segunda-feira, 4 de maio de 2009
Surra de amor...
Nunca tivera escutado esse termo... "Surra de amor".
Havia um tempo em que ela estava decidida a decidir. Trilhar novos caminhos, direcionar as metas, parar e pensar.
É fato que certas coisas não acontecem assim de uma hora pra outra mas, ela, com toda a sua ansiedade estava se saindo muito bem, diga-se de passagem...
Sim, sim. Levemos em consideração o diagnóstico do médico a uma semana atrás... Precisava descansar, relaxar, distrair-se... E, embora se sentisse bem, estava quase tendo uma crise nervosa.
Algumas pessoas notaram.
Estava mais frágil, mas chorona, mais sensível. Só um pouco.
Estivera nesses últimos dias ensaiando muito. Muuuuuuuuuito.
Era cansativo, exaustivo, tediante, tenso mas, ela tinha um propósito. Tinha uma meta, uma das traçadas metas a se cumprir. E no que dependesse dela, ela faria. Hô se faria!!
Depois de um fim de semana de horários apertados, reuniões e ensaios seguidos, desgaste físico, tensão, cobrança, lá estava ela na missa de domingo. De alma lavada, cansada, suja, com a cabeça doendo e seu pulso aberto observando o padre falar...
E falou.
Falou das missões de cada um. Das coisas que almejamos. Das nossa decisões.
Enfim.
Só faltou apontar o dedo em sua cara...
Estava feliz. Apesar do rosto cansado e levemente contorcido graças a dor no pulso, estava feliz...
Sabia que sua dose de contribuição naquele dia foi mínimo graças a seu estômago rebelde e sua falta de experiência mas, sabia que Deus olhava com bons olhos seus esforços e, mais ainda, a recompensaria.
No futuro, claro. Já havia entendido o tal 'tempo de Deus' que nos fala que existe um tempo para cada coisa debaixo do céu e blá blá blá...
E, embora estivesse sem condições pra mais nada, ela ainda pôde observar - atentamente - um anjo dormir...
(Dormir, ranger os dentes, roncar e falar dormindo! Rs*)
Acordou no dia seguinte outra pessoa.
Mais revigorada, mais disposta, mais cheia de gás a aprender.
E, depois de ler um de seus e-mails, não deixou dúvidas de que suas dores era devido a uma surra.
Surra de amor...
Surra ao qual somente ELE, a quem devemos dar glória sempre poderia dar. Aquele ao qual mesmo na angústia de um novo amanhã, no medo, no choro, na tristeza, lá está ELE de braços abertos, pronto para trazer sono revigorante e misericórdias no amanhecer...
Havia sim apanhado.
Por um pai que a corrige pra educar. Uma correção fraterna pois não a quer em outros caminhos que não sejam os dele. Aquele que corrige porque ama, caso não amasse, não se importaria.
"De tudo vale a pena quando a alma não é pequena"... Já dizia Fernando Pessoa.
Vale a pena trilhar nos caminhos DELE, ouvir o que ELE tem a dizer... Passar aperto e sufocos, medo, raiva, desilusão, tristeza, mágoa, agonia, ansiedade, confusão. TUDO.
TUDO ao lado dele. Com a destra forte segurando firme a dela.
E o que ELE tem de melhor pra ela, ELE irá mostrar.
E ela tem certeza disso...
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