
Lá estava ela.
Descidida a decidir quanto as perguntas que a rodeavam. Pensou, pensou, pensou e... bom, não se sabe ao certo o que foi descidido mas que ela estava diferente, estava!
E sumida também (como de costume).
Mas o sumiço dela dessa vez era mais sério. Era uma doença que ela tinha sempre que lhe acontecia algo de sério.
Dava medo, tremor nas pernas, suadera nas mãos, insônia, tristeza, vontade de ficar sozinha, de sumir, falta de apetite, dor de estômago, medo, angústia, choros descompassados...
Tem nome: ANSIEDADE
E somente uma pergunta passava em sua cabeça: "Até quando?".
E os "E se...'s" rodeando os pensamentos.
"E se eu não tivesse falado mal do coral?", e "Se eu tivesse morrido no horpital a um ano atrás?", e "Se eu tivesse ido pro Tocantins?", e "Se eu ainda estivesse lá?", e "Se...."...
Não estava ajudando em nada certas coisas aparecerem em sua cabeça agora. Numa noite dessa ela entrou em desespero depois de encontáveis tentativas de dormir.

Chorou...

Como a um ano atrás com saudade de alguém. Como a um ano atrás pedindo à Deus pela sua saúde. Como a alguns meses pela concretização de um de seus sonhos...
E percebeu que havia passado um ano andando em círculo.
De nada havia resolvido, de nada havia melhorado. Somente crescido, isso sim ninguém haveria de negar. Seu crescimento era visível.
Perdera oportunidades, confiança de alguns, fé (as vezes), alguns amigos que partiram... Mas lá estava ela, de pé. Balançando, mas de pé.
Havia encontrado pessoas que estavam próximas mas que não as conhecia de verdade e essas mesmas pessoas estavam hoje desempenhando um papel importantíssimo em sua vida.

Eram anjos...

Anjos que a ajudavam a se levantar quando caía. Anjos que falavam coisas que a engrandecia. Anjos...
Choveu muito esses dias... E ela observou a rua da janela enquanto a chuva caía.
Março se fora e lá estava Abril, com seu primeiro dia cheio de pegadinhas e bolo de chocolate! Algumas lembranças a visitaram nesse dia... tristes, saudosistas...
Abril... a menos de 15 dias para acabar a quaresma. O que estaria reservado para ela ao fim disso tudo? Estaria ela levando esperanças demais? Estaria ela com os mesmos pensamentos e desejos de um ano atrás?

Que as águas de março feche o verão e leve consigo toda a ansiedade de seu coração...

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