terça-feira, 18 de novembro de 2008

... ela têve um ato insano V

O dia seguinte demorou a passar...
A sensação dentro dela era de medo. Mas medo de quê?
Ao entardecer ela se encontrou com alguns de seus amigos e de lá foram decidir algumas coisas sobre o que aconteceria de noite.
Ela ainda entrou na igreja e foi direto no santíssimo...
Sua alma foi transportada para longe dali... Não sabia para onde mas sabia que não estava mais ajoelhada diante do santíssimo.
Ao sair de lá ela cometeu mais um de seus atos insanos... Ligou para ele.
Do outro lado, uma voz que era uma mistura de tristeza e de dor e ao mesmo tempo de vontade de falar.
“Não pense em seus problemas... Pense e faça o que você gosta...”
Seu coração parou.
Já nem tinha mais idéia do que gostava. Já fazia tempo que não fazia o que gostava. Se quer se lembrava do que poderia ser...
Sem mais nem menos, saiu de sua boca uma frase sem sentido – pra ela – após pensar melhor... “Posso ir aí te ver?”. Era mais que um pedido...
Caminhando entre as pessoas, um dos líderes daquele lugar a chamou pra ‘conversar’. Uma mistura de medo e felicidade tomou conta dela.
Foram vários minutos de conversa e ele a fez dois pedidos...
Como fazê-los?
Dado uma determinada hora, ela se lembra da visita combinada e sai correndo – literalmente – em direção ao destino.
Não se sabe como, mas em nenhum momento ela se quer parou eu desacelerou os passos.
Tinha razão para tanto?
Sem fôlego e sem conseguir falar, a única coisa audível foi: “Preciso de água...”.
Já sentada diante dele, pôde sentir o toque das mãos ao enxugar o suor de sua testa.
A conversa foi levada para o quarto.
Ficaram abraçados. Ela contou coisas que mais ninguém sabia.
E se beijaram...
A sensação que sentiu foi diferente da que sentiu no outro beijo...
Não se sentia mal, tão pouco arrependida, mas sim culpada. Estaria fazendo certo? Poderia fazer aquilo?
Foi embora naquela noite sozinha...
Pensamentos soltos dentro dela que subia do coração pra cabeça e se confundiam...
Nem preciso mencionar que naquela noite sonhou novamente...
Era como se já tivesse acontecido.
Ela estava com ele mas ele se escondia. Não queria que outras pessoas o vissem com ela.
Ela não têve coragem de perguntar... e ficou assim.
Ela caminhava ao lado dele e ele se escondia...
Naquela noite foi difícil não chorar...

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