"Eis que Deus é a minha salvação; eu confiarei e não temerei porque o Senhor, sim o Senhor é a minha força e o meu cântico; e se tornou a minha salvação" (Isaías 12:2).
Estava ela muito serena nesses últimos dias...
Ouvira coisas que em outras épocas retrucaria, mas simplesmente preferiu sair e dar espaço para quem acreditava (mais que ela) que estava com a razão.
Também havia lido coisas dolorosas...
Mas ao invés de dar espaço, dessa vez resolveu parar enquanto ainda existe calma. Resolvera dar ao tempo de Deus toda a supremacia em sua vida. Não sabia ao certo o que lhe aconteceria nos próximos dias, semanas ou meses, mas estava com a conciência limpa e o coração sossegado...
Até demais, diga-se de passagem.
Tão tranquila e serena que causou espanto naqueles que mais conhecia.
Depois de bombardeada de perguntas, ela mesma se pôs a pensar sobre o assunto.
Mas não havia razão palpável para essa nova condição!
...
Lá estava ela lendo e-mails e ouvindo música quando lembrou de uma estória que havia escutado em um outro momento.
Estória essa que, naquele determinado momento lhe pareceu muito triste mas que hoje a remete uma outra lição...:
" A estória conta que uma senhora já idosa saiu de sua cidade, em um navio, para visitar sua filha que morava distante.
Acontece que durante o percurso, uma forte tempestade os atingiu e muitos passageiros, temendo a morte, se reuniram em oração. De todos os presentes, apenas a senhora idosa parecia indiferente à situação quando assentou-se para orar junto aos demais.
Pouco depois que a tempestade passou, alguns dos passageiros estavam curiosos por saber o segredo da
tranquilidade da senhora.
Eles se colocaram ao redor dela e lhe perguntaram a razão de tão grande calma.
"Bem, meus amigos queridos", ela respondeu, "É muito simples. Eu tenho duas filhas. Uma está morta e mora no céu. A outra vive na cidade de destino desse navio. Quando a tempestade surgiu, eu me perguntei qual delas eu poderia visitar primeiro, a que mora logo adiante ou a que está no céu.
E eu acabei deixando isto por conta do Senhor.
Eu estaria feliz em ver todas as duas".
Quando ela escutou essa estória, ela estava passando por um momento bem dificil de sua vida. E por mais que estivesse certa da precisão de Deus, não conseguia ver nada além da tempestade...
Mas até que ponto temos mantido a tranquilidade diante das circunstâncias difíceis que enfrentamos neste mundo?
Temos dominado a ansiedade, aguardando com alegria e paciência as orientações do Senhor, aceitando suas decisões como o que de melhor poderia acontecer em nossas vidas ou ainda nos mostramos apressados, buscando nossa própria vontade, mesmo que venhamos a nos arrepender por atitudes equivocadas?
Temos sido cristãos apenas da boca para fora ou o nosso coração confia realmente em Cristo como Senhor de nossas vidas?
Como filhos de Deus, temos obedecido à Sua Palavra ou a buscamos apenas quando estamos em apuros e precisando de um socorro urgente?
Estava ela certa quando me disse que, quando o Senhor está em nosso coração, experimentamos calma nas horas boas e más, na tranquilidade de um dia ensolarado e sob as fortes intempéries da vida, nos momentos de abundância e também de grande carências. (principalmente!!)
" - O que faz a diferença é Deus.
Nada mais importa se eu ponho minha confiança nEle." disse ela.