Conversei com ela esses dias e ela me pareceu estranhamente 'de saco cheio'...
Antes, quando era eu quem ficava com cara de ** e meus amigos me pediam para que eu melhorasse a minha cara, eu não tinha conciência do quanto é ruim ficar perto de alguem desse jeito - ela falou.
Era um desabafo.
Várias vezes eu dizia que havia cansado de vê-la daquele jeito e ela nem se importava.
Mas de uns tempos pra cá, ela melhorou. Se perguntam pra ela como ela está, ela não mais nos responde com o nariz torcido...
E outra. Agora que estava melhor, já conseguira até recuperar um pouco do peso de antes, não se daria ao luxo de andar com pessoas desanimadas.
Não mesmo!!
Ela poderia ter ligado pra outros tantos que gostariam de estar na pele "dele" e mesmo assim a "toupeira" não fez nada...
(Foi isso que eu entendi no relato que ela me contou.)
Não era um 'nada' qualquer. Não queria que acontecesse nada entre eles. Só queria que ele interagisse com seus amigos... Que fosse um pouco mais agradável...
Mas não foi.
Ora ela agitava as mãos pro alto e dizia: "Nunca mais Deus!! Nunca mais...", ora ela arregalava os olhos (eu achei que não fosse possível) e dizia em fúria: "Só não foi pior porque ganhei o CD da dupla...".
Devia ter sido mesmo ruim.
Na verdade ela estava é cansada de ficar triste. De se ver e se comportar como uma pessoa triste.
Ela queria mais...
Queria rir, queria se divertir, zoar e ser zoada.
"É pedir muito??" - Ela me perguntou.
Não acho... Não para alguém como ela, que sofreu e passou por tantas esse ano. Poderia ele ao menos ter representado?
Poderia ter feito o papel de bacana... De bom moço... Poderia ter a convidado para dar uma volta ou tomar um milk shake...
Mas não...
"Disse apenas que não queria dançar, que não gosta de sertanejo e ainda por cima ficou vendo luta livre no telão!! E de braços cruzados!!!" - Esbravejou ela.
Nessa hora, ela já estava com as bochechas vermelhas...
É... eu entendo o caso dela. Deve ter sido ruim mesmo.
Saiu pra se divertir e teve que fazer 'sala' para alguém que não fez o mínimo esforço pra ser ao menos 'agradável'...
"Ah se arrependimento matasse!!" - ela pensou (alto).
Não queria mais pessoas com caras amarradas ou de pouco humor perto dela.
Não mais.
Nem devia...
Ainda bem que poderia escolher as pessoas pra ficar próximas à ela... Imagine se não!??
O ano 'novo' se aproxima. A virada - bem diferente dos dois últimos anos - também.
Novos sonhos, novas metas... Precisava de preparar.
"Esse ano promete!" - Me disse ela.
Eu bem sei o que se passa naquela cabecinha... E se metade das coisas que ela planeja derem certo... Uau!!
Tomara...
Tomara, já que nesse ano não se realizaram nem metade das coisas...
Perguntei à ela qual foi a maior alegria neste ano... A resposta me surpreendeu.
Achei que ela me responderia que foi a carteira de motorista ou o 'retorno' ao movimento da igreja...
Mas ela apenas me respondeu: "Permanecer viva...".
É... ainda tenho muito que conhecer...
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Lilly...
Conversando com ela mesma, e, após ser solicitada a ajudar um alguém, ela resolve procurar uma música dita outrora por outro alguém...
"Lilly"... gosta desse nome... dessa escrita... Lembra alguém... Lembra algo...
Lily, my one and only
Lily, my one and only
I can hardly wait til I see her
Silly I know I'm silly
Cause I'm hanging in this tree
In the hopes that she will catch a glimpse of..
..me and thru her window..
..shade (shade) I watch her shadow..
I wonder if she.....
I wonder if she could only see me?
When I'm with her I feel fine
If I could kiss her I wouldn't mind the time
It took to find my...
..Lily..
Cause as they're dragging me away
I swear I saw her raise her hand and wave........GOODBYE
.................................................................................................
Lily, my one and only (tradução)
Lily, minha primeira e única
Mal posso esperar até eu vê-la
Eu sei que sou bobo... bobo
Porque estou pendurado nesta árvore
Na esperança de vislumbra-la...
.. eu vejo através dela janela ..
.. sombra (sombra)
Eu vejo sua sombra ...
Eu me pergunto se ela ...
Eu me pergunto se ela só podia vim me ver?
Quando estou com ela me sinto bem
Se eu pudesse beijá-la eu não me importaria com o tempo
Demorou para encontrar a minha ...
Lily...
Porque está arrastando-me para longe
Eu juro que a vi levantar a mão dela e vaga ...
ADEUS
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Natal...
Conversando com ela mesma, após uma outra conversa com um outro alguém, e depois de relutar muito, decidiu que deveria escrever algo aqueles quem vivenciou situações nesse ano... Deve a cada um deles mais que algumas palavras, mas como hoje é a única coisa que pode...
"Dentro de alguns dias estaremos no último dia do ano de 2008... e depois da meia-noite, virá o Ano Novo... O engraçado é que, teoricamente, continua tudo igual...
Ainda seremos os mesmos.
Ainda teremos os mesmos amigos.
Alguns o mesmo emprego.
O mesmo parceiro(a).
As mesmas dívidas (emocionais e/ou financeiras).
Ainda seremos fruto das escolhas que fizemos durante a vida.
Ainda seremos as mesmas pessoas que fomos este ano...
A diferença, a sutil diferença, é que quando o relógio nos avisar que é meia-noite, do dia 31 de dezembro de 2008, teremos um ano INTEIRO pela frente! Um ano novinho em folha!
Como uma página de papel em branco, esperando pelo que iremos escrever.
Um ano para começarmos o que ainda não tivemos força de vontade, coragem ou fé...
Um ano para perdoarmos um erro, um ano para sermos perdoados dos nossos....
365 dias para fazermos o que quisermos...
Sempre há uma escolha.. E, exatamente por isso, eu desejo que vocês façam as melhores escolhas que puderem.
Desejo que sorriam o máximo que puderem.
Cantem a música que quiserem.
Beijem muito.
Amem mais.
Abracem bem apertado.
Durmam com os anjos.
Sejam protegidos por eles.
Agradeçam por estarem vivos e terem sempre mais uma chance para recomeçar.
Agradeçam as suas escolhas, pois certas ou não, elas são suas. E ninguém pode ou deve questioná-las.
Quero agradecer aos amigos que eu tenho : Aos que me 'acompanham' desde muito tempo.
Aos que eu fiz este ano.
Aos que eu escrevo pouco, mas lembro muito.
Aos que eu escrevo muito e falo pouco.
Aos que moram longe e não vejo tanto quanto gostaria.
Aos que moram perto e eu vejo sempre.
Aos que me 'seguram', quando penso que vou cair.
Aos que eu dou a mão, quando me pedem ou quando me parecem um pouco perdidos.
Aos que ganham e perdem.
Aos que me parecem fortes e aos que realmente são.
Aos que me parecem anjos, mas estão aqui e me dão a certeza de que este mundo é mesmo divino.
Obrigado por fazerem parte da minha história..."
Espero que 2009 seja um ano bem mais feliz, amoroso e próspero para todos.
Um beijo a todos meu amigos, colegas e companheiros!!
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
A margem de interpretações...
Para ela, é extremamente abrangente dizer qualquer coisa. Qual coisa mesmo.
Como há em uma de suas comunidades no orkut: “A sua imaginação é foda!”. E é mesmo.
Algumas situações andaram acontecendo com ela que a mesma não conseguia entender. E passava horas de seu dia incumbida a desvendá-los...
Por várias vezes se via fazendo coisas no automático e sua cabeça longe. Por vezes foi vista falando sozinha enquanto caminhava na rua.
Por vezes foi perguntada – e surpreendida – por perguntas como “Você está bem?” ou “Está ficando louca?”...
É... não dava pra explicar.
E divagando em seus pensamentos, ela teve um súbito. Orkut e MSN eram o que de fato mais confundia...
O orkut por ele próprio é confuso. Nele a pessoa pode se passar por quem ela quiser. O cara pode se chamar Roberto e colocar ‘Nego drama’ que ninguém nota. A menina pode se chamar Beatriz e colocar ‘Princesa do Vale encantado’ com várias borboletinhas e coraçõeszinhos que ninguém fala nada.
E o que falar em foto? Pode colocar a foto da atriz dos “Rebeldes” ou a foto de calendário de mecânica. Quem vai dizer que não é? E ainda tem o álibi de bloquear os álbuns para que somente os amigos possam ver... (Bem útil – pensou ela).
No MSN a mesma coisa. Mas como não tem tanto ‘espaço’, o que dá o impacto é a frase...
Ela leu esses dias uma crônica do Arnaldo Jabour que falava exatamente nisso. Dizia que as frases de MSN muitas vezes falam do estado de espírito do dono – ou o inverso.
Por exemplo (isso está na crônica), a menina acabou de terminar um namoro e quer mostrar pro ex que está ‘por cima da carne seca’ e que está ‘pegando geral’, ela coloca “Meninas esse fim de semana foi fantástico!”. Na verdade ela está na maior deprê mas o ego é demais pra confessar que ainda não o esqueceu.
Tem outros que colocam propagandas e outros tantos que colocam os nomes que mais parecem códigos à serem decodificados...
Normal – Pensou ela.
A algumas semanas atrás ela espumava de raiva por conta de uma frase de um certo alguém. E não conseguia entender porque as pessoas faziam tanta questão de demonstrar o seu ‘momento’...
Mas ao mesmo tempo ela se lembrou de quando ela mesma colocava coisas assim. Faz tempo, mas colocava.
Eram frases que vinham em sonho e que a corroia por dentro... Mas que naquele momento era preciso estravazar aquilo... Mesmo sendo em palavras, mesmo sendo em silêncio...
E por tantas vezes ela mesma chorou em meio a uma conversa com alguém por MSN ou lendo um depoimento em seu orkut...
É normal isso? – Ela perguntava.
Mas voltando ao assunto. Foram várias vezes que ela leu algumas coisas que a interpretava de forma errônea. E por muitas ela sofria. Em vão? Talves necessário naquele momento.
Precisava aprender – e muito – o ‘benefício da dúvida’.
Mas foi horroroso ler e entender que estava sendo ‘deletada’ da vida de alguém ou que alguém precisava estar longe...
Ou ainda que ela era a falsa e que existia uma que era ‘verdadeira’.
Precisaria rebater? Estava disposta a rebater? Seria necessário rebater? Conseguiria rebater?
Não rebateu...
As vezes suas frases são impactantes. Outras mais meigas. Algumas com autoridade. Outras melancólicas. Mas o que mais gostava eram fragmentos de alguma música. Algumas antigas que outrora escutou na rádio. Outras que vinha em sua cabeça ‘do nada’. Algumas com um fundo de verdade. Outras nada a ver com o que se passa. Algumas secular, outras católicas ou evangélicas...
Músicas...
Era um outro meio de pensar inúmeras coisas a respeito.
As vezes – e numa mesma música, as sensações eram diferentes. A vezes a faziam lembrar de coisas boas, as vezes a fazia chorar.
Horas se passaram e ela já estava em casa se arrumando pra deitar quando seu telefone toca...
Alguém muito especial que havia adotado como amiga. Ou teria sido ao contrário?
Era um amor genuíno e que não precisava de muito pra existir. E pelo que se via, era forte o suficiente pra superar qualquer coisa.
Do outro lado da linha, palavras de consolo de apoio. Era só o que preciso – Pensou ela.
(...)
Naquela noite, ela dormiu melhor... Não precisava se esforçar pra entender alguma coisa. Nada era tão importante pra se entender naquele momento... Não ainda.
E prometeu a si mesma que daquele momento em diante não mais daria valor – além do que merecia – para qualquer coisa...
E ficou decidido assim.
Como há em uma de suas comunidades no orkut: “A sua imaginação é foda!”. E é mesmo.
Algumas situações andaram acontecendo com ela que a mesma não conseguia entender. E passava horas de seu dia incumbida a desvendá-los...
Por várias vezes se via fazendo coisas no automático e sua cabeça longe. Por vezes foi vista falando sozinha enquanto caminhava na rua.
Por vezes foi perguntada – e surpreendida – por perguntas como “Você está bem?” ou “Está ficando louca?”...
É... não dava pra explicar.
E divagando em seus pensamentos, ela teve um súbito. Orkut e MSN eram o que de fato mais confundia...
O orkut por ele próprio é confuso. Nele a pessoa pode se passar por quem ela quiser. O cara pode se chamar Roberto e colocar ‘Nego drama’ que ninguém nota. A menina pode se chamar Beatriz e colocar ‘Princesa do Vale encantado’ com várias borboletinhas e coraçõeszinhos que ninguém fala nada.
E o que falar em foto? Pode colocar a foto da atriz dos “Rebeldes” ou a foto de calendário de mecânica. Quem vai dizer que não é? E ainda tem o álibi de bloquear os álbuns para que somente os amigos possam ver... (Bem útil – pensou ela).
No MSN a mesma coisa. Mas como não tem tanto ‘espaço’, o que dá o impacto é a frase...
Ela leu esses dias uma crônica do Arnaldo Jabour que falava exatamente nisso. Dizia que as frases de MSN muitas vezes falam do estado de espírito do dono – ou o inverso.
Por exemplo (isso está na crônica), a menina acabou de terminar um namoro e quer mostrar pro ex que está ‘por cima da carne seca’ e que está ‘pegando geral’, ela coloca “Meninas esse fim de semana foi fantástico!”. Na verdade ela está na maior deprê mas o ego é demais pra confessar que ainda não o esqueceu.
Tem outros que colocam propagandas e outros tantos que colocam os nomes que mais parecem códigos à serem decodificados...
Normal – Pensou ela.
A algumas semanas atrás ela espumava de raiva por conta de uma frase de um certo alguém. E não conseguia entender porque as pessoas faziam tanta questão de demonstrar o seu ‘momento’...
Mas ao mesmo tempo ela se lembrou de quando ela mesma colocava coisas assim. Faz tempo, mas colocava.
Eram frases que vinham em sonho e que a corroia por dentro... Mas que naquele momento era preciso estravazar aquilo... Mesmo sendo em palavras, mesmo sendo em silêncio...
E por tantas vezes ela mesma chorou em meio a uma conversa com alguém por MSN ou lendo um depoimento em seu orkut...
É normal isso? – Ela perguntava.
Mas voltando ao assunto. Foram várias vezes que ela leu algumas coisas que a interpretava de forma errônea. E por muitas ela sofria. Em vão? Talves necessário naquele momento.
Precisava aprender – e muito – o ‘benefício da dúvida’.
Mas foi horroroso ler e entender que estava sendo ‘deletada’ da vida de alguém ou que alguém precisava estar longe...
Ou ainda que ela era a falsa e que existia uma que era ‘verdadeira’.
Precisaria rebater? Estava disposta a rebater? Seria necessário rebater? Conseguiria rebater?
Não rebateu...
As vezes suas frases são impactantes. Outras mais meigas. Algumas com autoridade. Outras melancólicas. Mas o que mais gostava eram fragmentos de alguma música. Algumas antigas que outrora escutou na rádio. Outras que vinha em sua cabeça ‘do nada’. Algumas com um fundo de verdade. Outras nada a ver com o que se passa. Algumas secular, outras católicas ou evangélicas...
Músicas...
Era um outro meio de pensar inúmeras coisas a respeito.
As vezes – e numa mesma música, as sensações eram diferentes. A vezes a faziam lembrar de coisas boas, as vezes a fazia chorar.
Horas se passaram e ela já estava em casa se arrumando pra deitar quando seu telefone toca...
Alguém muito especial que havia adotado como amiga. Ou teria sido ao contrário?
Era um amor genuíno e que não precisava de muito pra existir. E pelo que se via, era forte o suficiente pra superar qualquer coisa.
Do outro lado da linha, palavras de consolo de apoio. Era só o que preciso – Pensou ela.
(...)
Naquela noite, ela dormiu melhor... Não precisava se esforçar pra entender alguma coisa. Nada era tão importante pra se entender naquele momento... Não ainda.
E prometeu a si mesma que daquele momento em diante não mais daria valor – além do que merecia – para qualquer coisa...
E ficou decidido assim.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Bah!!!
Pretensiosa, eu? – Ela pensou... Seria mesmo?
Lá estava ela em sua cama. Acabara de acordar e mergulhara nessa linha de raciocínio.
De fato: tinha uma lista de ‘pretendentes’ e, como ela mesma sabia, nenhum satisfazia os pré-requisitos feitos por ela outrora.
E isso é bom? – Pensou ela.
Deveras, se sentia sozinha... Mas necessitava mesmo ter ao lado um ‘namorado’?
E foi divagando em pensamentos...
Um era extremamente enigmático. Só sabia de seus reais interesses devido ao mesmo ter tão contato quanto ela com um casal de tios... É um rapaz bonito, mais alto que ela, gosta de música, mora perto de sua casa, da mesma igreja, gentil, disfarça bem mas é super carinhoso, atencioso, carismático, tenta até ser engraçado! É gostoso estar com ele... – Ela pensou.
Um outro é mais tímido... Mas super atencioso. É da mesma igreja, carinhoso, gosta de música, a elogia mesmo estando de pijama... Manda mensagens, escreve scraps, diz que ‘está amando-a’...
Um outro é menos próximo fisicamente. Mas tão carinhoso e atencioso quanto! Nela, ele desperta desconserto... Se sente garotinha perto dele. Está sempre sorrindo e a fazendo sorrir... A leva em lugares estranhos e inesquecíveis... Faz com que ela descubra novos talentos a toda hora...
Um outro é mais direto. ‘te quero’ ele diz... É carinhoso, prestativo e está sempre bem humorado! Gosta de festas e de dançar. Uma graça – pensou ela.
Tem outros... Um que demonstra gostar dela, mas faz um charme... Outro que joga indiretas, mas não faz nada... Um outro que só quer tê-la por perto para provocar um outro alguém... Tem o que diz que ‘ora’ por ela, outro que ainda ‘vai tê-la’... O primo da amiga que hora está apaixonado por ela, hora por sua prima...
Aff!
Levantando da cama meio atordoada, ela foi até o portão – depois de se trocar e escovar os dentes, é claro! – e se sentou na calçada.
E mais pensamentos...
Não era uma má garota... Tão pouco feia. Gostava de música, de dançar, de carros, de estar com os amigos, de ver e tirar fotos, de suco de goiaba, de abraço e colinho, de piscina, de conversar, de dormir, de ver filmes, de sorvete de flocos, de jogar vídeo-game, de modificar suas roupas, de arrumar seu cabelo, de rir e fazer as pessoas rirem, de escutar o que elas tem pra dizer... Se considera carinhosa e dedicada.
Então porque ainda solteira, cara pálida? – Perguntou sua amiga que mora do lado de sua casa.
Não sabia explicar. Não se sentia merecedora de sentimentos de ninguém. Não sabia se era a hora de se envolver com outro alguém ou se devesse esperar um pouco mais.
Estava com medo de sofrer... Era a verdade.
E está vivendo uma nova fase em sua vida. Um ano que começara com muitas expectativas que se frustraram estava se findando. Novos planos e metas estavam sendo traçados...
Deveras, era uma outra pessoa. Do começo do ano até então, de nada se pareciam. Era outra vida, outras idéias, outros conceitos, novas maneiras de pensar e agir.
Sim, havia se tornado uma pessoa mais calada – se é que já não era demais! – Se tornou mais fria também. Relutava antes de qualquer circunstancia... Estava mais cautelosa. E estava mais teimosa também...
Então não era o momento, é isso? – A amiga perguntou.
Não, acho que não... – Ela respondeu.
“Sabe o que não mudou? Seus olhos... são enoooooormes!!!”.
Entrou em casa e uma música teimou em sua cabeça o resto do dia...
Lá estava ela em sua cama. Acabara de acordar e mergulhara nessa linha de raciocínio.
De fato: tinha uma lista de ‘pretendentes’ e, como ela mesma sabia, nenhum satisfazia os pré-requisitos feitos por ela outrora.
E isso é bom? – Pensou ela.
Deveras, se sentia sozinha... Mas necessitava mesmo ter ao lado um ‘namorado’?
E foi divagando em pensamentos...
Um era extremamente enigmático. Só sabia de seus reais interesses devido ao mesmo ter tão contato quanto ela com um casal de tios... É um rapaz bonito, mais alto que ela, gosta de música, mora perto de sua casa, da mesma igreja, gentil, disfarça bem mas é super carinhoso, atencioso, carismático, tenta até ser engraçado! É gostoso estar com ele... – Ela pensou.
Um outro é mais tímido... Mas super atencioso. É da mesma igreja, carinhoso, gosta de música, a elogia mesmo estando de pijama... Manda mensagens, escreve scraps, diz que ‘está amando-a’...
Um outro é menos próximo fisicamente. Mas tão carinhoso e atencioso quanto! Nela, ele desperta desconserto... Se sente garotinha perto dele. Está sempre sorrindo e a fazendo sorrir... A leva em lugares estranhos e inesquecíveis... Faz com que ela descubra novos talentos a toda hora...
Um outro é mais direto. ‘te quero’ ele diz... É carinhoso, prestativo e está sempre bem humorado! Gosta de festas e de dançar. Uma graça – pensou ela.
Tem outros... Um que demonstra gostar dela, mas faz um charme... Outro que joga indiretas, mas não faz nada... Um outro que só quer tê-la por perto para provocar um outro alguém... Tem o que diz que ‘ora’ por ela, outro que ainda ‘vai tê-la’... O primo da amiga que hora está apaixonado por ela, hora por sua prima...
Aff!
Levantando da cama meio atordoada, ela foi até o portão – depois de se trocar e escovar os dentes, é claro! – e se sentou na calçada.
E mais pensamentos...
Não era uma má garota... Tão pouco feia. Gostava de música, de dançar, de carros, de estar com os amigos, de ver e tirar fotos, de suco de goiaba, de abraço e colinho, de piscina, de conversar, de dormir, de ver filmes, de sorvete de flocos, de jogar vídeo-game, de modificar suas roupas, de arrumar seu cabelo, de rir e fazer as pessoas rirem, de escutar o que elas tem pra dizer... Se considera carinhosa e dedicada.
Então porque ainda solteira, cara pálida? – Perguntou sua amiga que mora do lado de sua casa.
Não sabia explicar. Não se sentia merecedora de sentimentos de ninguém. Não sabia se era a hora de se envolver com outro alguém ou se devesse esperar um pouco mais.
Estava com medo de sofrer... Era a verdade.
E está vivendo uma nova fase em sua vida. Um ano que começara com muitas expectativas que se frustraram estava se findando. Novos planos e metas estavam sendo traçados...
Deveras, era uma outra pessoa. Do começo do ano até então, de nada se pareciam. Era outra vida, outras idéias, outros conceitos, novas maneiras de pensar e agir.
Sim, havia se tornado uma pessoa mais calada – se é que já não era demais! – Se tornou mais fria também. Relutava antes de qualquer circunstancia... Estava mais cautelosa. E estava mais teimosa também...
Então não era o momento, é isso? – A amiga perguntou.
Não, acho que não... – Ela respondeu.
“Sabe o que não mudou? Seus olhos... são enoooooormes!!!”.
Entrou em casa e uma música teimou em sua cabeça o resto do dia...
“Já conheci muita gente/Gostei de alguns garotos/Mas depois de você/Os outros são os outros.Ninguém pode acreditar/Na gente separado/Eu tenho mil amigos, mas você foi/O meu melhor namorado.Procuro evitar comparações/Entre flores e declarações/Eu tento te esquecer/A minha vida continua/Mas é certo que eu seria sempre suaQuem pode me entender.Depois de você/Os outros são os outros e só.São tantas noites em restaurantes/Amores sem ciúmes/Eu sei bem mais do que antes/Sobre mãos, bocas e perfume.Eu não consigo achar normal/Meninas do seu lado/Eu sei que não merecem Mais que um cinema/Com meu melhor namorado...”.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Nervosa, ela??
Depois da última aula de volante e depois de se negar a fazer as aulas extras que seu instrutor havia recomendado, ela, depois de muita insistência de sua amiga resolve fazer apenas uma, no dia do exame. O horário? As 7hs da manhã...
No sábado, exatos oito dias antes seu irmão, com a maior calma do mundo, sai com ela pra dar uma volta. Já na primeira curva ela deixa um desenho em outro carro. Surreal...
Chorou a manhã inteira ouvindo João Bosco e Vinicius... “Coração idiota, parece que gosta de me fazer sofrer...”.
Aff!
Aquela semana seria um sacrilégio! De segunda a sexta seu estomago não deu folga. Chegou a vomitar tantas vezes que tinha medo de comer... Era dor o dia inteiro! E era só pensar no exame e lá vinha uma coisa ruim na garganta, uma fraqueza nas pernas, uma vontade de desistir, um pensamento de impotência...
E os dias foram se arrastando. E muita coisa mudou. Seu cabelo mesmo...
Um dia antes sua prima vem lhe fazer uma visita. E seu pai – um tanto estranho – ela pensou, deixou o carro para que ela desse uma volta.
Foi bom...
Mas a insegurança era demais.
Naquele mesmo dia ela parara na enfermaria da clínica e tomara um remédio venoso que a deixou mole...
Ao chegar em casa, ela se banhou e deitou em sua cama. Não comeria. Medo...
Uma ligação...
Força e palavras carinhosas vindas do outro lado. Ela até conseguiu relaxar... Mas seus olhos manavam lágrimas desobedientes...
Na manhã seguinte ela se levantou e no meio de seu banho pensou em não ir... Não se sentia segura. E se acontecesse um acidente? E se ela reprovasse? E se passasse mal no meio do exame?
Depois da aula ela se sentiu menos ruim... Estava até confiante!
Foi pra casa de sua tia. E lá ela teve o apoio que precisava. Apoio e incentivo.
Saiu de lá feliz!
Ao chegar no local do exame, vários amigos a esperavam. Foram lá acompanhar o resultado.
Mais nervosa ainda, ainda foi ao banheiro duas vezes.
Era a penúltima de seu carro. Quando seu instrutor se aproximou e lhe disse que seria a próxima ela teve vontade de sair correndo. Já?
Entrando no carro, já no primeiro contato com os examinadores – um homem ao lado e uma senhora no banco de trás – ela solta a velha piada da foto na identidade...
E o percurso foi assim... Em meio a conversa deles com ela e dela com eles.
Um único erro. Colocou uma marcha errada...
Seria o fim? Game over? Já era?
Sua garagem foi uma pintura de linda... Não dava pra reclamar. Valeu a pena...
Mas e a marcha errada?
Na espera do resultado uma surpresa - um de seus amigos não havia passado...
E ela na espectativa...
Ao ouvir seu nome ser chamado na guarita, num solavanco de umbigo, lá foi ela receber... Sua identidade e um pequeno papel dobrado... Nele escrito: APTO.
Era felicidade demais!
Quase não se continha de tanta... Na dúvida ligou pra sua mãe... Do outro lado um tom de felicidade e uma frase ‘broxante’: “Tinha que ficar feliz assim quando passar num concurso, no vestibular...”.
É... não poderia esperar mais que isso mesmo...
De lá – e na chuva – ela foi almoçar na casa de um de seus amigos.
A felicidade era transbordante. Nem se lembrava mais de quando se sentiu daquela forma!
Mandou mensagem pra um monte de gente e foi pra casa de uma outra amiga.
Naquele dia ela tentou falar com ele várias vezes... Mas sem resultado.
Se deitou naquela noite com uma sensação de poder... Era felicidade, poder, alívio...
O estômago? Curado...
No sábado, exatos oito dias antes seu irmão, com a maior calma do mundo, sai com ela pra dar uma volta. Já na primeira curva ela deixa um desenho em outro carro. Surreal...
Chorou a manhã inteira ouvindo João Bosco e Vinicius... “Coração idiota, parece que gosta de me fazer sofrer...”.
Aff!
Aquela semana seria um sacrilégio! De segunda a sexta seu estomago não deu folga. Chegou a vomitar tantas vezes que tinha medo de comer... Era dor o dia inteiro! E era só pensar no exame e lá vinha uma coisa ruim na garganta, uma fraqueza nas pernas, uma vontade de desistir, um pensamento de impotência...
E os dias foram se arrastando. E muita coisa mudou. Seu cabelo mesmo...
Um dia antes sua prima vem lhe fazer uma visita. E seu pai – um tanto estranho – ela pensou, deixou o carro para que ela desse uma volta.
Foi bom...
Mas a insegurança era demais.
Naquele mesmo dia ela parara na enfermaria da clínica e tomara um remédio venoso que a deixou mole...
Ao chegar em casa, ela se banhou e deitou em sua cama. Não comeria. Medo...
Uma ligação...
Força e palavras carinhosas vindas do outro lado. Ela até conseguiu relaxar... Mas seus olhos manavam lágrimas desobedientes...
Na manhã seguinte ela se levantou e no meio de seu banho pensou em não ir... Não se sentia segura. E se acontecesse um acidente? E se ela reprovasse? E se passasse mal no meio do exame?
Depois da aula ela se sentiu menos ruim... Estava até confiante!
Foi pra casa de sua tia. E lá ela teve o apoio que precisava. Apoio e incentivo.
Saiu de lá feliz!
Ao chegar no local do exame, vários amigos a esperavam. Foram lá acompanhar o resultado.
Mais nervosa ainda, ainda foi ao banheiro duas vezes.
Era a penúltima de seu carro. Quando seu instrutor se aproximou e lhe disse que seria a próxima ela teve vontade de sair correndo. Já?
Entrando no carro, já no primeiro contato com os examinadores – um homem ao lado e uma senhora no banco de trás – ela solta a velha piada da foto na identidade...
E o percurso foi assim... Em meio a conversa deles com ela e dela com eles.
Um único erro. Colocou uma marcha errada...
Seria o fim? Game over? Já era?
Sua garagem foi uma pintura de linda... Não dava pra reclamar. Valeu a pena...
Mas e a marcha errada?
Na espera do resultado uma surpresa - um de seus amigos não havia passado...
E ela na espectativa...
Ao ouvir seu nome ser chamado na guarita, num solavanco de umbigo, lá foi ela receber... Sua identidade e um pequeno papel dobrado... Nele escrito: APTO.
Era felicidade demais!
Quase não se continha de tanta... Na dúvida ligou pra sua mãe... Do outro lado um tom de felicidade e uma frase ‘broxante’: “Tinha que ficar feliz assim quando passar num concurso, no vestibular...”.
É... não poderia esperar mais que isso mesmo...
De lá – e na chuva – ela foi almoçar na casa de um de seus amigos.
A felicidade era transbordante. Nem se lembrava mais de quando se sentiu daquela forma!
Mandou mensagem pra um monte de gente e foi pra casa de uma outra amiga.
Naquele dia ela tentou falar com ele várias vezes... Mas sem resultado.
Se deitou naquela noite com uma sensação de poder... Era felicidade, poder, alívio...
O estômago? Curado...
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
... e chega de atos insanos X
Se levantou naquela manhã mais irritada que os outros dias.
E se irritou ainda mais tendo que ficar quase uma hora fazendo garagem.
Putz!
Saiu de lá indignada de raiva. Era visível o seu descontentamento.
Naquele dia ela fez uma loucura. Com boas intenções, é claro.
Precisou dirigir sem ter tirado carteira. Mas como mencionado, por uma boa causa...
E teve medo.
Medo de não conseguir. Medo de ser pega. Medo de acontecer algo de ruim.
Medo.
Esperou sua mãe ser atendida e foi embora.
Chegando em casa, arrumou suas coisas, lavou outras e de deitou pra esperar a sua hora de ir trabalhar.
Seu dia no trabalho foi de extrema loucura!
Estava irritada e não sabia porque. Irritava-se fácil e não sabia porque. Tinha vontade de chorar e não sabia porque.
Queria sumir e sabia muito bem o porque...
Indo pra casa, um de seus amigos liga. Como é bom falar com eles! E que saudades tinha dos terços semanais...
Na conversa um convite. Almoçar com ele no dia seguinte. E claro, aceito.
Arrumando a cozinha, ela recebe uma ligação de sua outra amiga. Era um convite pra jantar em sua casa novamente. Mas não daria pra ir... Não naquela noite, mas ficaria marcado para a noite seguinte...
Viu tv com sua mãe até bem tarde novamente e foi deitar.
Na prece, paciência...
E dormiu. Ou não...
E se irritou ainda mais tendo que ficar quase uma hora fazendo garagem.
Putz!
Saiu de lá indignada de raiva. Era visível o seu descontentamento.
Naquele dia ela fez uma loucura. Com boas intenções, é claro.
Precisou dirigir sem ter tirado carteira. Mas como mencionado, por uma boa causa...
E teve medo.
Medo de não conseguir. Medo de ser pega. Medo de acontecer algo de ruim.
Medo.
Esperou sua mãe ser atendida e foi embora.
Chegando em casa, arrumou suas coisas, lavou outras e de deitou pra esperar a sua hora de ir trabalhar.
Seu dia no trabalho foi de extrema loucura!
Estava irritada e não sabia porque. Irritava-se fácil e não sabia porque. Tinha vontade de chorar e não sabia porque.
Queria sumir e sabia muito bem o porque...
Indo pra casa, um de seus amigos liga. Como é bom falar com eles! E que saudades tinha dos terços semanais...
Na conversa um convite. Almoçar com ele no dia seguinte. E claro, aceito.
Arrumando a cozinha, ela recebe uma ligação de sua outra amiga. Era um convite pra jantar em sua casa novamente. Mas não daria pra ir... Não naquela noite, mas ficaria marcado para a noite seguinte...
Viu tv com sua mãe até bem tarde novamente e foi deitar.
Na prece, paciência...
E dormiu. Ou não...
... e chega de atos insanos IX
Antes mesmo de ter consciência do que estava acontecendo, lá estava ela de jogando ao mundo.
Em sua aula – dupla, pela primeira vez – ela se chateou com aquele que o ensinara. Estava se irritando muito fácil ultimamente.
Porque?
Naquela manha após a aula ela foi a casa de sua amiga e por lá almoçou. Gravou umas fotos em CD e foi trabalhar.
Em seu trabalho, nada de muito diferente...
Na ida pra casa sim...
Uma ligação. Ele.
Uma pergunta. “E você, como está?”.
Na resposta sem pensar porém mais sincera impossível. “Com fome!”.
Pronto...
Naquela noite ela jantou com uma pessoa que gostava muito e que já não se via mais distante.
Uma amiga... Uma mãe...
Conversaram muito naquela noite que até esqueceu da hora. Quando viu já era bem tarde...
Bom foi a companhia até a esquina de sua rua...
Muito bom...
Já deitada, lhe ocorre um novo pensamento. “Porque meus dias não são assim sempre? Basta coisas simples acontecerem pra que eu me sinta feliz!”.
Esse foi um dos seus pedidos... Um dos!
Foi fácil pegar no sono naquela noite...
Em sua aula – dupla, pela primeira vez – ela se chateou com aquele que o ensinara. Estava se irritando muito fácil ultimamente.
Porque?
Naquela manha após a aula ela foi a casa de sua amiga e por lá almoçou. Gravou umas fotos em CD e foi trabalhar.
Em seu trabalho, nada de muito diferente...
Na ida pra casa sim...
Uma ligação. Ele.
Uma pergunta. “E você, como está?”.
Na resposta sem pensar porém mais sincera impossível. “Com fome!”.
Pronto...
Naquela noite ela jantou com uma pessoa que gostava muito e que já não se via mais distante.
Uma amiga... Uma mãe...
Conversaram muito naquela noite que até esqueceu da hora. Quando viu já era bem tarde...
Bom foi a companhia até a esquina de sua rua...
Muito bom...
Já deitada, lhe ocorre um novo pensamento. “Porque meus dias não são assim sempre? Basta coisas simples acontecerem pra que eu me sinta feliz!”.
Esse foi um dos seus pedidos... Um dos!
Foi fácil pegar no sono naquela noite...
... e chega de atos insanos VIII
A manhã seguinte começou com ela deitada sem coragem pra levantar.
E só levantou quando realmente não conseguia mais ficar por ali.
O almoço foi por conta dela. E percebeu - de novo - que não era o seu forte...
Arrumou a cozinha e lá foi ela pra reunião.
Lá estava ela, tendo que engolir coisas e pessoas, pessoas e peripécias das mesmas. Até quando conseguiria?
Em meio a comentários ela se sentia inútil.
Seu estomago doía com mais força que na noite anterior. Porque será?
Hum...
A tristeza era visível.
Ela se isolou. E percebeu que existem pessoas que realmente se preocupam com ela. Seria mesmo possível?
Queria gritar para esses que ela não merecia nada daquilo! Chega...
Era hora de partir... Não precisava passar por aquilo. Não precisava suportar nada daquilo. Não queria. Não necessitara...
Não.
Indo pra casa lhe ocorreu um pensamento. “Porque nada mais dá certo?”. O que ela teria feito de tão ruim?
E percebeu que não havia se despedido de ninguém...
Chegando em casa, ela se banhou para ir a igreja. Ainda estava com vontade de se arrumar. E embora estivesse de jeans e camisa branca, ela se sentia linda...
E lá foi ela com a sua afilhada.
A missa foi linda... Ela se sentia bem.
No fim ela fez o que havia muito que não fazia. Visitou onde ficam os músicos...
A verdade era que ela queria abraçar alguém...
Mas como sempre, a ‘impressão’ de certas coisa a incomodam, ela se foi – sozinha – para casa.
Viu tv com sua mãe até muito tarde e foi dormir.
Tristeza?
Não... mas era uma sensação estranha. Era como se estivesse tirando algo que não era mais dela mas que era e que não queria mas ainda era e que outros queriam e ela não queria deixar mas que mesmo assim outros insistiam e ela relutava a desistir e mesmo na duvida de estar fazendo certo ou não ela continuara...
Estranho?
Quem a conhece sabe que nunca foi normal.
E dormiu... Ou pelo menos se deitou.
Estava virando costume acordar de madrugada pra ir ao banheiro. E estranhou o fato, já que morre de medo de escuro.
De frente ao espelho ela teve um pensamento. “Está na hora de mudar algo aqui...”.
Ainda naquela noite, ela sonhou com uma loira de óculos escuros dirigindo um carro cinza....
E só levantou quando realmente não conseguia mais ficar por ali.
O almoço foi por conta dela. E percebeu - de novo - que não era o seu forte...
Arrumou a cozinha e lá foi ela pra reunião.
Lá estava ela, tendo que engolir coisas e pessoas, pessoas e peripécias das mesmas. Até quando conseguiria?
Em meio a comentários ela se sentia inútil.
Seu estomago doía com mais força que na noite anterior. Porque será?
Hum...
A tristeza era visível.
Ela se isolou. E percebeu que existem pessoas que realmente se preocupam com ela. Seria mesmo possível?
Queria gritar para esses que ela não merecia nada daquilo! Chega...
Era hora de partir... Não precisava passar por aquilo. Não precisava suportar nada daquilo. Não queria. Não necessitara...
Não.
Indo pra casa lhe ocorreu um pensamento. “Porque nada mais dá certo?”. O que ela teria feito de tão ruim?
E percebeu que não havia se despedido de ninguém...
Chegando em casa, ela se banhou para ir a igreja. Ainda estava com vontade de se arrumar. E embora estivesse de jeans e camisa branca, ela se sentia linda...
E lá foi ela com a sua afilhada.
A missa foi linda... Ela se sentia bem.
No fim ela fez o que havia muito que não fazia. Visitou onde ficam os músicos...
A verdade era que ela queria abraçar alguém...
Mas como sempre, a ‘impressão’ de certas coisa a incomodam, ela se foi – sozinha – para casa.
Viu tv com sua mãe até muito tarde e foi dormir.
Tristeza?
Não... mas era uma sensação estranha. Era como se estivesse tirando algo que não era mais dela mas que era e que não queria mas ainda era e que outros queriam e ela não queria deixar mas que mesmo assim outros insistiam e ela relutava a desistir e mesmo na duvida de estar fazendo certo ou não ela continuara...
Estranho?
Quem a conhece sabe que nunca foi normal.
E dormiu... Ou pelo menos se deitou.
Estava virando costume acordar de madrugada pra ir ao banheiro. E estranhou o fato, já que morre de medo de escuro.
De frente ao espelho ela teve um pensamento. “Está na hora de mudar algo aqui...”.
Ainda naquela noite, ela sonhou com uma loira de óculos escuros dirigindo um carro cinza....
... e chega de atos insanos VII
E foi.
Na manhã seguinte lá estava ela de jogando ao mundo sem medo... Ou não?
A manhã passou tão rápido que quando percebeu já estava novamente deitada em sua cama. Sentia-se tão cansada!
Dormiu até chegar a hora de sua reunião.
Fatídica?
Nem tanto... Apenas se resguardou e abdicou de suas opiniões o quanto pode, dando-a somente quando era solicitada...
Mas não se conteve quando foi ‘escolhida’ pra dançar chiquititas...
Não, não podia se imaginar naquela situação. Detestava de todo coração e com todas as forças esse grupo! E nem era de sua época...
Foi embora esperando por um convite. Um convite pra sair. Precisa sair. Queria sair. Principalmente com aquele quem havia cogitado a idéia...
Mas o convite não foi feito...
Ainda o viu indo embora sem dizer uma só palavra sobre o assunto.
Porque os homens que se aproximavam dela tinha esse receio? Estava tão claro que ela poderia simplesmente recusar e dizer um “não” categórico? E porque simplesmente não iam a fundo? Porque desistiam com tanta facilidade?
Estava ela sendo difícil demais? Estava ela querendo escolher demais?
Foi a casa de uma de suas amigas mas foi necessário uma fatia de pudim de leite pra que o estomago dela reclamasse.
E foi pra casa.
Lá chegando deu uma olhada em sua mãe e se deitou. Ainda foi convidada a comemorar o aniversário do pai de sua amiga ao lado de sua casa, mas não estava bem.
Tentou falar com ele, mas...
Antes de dormir, ela recebeu uma mensagem daquele quem ela esperou o convite. Era somente uma mensagem a desejando boa noite. E só...
Frustrada?
Um pouco... Porque quando ela decidia por coisas novas acontecia isso? Seria predestinação? Deveria se prender ao passado sem dar passos a frente? Deveria insistir em um desejo de seu coração e deixar que o desejo de seus amigos de desfizessem?
Naquela noite não estava bem mesmo. Estava com muita dor de estomago e se sentia coagida ao que aconteceria no dia seguinte.
Chiquititas...
A verdade é que ela estava com medo do que ela mesma poderia fazer ou falar. Não toleraria se quer uma única provocação...
Estava triste... Não sabia como se comportar nem como agir. Queria sumir...
E pediu a Deus isso em oração, e adormeceu.
Estranho...
Antes mesmo de clarear a janela, ela ainda estava deitada em sua cama... Deus não havia atendido sua prece – pensou.
Na manhã seguinte lá estava ela de jogando ao mundo sem medo... Ou não?
A manhã passou tão rápido que quando percebeu já estava novamente deitada em sua cama. Sentia-se tão cansada!
Dormiu até chegar a hora de sua reunião.
Fatídica?
Nem tanto... Apenas se resguardou e abdicou de suas opiniões o quanto pode, dando-a somente quando era solicitada...
Mas não se conteve quando foi ‘escolhida’ pra dançar chiquititas...
Não, não podia se imaginar naquela situação. Detestava de todo coração e com todas as forças esse grupo! E nem era de sua época...
Foi embora esperando por um convite. Um convite pra sair. Precisa sair. Queria sair. Principalmente com aquele quem havia cogitado a idéia...
Mas o convite não foi feito...
Ainda o viu indo embora sem dizer uma só palavra sobre o assunto.
Porque os homens que se aproximavam dela tinha esse receio? Estava tão claro que ela poderia simplesmente recusar e dizer um “não” categórico? E porque simplesmente não iam a fundo? Porque desistiam com tanta facilidade?
Estava ela sendo difícil demais? Estava ela querendo escolher demais?
Foi a casa de uma de suas amigas mas foi necessário uma fatia de pudim de leite pra que o estomago dela reclamasse.
E foi pra casa.
Lá chegando deu uma olhada em sua mãe e se deitou. Ainda foi convidada a comemorar o aniversário do pai de sua amiga ao lado de sua casa, mas não estava bem.
Tentou falar com ele, mas...
Antes de dormir, ela recebeu uma mensagem daquele quem ela esperou o convite. Era somente uma mensagem a desejando boa noite. E só...
Frustrada?
Um pouco... Porque quando ela decidia por coisas novas acontecia isso? Seria predestinação? Deveria se prender ao passado sem dar passos a frente? Deveria insistir em um desejo de seu coração e deixar que o desejo de seus amigos de desfizessem?
Naquela noite não estava bem mesmo. Estava com muita dor de estomago e se sentia coagida ao que aconteceria no dia seguinte.
Chiquititas...
A verdade é que ela estava com medo do que ela mesma poderia fazer ou falar. Não toleraria se quer uma única provocação...
Estava triste... Não sabia como se comportar nem como agir. Queria sumir...
E pediu a Deus isso em oração, e adormeceu.
Estranho...
Antes mesmo de clarear a janela, ela ainda estava deitada em sua cama... Deus não havia atendido sua prece – pensou.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
... e chega de atos insanos VI
O dia seguinte começou e se foi sem muitos predicados.
Era uma mistura de felicidade com tristeza. Medo e poder...
“Vai entender” – poderia dizer!
E lá foi ela pra aula.
Depois foi almoçar na casa de uma amiga. Como ela gostava de estar com os seus!
E como se sentia acolhida naquela casa!
O almoço? Strogonoff. Sobremesa. Sagu.
Foi trabalhar naquele dia com pensamentos nada convencionais. Estava mesmo ficando diferente? Passaria a ficar verde e ser chamada de algum nome que só contém consoantes?
Porque a sensação de bis?
(...)
Ao voltar pra casa ela teve vontade de saber voar...
Queria se tornar a Jean Grey dos X-men, com o poder de voar, movimentar coisas e ouvir o pensamento das pessoas...
Perfeito!
E ainda com aquele chiquerrézimo cabelo vermelho...
E por falar nisso, nesse mesmo dia ela foi indagada por mais uma pessoa em porque não fazia curso de moda ao invés de publicidade...
E não é que estava se apaixonando por isso?
Apaixonando? Era essa a sensação dentro dela mesmo? Paixão?
Não se reconheceu. Estava mudando e não sabia o motivo. Estava gostando de fazer coisas que achou que jamais se sentisse realizada novamente.
Isso era bom?
De noite, já em sua cama ela rezou.
E foi fervorosa.
Queria um fim de semana diferente.
E dormiu...
Era uma mistura de felicidade com tristeza. Medo e poder...
“Vai entender” – poderia dizer!
E lá foi ela pra aula.
Depois foi almoçar na casa de uma amiga. Como ela gostava de estar com os seus!
E como se sentia acolhida naquela casa!
O almoço? Strogonoff. Sobremesa. Sagu.
Foi trabalhar naquele dia com pensamentos nada convencionais. Estava mesmo ficando diferente? Passaria a ficar verde e ser chamada de algum nome que só contém consoantes?
Porque a sensação de bis?
(...)
Ao voltar pra casa ela teve vontade de saber voar...
Queria se tornar a Jean Grey dos X-men, com o poder de voar, movimentar coisas e ouvir o pensamento das pessoas...
Perfeito!
E ainda com aquele chiquerrézimo cabelo vermelho...
E por falar nisso, nesse mesmo dia ela foi indagada por mais uma pessoa em porque não fazia curso de moda ao invés de publicidade...
E não é que estava se apaixonando por isso?
Apaixonando? Era essa a sensação dentro dela mesmo? Paixão?
Não se reconheceu. Estava mudando e não sabia o motivo. Estava gostando de fazer coisas que achou que jamais se sentisse realizada novamente.
Isso era bom?
De noite, já em sua cama ela rezou.
E foi fervorosa.
Queria um fim de semana diferente.
E dormiu...
... e chega de atos insanos V
O dia seguinte começou com ela se levantando bem cedo e se arrumando para trabalhar. Naquele dia ela iria de manhã.
Trocara de horário devido a uma visita que estava querendo fazer a um amigo no hospital. E assim como ela havia pedido a ela, ela queria vê-lo.
Mas não deu. Ele não resistiu. Havia partido antes que ela pudesse ter ido vê-lo. Estava sendo recebido nos braços de Cristo naquele momento...
E ela se aliviou...
Saiu de casa com aquela visão. Cristo recebendo seu amigo...
No trabalho nada de novo.
Ao sair ela ligou pra ele para saber onde seria o enterro.
Chovia muito e devido a um outro imprevisto ela só conseguiu chegar no local quando já haviam feito as considerações finais.
Ainda ficou um tempo observando o local e foi abraçada por um de seus amigos e levada com ele para abraçar a mãe de seu amigo.
Na despedida ela foi junto com ele pra casa.
Estava molhada. Muito molhada.
E como de costume, foi recebida com muito carinho.
Vestiu um ‘meião’ e se cobriu.
Fazia muito tempo que não descansava daquela forma...
Estaria ela acolhendo ou sendo acolhida?
Queria chorar... Mas se conteve.
Aproveitou o máximo daquela noite sem medo de arrepender depois.
E foi maravilhoso...
(...)
Já em sua casa, pensamentos vagueavam.
Foi um sonho?
E mesmo sem sono ela banhou e se deitou...
Uma música ao fundo:
“Seu corpo em meu corpo / Seu beijo em meu beijo / É fogo que queima / Explode o desejo / Eu paro no tempo / E nesse momento / A gente quer se devorar.É nisso que dá / Se beijo seus olhos / É coisa de pele / Entra pelos poros / Não quero te ver / Nem arrepender / Não quero chorar...”
Trocara de horário devido a uma visita que estava querendo fazer a um amigo no hospital. E assim como ela havia pedido a ela, ela queria vê-lo.
Mas não deu. Ele não resistiu. Havia partido antes que ela pudesse ter ido vê-lo. Estava sendo recebido nos braços de Cristo naquele momento...
E ela se aliviou...
Saiu de casa com aquela visão. Cristo recebendo seu amigo...
No trabalho nada de novo.
Ao sair ela ligou pra ele para saber onde seria o enterro.
Chovia muito e devido a um outro imprevisto ela só conseguiu chegar no local quando já haviam feito as considerações finais.
Ainda ficou um tempo observando o local e foi abraçada por um de seus amigos e levada com ele para abraçar a mãe de seu amigo.
Na despedida ela foi junto com ele pra casa.
Estava molhada. Muito molhada.
E como de costume, foi recebida com muito carinho.
Vestiu um ‘meião’ e se cobriu.
Fazia muito tempo que não descansava daquela forma...
Estaria ela acolhendo ou sendo acolhida?
Queria chorar... Mas se conteve.
Aproveitou o máximo daquela noite sem medo de arrepender depois.
E foi maravilhoso...
(...)
Já em sua casa, pensamentos vagueavam.
Foi um sonho?
E mesmo sem sono ela banhou e se deitou...
Uma música ao fundo:
“Seu corpo em meu corpo / Seu beijo em meu beijo / É fogo que queima / Explode o desejo / Eu paro no tempo / E nesse momento / A gente quer se devorar.É nisso que dá / Se beijo seus olhos / É coisa de pele / Entra pelos poros / Não quero te ver / Nem arrepender / Não quero chorar...”
... e chega de atos insanos IV
A manhã seguinte começou atípica.
Primeiro uma ligação. Ele...
Incrível como bastavam meias palavras pra que ela se sentisse mais encorajada...
Do outro lado também, noticias ruins. Seu amigo não estava nada bem e seu tempo estava acabando. Precisava conseguir trocar de horário no dia seguinte.
Estava com medo.
Medo de não dar tempo. Medo da aula que sucederia aquele momento...
Com a cabeça em outros rumos, lá foi ela. Se lançando ao mundo.
E foi bem ameno naquele dia...
Chegando em casa ela se deitou e dormiu. Parecia que não dormia a muito tempo. Estava cansada...
No serviço uma boa noticia. Conseguira trocar de horário. Amanhã o veria...
E o dia passou mais rápido que os anteriores.
Até anoitecer e ela ver seu celular tocando.
Era ele...
Do outro lado uma voz baixa e uma pergunta: “Onde você está?”, “No serviço, e você?” - Respondeu.
Do outro lado: “No hospital...”.
“Você vai dormir aí de novo?” – Ela perguntou. A resposta: “Não”.
Daí ela: “E quem vai?”.
“Ninguém...” – ela ouviu do outro lado...
Silêncio.
Não conteve o choro. Não conseguia. Não podia...
E juntamente com o choro veio uma mania.
Refluxo.
Mania?
Era horrível a sensação. Dor na garganta. No peito.
Tomou uma medicação venosa e foi pra casa. Desolada...
Não se sabe ao certo o que se passou.
Ainda conversou no celular e dormiu. Ou teria desmaiado?
Estava mole. Mole e vulnerável.
Não rezou naquela noite.
Não se lembra de mais nada...
Primeiro uma ligação. Ele...
Incrível como bastavam meias palavras pra que ela se sentisse mais encorajada...
Do outro lado também, noticias ruins. Seu amigo não estava nada bem e seu tempo estava acabando. Precisava conseguir trocar de horário no dia seguinte.
Estava com medo.
Medo de não dar tempo. Medo da aula que sucederia aquele momento...
Com a cabeça em outros rumos, lá foi ela. Se lançando ao mundo.
E foi bem ameno naquele dia...
Chegando em casa ela se deitou e dormiu. Parecia que não dormia a muito tempo. Estava cansada...
No serviço uma boa noticia. Conseguira trocar de horário. Amanhã o veria...
E o dia passou mais rápido que os anteriores.
Até anoitecer e ela ver seu celular tocando.
Era ele...
Do outro lado uma voz baixa e uma pergunta: “Onde você está?”, “No serviço, e você?” - Respondeu.
Do outro lado: “No hospital...”.
“Você vai dormir aí de novo?” – Ela perguntou. A resposta: “Não”.
Daí ela: “E quem vai?”.
“Ninguém...” – ela ouviu do outro lado...
Silêncio.
Não conteve o choro. Não conseguia. Não podia...
E juntamente com o choro veio uma mania.
Refluxo.
Mania?
Era horrível a sensação. Dor na garganta. No peito.
Tomou uma medicação venosa e foi pra casa. Desolada...
Não se sabe ao certo o que se passou.
Ainda conversou no celular e dormiu. Ou teria desmaiado?
Estava mole. Mole e vulnerável.
Não rezou naquela noite.
Não se lembra de mais nada...
... e chega de atos insanos III
O dia seguinte começou com chuva.
E ela foi pra aula. Havia uma certa frustração em suas aulas mas mesmo assim ela foi.
E nesse dia ela viu que realmente deveria ter o sangue frio para aquela nova modalidade... Um carro veio por trás – sem freio aparentemente – e ela foi obrigada a fazer uma manobra brusca pra não ocorrer um acidente. Ou incidente...
Após o ocorrido ela parou o carro, tirou o cinto e não esperou nem meia palavra do alguém que estava com ela.
Chorou...
Foi embora naquele dia com muito medo e desejo de desistir. Não poderia passar por outra situação daquelas.
Não suportaria...
Seu dia passaria num piscar de olhos. Não conseguia comer. Tudo a assustava. Tudo.
Ainda teve noticias de seu amigo doente naquela tarde. Precisaria correr pra trocar de horário para poder vê-lo... Mas não foi possível por ninguém possível...
E se não desse tempo? E se ela não cumprisse o pedido dele?
E triste foi pra casa atual.
Chegando em casa ela encontra suas coisas que não estão na caixa, dentro de um saco de lixo preto. O que era isso?
Em sua cama, um bilhete. De sua irmã.
Ao terminar de ler, um pensamento. “É... era exatamente isso que eu estava precisando...”.
E chorou...
Não precisava passar por aquilo. Não queria mais passar. Ataques vindo de todas as partes... Não.
“As pessoas a vêem como coitadinha...”. É pedir muito pra que as pessoas que não querem me compreender me deixarem em paz? – pensou.
Tinha o dom de ter pessoas que acham que o mundo vive em torno de seus umbigos. Só podia ser...
Naquela noite ainda teve mais noticias de seu amigo.
Tinha que dar tempo...
“Eu queria que você estivesse aqui...”.
Ela rezou e dormiu.
Não sabe ao certo a ordem verdadeira dos últimos acontecimentos...
E ela foi pra aula. Havia uma certa frustração em suas aulas mas mesmo assim ela foi.
E nesse dia ela viu que realmente deveria ter o sangue frio para aquela nova modalidade... Um carro veio por trás – sem freio aparentemente – e ela foi obrigada a fazer uma manobra brusca pra não ocorrer um acidente. Ou incidente...
Após o ocorrido ela parou o carro, tirou o cinto e não esperou nem meia palavra do alguém que estava com ela.
Chorou...
Foi embora naquele dia com muito medo e desejo de desistir. Não poderia passar por outra situação daquelas.
Não suportaria...
Seu dia passaria num piscar de olhos. Não conseguia comer. Tudo a assustava. Tudo.
Ainda teve noticias de seu amigo doente naquela tarde. Precisaria correr pra trocar de horário para poder vê-lo... Mas não foi possível por ninguém possível...
E se não desse tempo? E se ela não cumprisse o pedido dele?
E triste foi pra casa atual.
Chegando em casa ela encontra suas coisas que não estão na caixa, dentro de um saco de lixo preto. O que era isso?
Em sua cama, um bilhete. De sua irmã.
Ao terminar de ler, um pensamento. “É... era exatamente isso que eu estava precisando...”.
E chorou...
Não precisava passar por aquilo. Não queria mais passar. Ataques vindo de todas as partes... Não.
“As pessoas a vêem como coitadinha...”. É pedir muito pra que as pessoas que não querem me compreender me deixarem em paz? – pensou.
Tinha o dom de ter pessoas que acham que o mundo vive em torno de seus umbigos. Só podia ser...
Naquela noite ainda teve mais noticias de seu amigo.
Tinha que dar tempo...
“Eu queria que você estivesse aqui...”.
Ela rezou e dormiu.
Não sabe ao certo a ordem verdadeira dos últimos acontecimentos...
... e chega de atos insanos II
O dia seguinte começou sem muitas novidades.
Já ouvia as pessoas da casa almoçando quando despertou nela a vontade de se levantar. Era um mal... mas estava sendo feito dela para ela.
A mais ninguém.
Recebeu uma ligação e foi até a casa de sua amiga e por lá mesmo almoçou. Nem se lembrava mais o gosto de peixe...
Nesse mesmo dia, ela teve uma conversa com um casal de amigos...
Havia entendido o porque do convite... Eles queriam falar.
Era preocupação com as ultimas atitudes dela. De fato, ela estava estranha mesmo. Falava coisas sem sentido. Agia sem sentido.
Estava ‘estranha’. Ela sabia... Não precisava que os seus a parassem na rua e dissesse: “Ah nem. Quero te ver como antes!”.
Ela também sentia saudades de uma época não tão longe. Era gostoso acordar, mesmo desempregada, mas ter a sensação de felicidade no entardecer com uma ligação ou visita... Xi... Estaria ela dando muita vazão a essa estória ainda? Queria mesmo que esse tempo voltasse? Estaria preparada para as possíveis conseqüências?
Era mesmo feliz naquela época? E agora?
E nessa conversa muita coisa foi dita e ouvida.
“O que você espera no desfecho dessa estória?”... “Que ele seja feliz...”, ela respondeu. Não queria muito. Ou queria?
Passou a tarde arrumando as unhas. Foi despertado nela esse desejo de se arrumar na noite anterior. Ou seria madrugada?
Não sabia explicar o motivo, mas queria estar bem... Se sentir bem... Não chamar a atenção, mas simplesmente ser elogiada...
Estaria fazendo mal?
De noite foi a igreja.
E se arrumou. Cabelo e maquiagem prontos.
Porque a sensação de euforia ao chegar lá? Seu coração passou o tempo todo acelerado. Queria pular, queria cantar, queria abraçar quem via...
No fim ela subiu pra casa e antes ficou conversando com um de suas amigas no banco. Mas foi muito pouco. Estava com uma sensação de agonia e de tristeza misturado a felicidade e ‘poder’.
Queria gritar!
Chegando em casa ela trocou de roupa e se deitou...
Que sensação estranha era aquela? Era felicidade? Tristeza? Medo...
Não sabia.
Rezou e dormiu.
E só...
Já ouvia as pessoas da casa almoçando quando despertou nela a vontade de se levantar. Era um mal... mas estava sendo feito dela para ela.
A mais ninguém.
Recebeu uma ligação e foi até a casa de sua amiga e por lá mesmo almoçou. Nem se lembrava mais o gosto de peixe...
Nesse mesmo dia, ela teve uma conversa com um casal de amigos...
Havia entendido o porque do convite... Eles queriam falar.
Era preocupação com as ultimas atitudes dela. De fato, ela estava estranha mesmo. Falava coisas sem sentido. Agia sem sentido.
Estava ‘estranha’. Ela sabia... Não precisava que os seus a parassem na rua e dissesse: “Ah nem. Quero te ver como antes!”.
Ela também sentia saudades de uma época não tão longe. Era gostoso acordar, mesmo desempregada, mas ter a sensação de felicidade no entardecer com uma ligação ou visita... Xi... Estaria ela dando muita vazão a essa estória ainda? Queria mesmo que esse tempo voltasse? Estaria preparada para as possíveis conseqüências?
Era mesmo feliz naquela época? E agora?
E nessa conversa muita coisa foi dita e ouvida.
“O que você espera no desfecho dessa estória?”... “Que ele seja feliz...”, ela respondeu. Não queria muito. Ou queria?
Passou a tarde arrumando as unhas. Foi despertado nela esse desejo de se arrumar na noite anterior. Ou seria madrugada?
Não sabia explicar o motivo, mas queria estar bem... Se sentir bem... Não chamar a atenção, mas simplesmente ser elogiada...
Estaria fazendo mal?
De noite foi a igreja.
E se arrumou. Cabelo e maquiagem prontos.
Porque a sensação de euforia ao chegar lá? Seu coração passou o tempo todo acelerado. Queria pular, queria cantar, queria abraçar quem via...
No fim ela subiu pra casa e antes ficou conversando com um de suas amigas no banco. Mas foi muito pouco. Estava com uma sensação de agonia e de tristeza misturado a felicidade e ‘poder’.
Queria gritar!
Chegando em casa ela trocou de roupa e se deitou...
Que sensação estranha era aquela? Era felicidade? Tristeza? Medo...
Não sabia.
Rezou e dormiu.
E só...
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
... e chega de atos insanos I
A manhã seguinte começou diferente das anteriores.
Ela se banhou e começou a arrumar suas coisas. Começou só porque terminar mesmo...
Estava sem forças. Faria uma visita a um amigo doente naquela tarde.
Ao sair de casa um pedido à Deus: Força.
Naquele dia ela se imaginou já dirigindo. Não pela vontade de dirigir mas pelo tempo que ficou na parada esperando ônibus... Foi tanto que ela até participou sem querer de um ato pela paz de uma igreja local. Dois ou mais rapazes em cima de um trio elétrico cantando rap gospel.
E muita chuva...
Chegando no hospital, ela se lembrou de quando sua mãe e irmã faziam tratamento no mesmo. Viu também alguns pacientes. Mais na frente uma missa...
Subiu o elevador e chegando no andar de destino uma sensação estranha. Era uma sensação de calor, como se fosse um abraço...
Adentrando o quarto, seu amigo. Deitado na cama ele olhou pra ela e sorriu. Era um sorriso de surpresa. Na TV, um programa que refazia casas de famílias sem condições. Podia ter quadros na TV que refizessem caráter e bondade nas pessoas – ela pensou.
Passou a maior parte do tempo ao lado dele segurando a sua mão com a direita e o acariciando com a esquerda.
Embora calada, não houve um só momento que ela não clamava por aquela vida. Vida que estava lutando pra seguir em frente...
A chuva caia lá fora e dentro dela. Lá ela conheceu duas novas pessoas. Se tornaram amigos... Conversou muito naquela tarde com a mãe dele... Como gostava dela! E era genuíno... de graça...
Na despedida um pedido: “Vem me ver de novo antes de...”. Doeu. Mas ela sorriu e assentiu com a cabeça.
No corredor se despediu da mãe dele e desceu o elevador. Antes de sair daquele lugar se encontrou com mais dois amigos.
Passou no shopping próximo pra pagar contas e foi pra casa.
Ainda chovia muito...
No ônibus, sem querer e sem poder resistir ela chorou...
Era um choro diferente. Era saudade. Vontade de voltar e ficar ali... como se ela pudesse fazer algo a mais... Precisava tanto de abraço...
Descendo pra casa ela recebeu uma ligação de um de seus amigos que havia combinado de ir fazer esta visita com ela. Não deu... Ainda conversaram muito naquela noite.
Sua cabeça doía... Não tanto quanto o seu estomago mas doía...
Naquela noite não conseguiu comer.
Chovia lá fora e ela apenas rezava...
Rezou e dormiu. Dormiu e rezou.
E foi assim durante toda a noite....
Ainda antes de clarear a janela ela se levantou. Foi até o banheiro, lavou o rosto e se olhou como não havia feito a muito tempo.
Era outra pessoa que a olhava nos olhos. E que olhos!
Era uma outra face. Embora nada tivesse mudado muito, os cabelos talves, no corte, na cor... Espinhas quase nenhuma... Mas os olhos... Tinha algo diferente...
E se sentiu mais bonita. Seria o “Forte e Poderosa” outra vez? Porque aquela sensação do nada? E naquele momento?
Era uma sensação de autoridade. Poderia sair dali e ganhar o mundo...
Mas passou e ela se deitou novamente...
Ela se banhou e começou a arrumar suas coisas. Começou só porque terminar mesmo...
Estava sem forças. Faria uma visita a um amigo doente naquela tarde.
Ao sair de casa um pedido à Deus: Força.
Naquele dia ela se imaginou já dirigindo. Não pela vontade de dirigir mas pelo tempo que ficou na parada esperando ônibus... Foi tanto que ela até participou sem querer de um ato pela paz de uma igreja local. Dois ou mais rapazes em cima de um trio elétrico cantando rap gospel.
E muita chuva...
Chegando no hospital, ela se lembrou de quando sua mãe e irmã faziam tratamento no mesmo. Viu também alguns pacientes. Mais na frente uma missa...
Subiu o elevador e chegando no andar de destino uma sensação estranha. Era uma sensação de calor, como se fosse um abraço...
Adentrando o quarto, seu amigo. Deitado na cama ele olhou pra ela e sorriu. Era um sorriso de surpresa. Na TV, um programa que refazia casas de famílias sem condições. Podia ter quadros na TV que refizessem caráter e bondade nas pessoas – ela pensou.
Passou a maior parte do tempo ao lado dele segurando a sua mão com a direita e o acariciando com a esquerda.
Embora calada, não houve um só momento que ela não clamava por aquela vida. Vida que estava lutando pra seguir em frente...
A chuva caia lá fora e dentro dela. Lá ela conheceu duas novas pessoas. Se tornaram amigos... Conversou muito naquela tarde com a mãe dele... Como gostava dela! E era genuíno... de graça...
Na despedida um pedido: “Vem me ver de novo antes de...”. Doeu. Mas ela sorriu e assentiu com a cabeça.
No corredor se despediu da mãe dele e desceu o elevador. Antes de sair daquele lugar se encontrou com mais dois amigos.
Passou no shopping próximo pra pagar contas e foi pra casa.
Ainda chovia muito...
No ônibus, sem querer e sem poder resistir ela chorou...
Era um choro diferente. Era saudade. Vontade de voltar e ficar ali... como se ela pudesse fazer algo a mais... Precisava tanto de abraço...
Descendo pra casa ela recebeu uma ligação de um de seus amigos que havia combinado de ir fazer esta visita com ela. Não deu... Ainda conversaram muito naquela noite.
Sua cabeça doía... Não tanto quanto o seu estomago mas doía...
Naquela noite não conseguiu comer.
Chovia lá fora e ela apenas rezava...
Rezou e dormiu. Dormiu e rezou.
E foi assim durante toda a noite....
Ainda antes de clarear a janela ela se levantou. Foi até o banheiro, lavou o rosto e se olhou como não havia feito a muito tempo.
Era outra pessoa que a olhava nos olhos. E que olhos!
Era uma outra face. Embora nada tivesse mudado muito, os cabelos talves, no corte, na cor... Espinhas quase nenhuma... Mas os olhos... Tinha algo diferente...
E se sentiu mais bonita. Seria o “Forte e Poderosa” outra vez? Porque aquela sensação do nada? E naquele momento?
Era uma sensação de autoridade. Poderia sair dali e ganhar o mundo...
Mas passou e ela se deitou novamente...
terça-feira, 25 de novembro de 2008
... ela têve um ato insano XI
A manhã seguinte começou chuvosa...
Assim como o seu humor.
E sua aula foi debaixo de chuva. Uma nova modalidade. Garagem. Era a sua maior facilidade. De fato...
Voltou pra casa atual na chuva e antes que lhe desse vontade de fazer outra coisa ela entrou na Internet.
É incrível o impacto que tem as suas frases de seu MSN... E mais uma vez foi indagada pela atual. O que tinha de mais? Só estava chateada... E só! Precisava agora antes de se sentir assim mandar um memorando? Anunciar no diário oficial? Mandar uma carta ou coisa assim? Era só um sentimento... E como os vários que ela sente, não foi compreendido por aquele com quem ela mais acredita que a conheça...
Sua tarde passou feito uma bala. Não tinha ao certo quando entrou ali. Só sabe dizer a hora que uma estranha sensação a tomou... E junto dela, a imagem de um amigo doente... Precisava de notícias.
Era estranha a sensação, mas ela sabia exatamente quando a sentia... Era em determinados momentos. Principalmente depois dos sonhos... Sem pensar meia vez ela ligou pra ele pra pegar o telefone de uma amiga em comum... A pergunta do outro lado não tinha resposta: “Você está bem?”. Não sabia dizer...
Ao ligar para a amiga uma sensação de calor por dentro. Era tristeza...
E antes que soubesse discernir o que sentiu, lá estava outra vez, a sentindo mesma sensação, só que dessa vez ela viu a sua mãe...
E ligou pra ela. Aparentemente tudo certo. Aparentemente...
Aquele que ia buscá-la no serviço não pode ir... E ela se foi na carona de uma outra amiga.
Ao dobrar a esquina da casa atual, ela percebe uma movimentação estranha de frente. O que seria isso? E antes que pudesse reagir seja como fosse, um dos seus vizinhos foi até ela e lhe disse pra ter calma...
Mas calma de quê?
A notícia que sucederia era assustadora. Sua mãe havia passado mal e seu irmão havia saído a pouco pra levá-la ao hospital. Seria possível? Estaria acontecendo de fato? Aquilo tudo era real?
Só sabia chorar... E em meio ao choro se lembrou das pessoas com quem ela sabia que podia contar. E enviou uma mensagem pra os seus. De imediato recebeu ligações retornando.
Ela só chorava... Ainda ficou um bom tempo de frente a sua casa sentada na calçada depois da ligação do último...
E cumpriu o que havia prometido. Entrou – depois de muito – se banhou e ficou em seu quarto rezando e esperando noticias. O telefone carregando...
Quando sua mãe chegou, era uma mistura de alívio com medo. Mas tudo resolvido. Graças a Deus, é claro.
E ela se deitou. Antes – já havia feito – mas nunca é demais, ela rezou em silencio... E chorou...
Seria um sinal? Um momento para se fechar naquilo que estava acontecendo? Em tudo que estava sentindo e passando? Deveria ela se interiorizar?
Poderia ela ver como sinal de alguma coisa?
Um último pensamento surgiu antes de adormecer:
“Seu nome significa FORTE E PODEROSA. Medite... Tudo a ver com o seu nome...”.
Assim como o seu humor.
E sua aula foi debaixo de chuva. Uma nova modalidade. Garagem. Era a sua maior facilidade. De fato...
Voltou pra casa atual na chuva e antes que lhe desse vontade de fazer outra coisa ela entrou na Internet.
É incrível o impacto que tem as suas frases de seu MSN... E mais uma vez foi indagada pela atual. O que tinha de mais? Só estava chateada... E só! Precisava agora antes de se sentir assim mandar um memorando? Anunciar no diário oficial? Mandar uma carta ou coisa assim? Era só um sentimento... E como os vários que ela sente, não foi compreendido por aquele com quem ela mais acredita que a conheça...
Sua tarde passou feito uma bala. Não tinha ao certo quando entrou ali. Só sabe dizer a hora que uma estranha sensação a tomou... E junto dela, a imagem de um amigo doente... Precisava de notícias.
Era estranha a sensação, mas ela sabia exatamente quando a sentia... Era em determinados momentos. Principalmente depois dos sonhos... Sem pensar meia vez ela ligou pra ele pra pegar o telefone de uma amiga em comum... A pergunta do outro lado não tinha resposta: “Você está bem?”. Não sabia dizer...
Ao ligar para a amiga uma sensação de calor por dentro. Era tristeza...
E antes que soubesse discernir o que sentiu, lá estava outra vez, a sentindo mesma sensação, só que dessa vez ela viu a sua mãe...
E ligou pra ela. Aparentemente tudo certo. Aparentemente...
Aquele que ia buscá-la no serviço não pode ir... E ela se foi na carona de uma outra amiga.
Ao dobrar a esquina da casa atual, ela percebe uma movimentação estranha de frente. O que seria isso? E antes que pudesse reagir seja como fosse, um dos seus vizinhos foi até ela e lhe disse pra ter calma...
Mas calma de quê?
A notícia que sucederia era assustadora. Sua mãe havia passado mal e seu irmão havia saído a pouco pra levá-la ao hospital. Seria possível? Estaria acontecendo de fato? Aquilo tudo era real?
Só sabia chorar... E em meio ao choro se lembrou das pessoas com quem ela sabia que podia contar. E enviou uma mensagem pra os seus. De imediato recebeu ligações retornando.
Ela só chorava... Ainda ficou um bom tempo de frente a sua casa sentada na calçada depois da ligação do último...
E cumpriu o que havia prometido. Entrou – depois de muito – se banhou e ficou em seu quarto rezando e esperando noticias. O telefone carregando...
Quando sua mãe chegou, era uma mistura de alívio com medo. Mas tudo resolvido. Graças a Deus, é claro.
E ela se deitou. Antes – já havia feito – mas nunca é demais, ela rezou em silencio... E chorou...
Seria um sinal? Um momento para se fechar naquilo que estava acontecendo? Em tudo que estava sentindo e passando? Deveria ela se interiorizar?
Poderia ela ver como sinal de alguma coisa?
Um último pensamento surgiu antes de adormecer:
“Seu nome significa FORTE E PODEROSA. Medite... Tudo a ver com o seu nome...”.
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
...ela têve um ato insano X
Na manhã seguinte estava tão lerda quanto os outros dias.
Podia o Kaká passar do teu lado que ela não perceberia... E por falar nele, ela colocou a camisa do Milan. Acha lindo...
E lá foi ela, se atirando ao mundo...
Já dentro do ônibus – lotado – ela percebe um rosto conhecido.
Ele...
Seria possível?
Saberia explicar em palavras a sensação que teve? O sentimento que havia brotado em seu coração? Teria coragem de olhar os olhos?
Não teve...
Trocaram poucas palavras... Bem poucas. E só.
Sua atenção sempre na janela. Suas palavras eram mais respostas...
Não sabia o que dizer. Não sabia como se comportar. Estava sendo polida? Precisa estar? Teria que estar? Seria assim dali pra frente?
Naquele dia o percurso foi diferente... Estava mais segura, porém ainda lerda... Seria a camisa?
Ao voltar, passou na casa atual e foi pra casa de uma outra amiga.
Configurar ATA’s, SofthPhones, celulares e Internet ela estava habituada, mas ao chegar no destino, ela se deparou com algo diferente... Uma WebCam.
Mexeu em tudo. Desinstalou, reinstalou. Reiniciou. Tirou cabo.
No fim precisava testar...
A quem recorrer? Quem estaria online pra ajudar e que não se negaria?
Ele...
Teria feito certo? Poderia ter esperado outra pessoa ficar online? Pareceu pretexto pra falar com ele? Foi certo o que fez?
Não conseguiu olhar nos olhos mas teve coragem de pedir um favor...
Que espécie de ser humano estava se tornando?
Ele só pode ter um coração bondoso...
Ao contrário, ela faria o mesmo? Será que seu coração já está completamente negro?
A sensação de êxito é maravilhosa. E foi super bacana ver que haviam conseguido!
O pagamento?
Um almoço com direito a franguinho com pequi...
No serviço, nenhuma novidade.
A tarde demorou a passar, mas a noite foi super rápida...
Um convite do outro lado do MSN: “Posso ir te buscar amanhã?”.
A resposta – se não fosse a própria a responder – foi mais rápida que o esperado. “Pode sim! Eu vou levar o carro?”.
Sim, havia feito uma promessa. Mas será que havia razão para a mesma existir?
Na volta, uma chuva branda caia sobre si. Se arrependeu de não ter vestido o casaco... Pensamentos vagueando...
Quando estaria em seu refúgio?
Naquela noite o cansaço a tomou...
O sono chegou logo.
Não se sabe ao certo o que foi que sonhou... Um homem jogando futebol... O Kaká já jogou no São Paulo num já!?
Podia o Kaká passar do teu lado que ela não perceberia... E por falar nele, ela colocou a camisa do Milan. Acha lindo...
E lá foi ela, se atirando ao mundo...
Já dentro do ônibus – lotado – ela percebe um rosto conhecido.
Ele...
Seria possível?
Saberia explicar em palavras a sensação que teve? O sentimento que havia brotado em seu coração? Teria coragem de olhar os olhos?
Não teve...
Trocaram poucas palavras... Bem poucas. E só.
Sua atenção sempre na janela. Suas palavras eram mais respostas...
Não sabia o que dizer. Não sabia como se comportar. Estava sendo polida? Precisa estar? Teria que estar? Seria assim dali pra frente?
Naquele dia o percurso foi diferente... Estava mais segura, porém ainda lerda... Seria a camisa?
Ao voltar, passou na casa atual e foi pra casa de uma outra amiga.
Configurar ATA’s, SofthPhones, celulares e Internet ela estava habituada, mas ao chegar no destino, ela se deparou com algo diferente... Uma WebCam.
Mexeu em tudo. Desinstalou, reinstalou. Reiniciou. Tirou cabo.
No fim precisava testar...
A quem recorrer? Quem estaria online pra ajudar e que não se negaria?
Ele...
Teria feito certo? Poderia ter esperado outra pessoa ficar online? Pareceu pretexto pra falar com ele? Foi certo o que fez?
Não conseguiu olhar nos olhos mas teve coragem de pedir um favor...
Que espécie de ser humano estava se tornando?
Ele só pode ter um coração bondoso...
Ao contrário, ela faria o mesmo? Será que seu coração já está completamente negro?
A sensação de êxito é maravilhosa. E foi super bacana ver que haviam conseguido!
O pagamento?
Um almoço com direito a franguinho com pequi...
No serviço, nenhuma novidade.
A tarde demorou a passar, mas a noite foi super rápida...
Um convite do outro lado do MSN: “Posso ir te buscar amanhã?”.
A resposta – se não fosse a própria a responder – foi mais rápida que o esperado. “Pode sim! Eu vou levar o carro?”.
Sim, havia feito uma promessa. Mas será que havia razão para a mesma existir?
Na volta, uma chuva branda caia sobre si. Se arrependeu de não ter vestido o casaco... Pensamentos vagueando...
Quando estaria em seu refúgio?
Naquela noite o cansaço a tomou...
O sono chegou logo.
Não se sabe ao certo o que foi que sonhou... Um homem jogando futebol... O Kaká já jogou no São Paulo num já!?
...ela têve um ato insano IX
O dia seguinte amanheceu bem depressa.
E foi o mais difícil de levantar.
Sua cama, seu cobertor a ‘lamberam’ até onde puderam.
Se banhou pra espantar o sono – embora seu corpo já não mais sentisse tanta diferença – e saiu.
Naquela manhã, ela foi aos extremos dos sentimentos.
Numa hora ela queria bater em alguém no outro queria abraço. Sentia vontade de ir e de voltar...
Na chuva, ela se deixou levar.
Teve medo de encontrar pessoas conhecidas e percebeu que tinha encontrado um amigo, além de um instrutor.
Ele foi o primeiro a perceber que algo estava errado.
Primeiro brincou com a ‘cara de travesseiro’ que estava naquela manhã. Chegou até a chamá-la de lerda...
Depois reparou no olhar distante...
Mas ela teve coragem de contar apenas um de seus problemas. Havia convencido? Pareceu que sim...
Naquela manhã os dois rodaram a cidade procurando aluguel.
E ela percebeu que sua maior dificuldade era quebra-molas... Enquanto passava por eles, quebrava a cabeça com pensamentos tolos...
Como diz o ditado: “Cabeça vazia, prato cheio pro capeta”.
Naquela manhã ela foi pra casa de seu amigo...
Precisava conversar... E chorar também...
Precisava de colo.
E foi mais que uma conversa. Foi mais que um abraço. Foi bem mais...
“Senhor por mais que eu fale que eu não tenho medo de caminhar, bate uma insegurança pois sou ser humano com defeitos e imperfeito. Mas sei que os teus olhos estão sobre mim a me vigiar. Mas quero ouvir tua voz me dizendo ‘não temas! estou com contigo, só confia em mim...’ Eu sei que não estou só. Pois sinto tua presença em mim. Eu sei que não estou só. Posso até descansar, repousar em teus braços...”.
Precisava...
Teu dia no serviço foi mais tranqüilo que o resto da semana.
Era notável a diferença...
Porém naquele dia foi o dia que mais demorou pra ir embora. E sentiu saudade de rezar o terço com os seus amigos...
Onde estariam eles naquele momento?
Estariam todos bem recolhidos no aconchego de suas casas?
Antes de dormir recebeu uma ligação. Uma de suas amigas. E sentiu paz ao falar com ela.
Teve o teu violão como refúgio novamente...
“Pois eu sei que jamais eu provado serei além do que eu possa suportar. E se ainda eu cair e pensar que é o fim, Jesus me ergue e segue junto a mim...”.
Será que dormiu?
Ao fundo... Gol. Do Brasil...
E foi o mais difícil de levantar.
Sua cama, seu cobertor a ‘lamberam’ até onde puderam.
Se banhou pra espantar o sono – embora seu corpo já não mais sentisse tanta diferença – e saiu.
Naquela manhã, ela foi aos extremos dos sentimentos.
Numa hora ela queria bater em alguém no outro queria abraço. Sentia vontade de ir e de voltar...
Na chuva, ela se deixou levar.
Teve medo de encontrar pessoas conhecidas e percebeu que tinha encontrado um amigo, além de um instrutor.
Ele foi o primeiro a perceber que algo estava errado.
Primeiro brincou com a ‘cara de travesseiro’ que estava naquela manhã. Chegou até a chamá-la de lerda...
Depois reparou no olhar distante...
Mas ela teve coragem de contar apenas um de seus problemas. Havia convencido? Pareceu que sim...
Naquela manhã os dois rodaram a cidade procurando aluguel.
E ela percebeu que sua maior dificuldade era quebra-molas... Enquanto passava por eles, quebrava a cabeça com pensamentos tolos...
Como diz o ditado: “Cabeça vazia, prato cheio pro capeta”.
Naquela manhã ela foi pra casa de seu amigo...
Precisava conversar... E chorar também...
Precisava de colo.
E foi mais que uma conversa. Foi mais que um abraço. Foi bem mais...
“Senhor por mais que eu fale que eu não tenho medo de caminhar, bate uma insegurança pois sou ser humano com defeitos e imperfeito. Mas sei que os teus olhos estão sobre mim a me vigiar. Mas quero ouvir tua voz me dizendo ‘não temas! estou com contigo, só confia em mim...’ Eu sei que não estou só. Pois sinto tua presença em mim. Eu sei que não estou só. Posso até descansar, repousar em teus braços...”.
Precisava...
Teu dia no serviço foi mais tranqüilo que o resto da semana.
Era notável a diferença...
Porém naquele dia foi o dia que mais demorou pra ir embora. E sentiu saudade de rezar o terço com os seus amigos...
Onde estariam eles naquele momento?
Estariam todos bem recolhidos no aconchego de suas casas?
Antes de dormir recebeu uma ligação. Uma de suas amigas. E sentiu paz ao falar com ela.
Teve o teu violão como refúgio novamente...
“Pois eu sei que jamais eu provado serei além do que eu possa suportar. E se ainda eu cair e pensar que é o fim, Jesus me ergue e segue junto a mim...”.
Será que dormiu?
Ao fundo... Gol. Do Brasil...
... ela têve um ato insano VIII
O dia seguinte começou e ela nem sabia quando o ontem havia terminado.
Quantas noites a mais seriam necessárias passar em claro?
Naquela manhã foi diferente.
A aula foi tensa. Lá estava ela indo pra rua...
Liga o carro. Engata a primeira. Solta o freio de mão e solta a embreagem bem devagar balanceando com o acelerador.
Fácil?
Imagine quando tem um ônibus 512 atrás dando luz alta...
Porque as pessoas são assim?
Depois da aula ela foi pra casa. Passou antes da padaria. Não se lembrava mais o gosto de pão de sal e leite com Nescau... É verdade quando falam que damos valor somente ao que perdemos. Uma coisa tão banal, que tinha certo costume, muitas vezes até rejeitava, hoje dá saudade.
O corpo pede...
Foi pra uma lan perto de sua casa e lá percebeu mais uma estupidez humana... Qual seria a sensação de chutar um cachorro morto? Qual seria a sensação de atacar alguém? E porque se sentiu tão mal por isso?
Frases de MSN... o que elas poderiam dizer ou fazer?
A sensação maior de todas era chateação, mas vinha misturada com raiva, e junto, tristeza...
Foi trabalhar naquele dia com o coração que cabia na palma da mão de tão pequeno. Uma angústia isolada em apenas uma parte de seu corpo. Chegando perto de onde trabalha, ela sente seu celular tocar dentro da bolsa. Ela recebeu uma ligação de um amigo que haviam brigado a uns dias atrás. Mas a voz do outro lado era doce... Era um pedido de perdão...
“Quando eu me toquei que tinha brigado com uma das pessoas mais importantes da minha vida... Você é minha princesa... Me perdoe...”.
Chorou...
Estava sozinha. Sabia disso. Tinha certeza disso...
Não podia dar ao luxo de brigar com um dos seus. Precisava deles...
Aquele dia talvez tenha sido o mais difícil desde então... A cabeça longe... Planos, desejos, sonhos... Tudo girava.
E ela ali...
Uma música passava pela cabeça:
“Os sonhos que não alcanço, eu me pergunto por que Deus não quis? Mas sei que ele vê mais longe e ele sabe o que é bom pra mim... (...) Lágrimas doem pra valer, mas sempre há de prevalecer toda a vontade do Senhor, presente em minha vida...”.
Foi pra casa numa sensação de casulo. Teu corpo estava preso. Tua alma. Teu espírito. Tocou em seu violão por horas naquela noite. Seu telefone não tocou. E nem ela ligou pra ninguém...
Saudades... De pessoas, de coisas, de situações...
Que sentimento mais sem propósito. As vezes é gostoso mas sempre doloroso. Nunca temos o direito de escolher quando queremos sentir e nem quando parar de sentir...
Sentiu vontade de não mais viver... Como fazer? Pensou. E nada veio a sua cabeça... Seria falta de idéias ou de capacidade?
Que tipo de ser humano é esse que nem a própria vida tem o poder e capacidade de tirar? Seria tão mais fácil. Pra todos... Pra ela...
E dormiu... Ou não...
Não se sabe ao certo...
Quantas noites a mais seriam necessárias passar em claro?
Naquela manhã foi diferente.
A aula foi tensa. Lá estava ela indo pra rua...
Liga o carro. Engata a primeira. Solta o freio de mão e solta a embreagem bem devagar balanceando com o acelerador.
Fácil?
Imagine quando tem um ônibus 512 atrás dando luz alta...
Porque as pessoas são assim?
Depois da aula ela foi pra casa. Passou antes da padaria. Não se lembrava mais o gosto de pão de sal e leite com Nescau... É verdade quando falam que damos valor somente ao que perdemos. Uma coisa tão banal, que tinha certo costume, muitas vezes até rejeitava, hoje dá saudade.
O corpo pede...
Foi pra uma lan perto de sua casa e lá percebeu mais uma estupidez humana... Qual seria a sensação de chutar um cachorro morto? Qual seria a sensação de atacar alguém? E porque se sentiu tão mal por isso?
Frases de MSN... o que elas poderiam dizer ou fazer?
A sensação maior de todas era chateação, mas vinha misturada com raiva, e junto, tristeza...
Foi trabalhar naquele dia com o coração que cabia na palma da mão de tão pequeno. Uma angústia isolada em apenas uma parte de seu corpo. Chegando perto de onde trabalha, ela sente seu celular tocar dentro da bolsa. Ela recebeu uma ligação de um amigo que haviam brigado a uns dias atrás. Mas a voz do outro lado era doce... Era um pedido de perdão...
“Quando eu me toquei que tinha brigado com uma das pessoas mais importantes da minha vida... Você é minha princesa... Me perdoe...”.
Chorou...
Estava sozinha. Sabia disso. Tinha certeza disso...
Não podia dar ao luxo de brigar com um dos seus. Precisava deles...
Aquele dia talvez tenha sido o mais difícil desde então... A cabeça longe... Planos, desejos, sonhos... Tudo girava.
E ela ali...
Uma música passava pela cabeça:
“Os sonhos que não alcanço, eu me pergunto por que Deus não quis? Mas sei que ele vê mais longe e ele sabe o que é bom pra mim... (...) Lágrimas doem pra valer, mas sempre há de prevalecer toda a vontade do Senhor, presente em minha vida...”.
Foi pra casa numa sensação de casulo. Teu corpo estava preso. Tua alma. Teu espírito. Tocou em seu violão por horas naquela noite. Seu telefone não tocou. E nem ela ligou pra ninguém...
Saudades... De pessoas, de coisas, de situações...
Que sentimento mais sem propósito. As vezes é gostoso mas sempre doloroso. Nunca temos o direito de escolher quando queremos sentir e nem quando parar de sentir...
Sentiu vontade de não mais viver... Como fazer? Pensou. E nada veio a sua cabeça... Seria falta de idéias ou de capacidade?
Que tipo de ser humano é esse que nem a própria vida tem o poder e capacidade de tirar? Seria tão mais fácil. Pra todos... Pra ela...
E dormiu... Ou não...
Não se sabe ao certo...
...ela têve um ato insano VII
Naquela manhã ela acordou com uma visão diferente das coisas... E têve medo do que sentiu...
Se banhou para espantar o sono que ainda era forte e saiu... Já era dia amanhecido, mas não havia ninguém na rua. Um rosto conhecido dentro do ônibus e uma ligação... Uma voz familiar e muito querida do outro lado... Um convite... Aceito, é claro.
E lá foi ela...
Embreagem, seta, freio e acelerador.
Não se saiu tão mal assim...
Na volta, a visita...
Como sempre, muito bem recebida. Uma sensação estranha a ocorria o tempo todo... Parecia que aquilo já havia acontecido... Tudo que foi escutado ou falado. Tudo...
Dejàvú...
Será que estava tão explícito em seu olhar o que estava acontecendo? Ao que ouviu, era fácil perceber que nada andava bem...
Saindo de lá, a sensação maior era de tristeza. Seria um sinal do que o líder havia lhe dito outro dia?
Desceu direto para casa de sua amiga. Seus pensamentos eram tempestuosos...
Deu graças a Deus por ter pessoas que podia contar...
Foi pra casa atual e se arrumou pra ir trabalhar. Teria que se manter de pé. Era preciso.
E lá foi ela, sem saber qual seria o caminho a seguir...
Estava triste, se sentia triste...
Sem pensar ela pediu uma gentileza para um profissional da área. Porque de tanto descontentamento?
Não havia muito que se fazer. Era um caso clínico ainda. Nada diagnosticado... E que não poderia ser tratado com medicação devido a outra que ela tomava, do estômago...
Dicas, talvez. “Não se irrite, não se aborreça, tenha calma, faça coisas que gosta, esteja com pessoas que gosta...”.
Depois disso, o dia passou a conta gotas. As horas demoraram a passar. Nada fazia dar o seu horário.
Sua mente estava longe dali...
Saindo de lá, ela têve um ato insano... Seria o último?
Ligou pra ele. E por um breve momento quis recuar. Quis desistir... Não podia.
E falou... E nem se lembra de quando havia falado tanto.
Uma mistura de alívio e de dor a tomou quando terminou. Uma vontade de chorar foi forte ao ouvir a resposta do outro lado...
Ainda o viu naquela noite... De longe...
Chegou em casa sem saber como. Talvez suas pernas fossem habituadas ao caminho. Devia ser.
Se banhou e deitou.
Foi inevitável não chorar...
Mas a lição já havia sido aprendida. Com choro ou sem choro, o melhor a se fazer era rezar...
E ela o fez...
Somente um pedido naquela noite...
“Faça que o ato insano de hoje tenha sido o último...”.
Não conseguiu dormir naquela noite.
Se banhou para espantar o sono que ainda era forte e saiu... Já era dia amanhecido, mas não havia ninguém na rua. Um rosto conhecido dentro do ônibus e uma ligação... Uma voz familiar e muito querida do outro lado... Um convite... Aceito, é claro.
E lá foi ela...
Embreagem, seta, freio e acelerador.
Não se saiu tão mal assim...
Na volta, a visita...
Como sempre, muito bem recebida. Uma sensação estranha a ocorria o tempo todo... Parecia que aquilo já havia acontecido... Tudo que foi escutado ou falado. Tudo...
Dejàvú...
Será que estava tão explícito em seu olhar o que estava acontecendo? Ao que ouviu, era fácil perceber que nada andava bem...
Saindo de lá, a sensação maior era de tristeza. Seria um sinal do que o líder havia lhe dito outro dia?
Desceu direto para casa de sua amiga. Seus pensamentos eram tempestuosos...
Deu graças a Deus por ter pessoas que podia contar...
Foi pra casa atual e se arrumou pra ir trabalhar. Teria que se manter de pé. Era preciso.
E lá foi ela, sem saber qual seria o caminho a seguir...
Estava triste, se sentia triste...
Sem pensar ela pediu uma gentileza para um profissional da área. Porque de tanto descontentamento?
Não havia muito que se fazer. Era um caso clínico ainda. Nada diagnosticado... E que não poderia ser tratado com medicação devido a outra que ela tomava, do estômago...
Dicas, talvez. “Não se irrite, não se aborreça, tenha calma, faça coisas que gosta, esteja com pessoas que gosta...”.
Depois disso, o dia passou a conta gotas. As horas demoraram a passar. Nada fazia dar o seu horário.
Sua mente estava longe dali...
Saindo de lá, ela têve um ato insano... Seria o último?
Ligou pra ele. E por um breve momento quis recuar. Quis desistir... Não podia.
E falou... E nem se lembra de quando havia falado tanto.
Uma mistura de alívio e de dor a tomou quando terminou. Uma vontade de chorar foi forte ao ouvir a resposta do outro lado...
Ainda o viu naquela noite... De longe...
Chegou em casa sem saber como. Talvez suas pernas fossem habituadas ao caminho. Devia ser.
Se banhou e deitou.
Foi inevitável não chorar...
Mas a lição já havia sido aprendida. Com choro ou sem choro, o melhor a se fazer era rezar...
E ela o fez...
Somente um pedido naquela noite...
“Faça que o ato insano de hoje tenha sido o último...”.
Não conseguiu dormir naquela noite.
terça-feira, 18 de novembro de 2008
... ela têve um ato insano VI
O dia seguinte foi regado a biscoito de chocolate e violão. Muito violão...
Hoje ela o via como terapia.
No anoitecer ela se arrumou e foi a igreja. Uma chuvinha bem gostosa caia sobre ela...
Na missa, sentada bem na frente ela viu o líder pregar. O mesmo que havia pedido duas coisas para ela.
Deveria ela fazer? Resolveria o seu caso?
No fim ela se foi.
Ainda ficou sentada num banco de praça com uma de suas amigas até a chuva engrossar.
Ao chegar em sua casa atual, ainda tocou em seu violão, se despiu das roupas que estava, vestiu um pijama limpo (poderia se dar o luxo?) e se deitou.
Ainda cometeu mais um ato insano em ligar para ele.
Do outro lado ninguém atendeu...
E ela dormiu...
Hoje ela o via como terapia.
No anoitecer ela se arrumou e foi a igreja. Uma chuvinha bem gostosa caia sobre ela...
Na missa, sentada bem na frente ela viu o líder pregar. O mesmo que havia pedido duas coisas para ela.
Deveria ela fazer? Resolveria o seu caso?
No fim ela se foi.
Ainda ficou sentada num banco de praça com uma de suas amigas até a chuva engrossar.
Ao chegar em sua casa atual, ainda tocou em seu violão, se despiu das roupas que estava, vestiu um pijama limpo (poderia se dar o luxo?) e se deitou.
Ainda cometeu mais um ato insano em ligar para ele.
Do outro lado ninguém atendeu...
E ela dormiu...
... ela têve um ato insano V
O dia seguinte demorou a passar...
A sensação dentro dela era de medo. Mas medo de quê?
Ao entardecer ela se encontrou com alguns de seus amigos e de lá foram decidir algumas coisas sobre o que aconteceria de noite.
Ela ainda entrou na igreja e foi direto no santíssimo...
Sua alma foi transportada para longe dali... Não sabia para onde mas sabia que não estava mais ajoelhada diante do santíssimo.
Ao sair de lá ela cometeu mais um de seus atos insanos... Ligou para ele.
Do outro lado, uma voz que era uma mistura de tristeza e de dor e ao mesmo tempo de vontade de falar.
“Não pense em seus problemas... Pense e faça o que você gosta...”
Seu coração parou.
Já nem tinha mais idéia do que gostava. Já fazia tempo que não fazia o que gostava. Se quer se lembrava do que poderia ser...
Sem mais nem menos, saiu de sua boca uma frase sem sentido – pra ela – após pensar melhor... “Posso ir aí te ver?”. Era mais que um pedido...
Caminhando entre as pessoas, um dos líderes daquele lugar a chamou pra ‘conversar’. Uma mistura de medo e felicidade tomou conta dela.
Foram vários minutos de conversa e ele a fez dois pedidos...
Como fazê-los?
Dado uma determinada hora, ela se lembra da visita combinada e sai correndo – literalmente – em direção ao destino.
Não se sabe como, mas em nenhum momento ela se quer parou eu desacelerou os passos.
Tinha razão para tanto?
Sem fôlego e sem conseguir falar, a única coisa audível foi: “Preciso de água...”.
Já sentada diante dele, pôde sentir o toque das mãos ao enxugar o suor de sua testa.
A conversa foi levada para o quarto.
Ficaram abraçados. Ela contou coisas que mais ninguém sabia.
E se beijaram...
A sensação que sentiu foi diferente da que sentiu no outro beijo...
Não se sentia mal, tão pouco arrependida, mas sim culpada. Estaria fazendo certo? Poderia fazer aquilo?
Foi embora naquela noite sozinha...
Pensamentos soltos dentro dela que subia do coração pra cabeça e se confundiam...
Nem preciso mencionar que naquela noite sonhou novamente...
Era como se já tivesse acontecido.
Ela estava com ele mas ele se escondia. Não queria que outras pessoas o vissem com ela.
Ela não têve coragem de perguntar... e ficou assim.
Ela caminhava ao lado dele e ele se escondia...
Naquela noite foi difícil não chorar...
A sensação dentro dela era de medo. Mas medo de quê?
Ao entardecer ela se encontrou com alguns de seus amigos e de lá foram decidir algumas coisas sobre o que aconteceria de noite.
Ela ainda entrou na igreja e foi direto no santíssimo...
Sua alma foi transportada para longe dali... Não sabia para onde mas sabia que não estava mais ajoelhada diante do santíssimo.
Ao sair de lá ela cometeu mais um de seus atos insanos... Ligou para ele.
Do outro lado, uma voz que era uma mistura de tristeza e de dor e ao mesmo tempo de vontade de falar.
“Não pense em seus problemas... Pense e faça o que você gosta...”
Seu coração parou.
Já nem tinha mais idéia do que gostava. Já fazia tempo que não fazia o que gostava. Se quer se lembrava do que poderia ser...
Sem mais nem menos, saiu de sua boca uma frase sem sentido – pra ela – após pensar melhor... “Posso ir aí te ver?”. Era mais que um pedido...
Caminhando entre as pessoas, um dos líderes daquele lugar a chamou pra ‘conversar’. Uma mistura de medo e felicidade tomou conta dela.
Foram vários minutos de conversa e ele a fez dois pedidos...
Como fazê-los?
Dado uma determinada hora, ela se lembra da visita combinada e sai correndo – literalmente – em direção ao destino.
Não se sabe como, mas em nenhum momento ela se quer parou eu desacelerou os passos.
Tinha razão para tanto?
Sem fôlego e sem conseguir falar, a única coisa audível foi: “Preciso de água...”.
Já sentada diante dele, pôde sentir o toque das mãos ao enxugar o suor de sua testa.
A conversa foi levada para o quarto.
Ficaram abraçados. Ela contou coisas que mais ninguém sabia.
E se beijaram...
A sensação que sentiu foi diferente da que sentiu no outro beijo...
Não se sentia mal, tão pouco arrependida, mas sim culpada. Estaria fazendo certo? Poderia fazer aquilo?
Foi embora naquela noite sozinha...
Pensamentos soltos dentro dela que subia do coração pra cabeça e se confundiam...
Nem preciso mencionar que naquela noite sonhou novamente...
Era como se já tivesse acontecido.
Ela estava com ele mas ele se escondia. Não queria que outras pessoas o vissem com ela.
Ela não têve coragem de perguntar... e ficou assim.
Ela caminhava ao lado dele e ele se escondia...
Naquela noite foi difícil não chorar...
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
...ela têve um ato insano IV
O dia amanheceu mais rápido naquela manhã...
E ela demorou mais que o de costume para se levantar. O que faria naquela manhã antes de ir ao trabalho? E se lembrou de uma visita a uma casa que poderia ser a nova. E lá foi ela... A esperança pulsava em suas veias. Quase não tocava o chão ao imaginar dando, enfim, certo.
Mas...
Não diria que estava acostumada, mas sim que estava se acostumando ao fato de não dar certo. Triste ela volta para a casa atual... Seria predestinada a estar onde está? Não seria então vontade de Deus? O seria apenas azar?
Quem saberia explicar a ela? Uma sensação de vazio ecoou em seu peito. Ninguém...
Ainda ficou deitada no chão de seu quarto. A visão do teto fixa.
Demorou pra chegar a hora de ir... Seria castigo?
Naquele dia ao sair de casa, ela têve que usar o guarda-chuva novo... A chuva estava forte... E ela se foi.
Seu dia foi bem tranqüilo... Se não fosse o encontro com um dos envolvidos pelo MSN... Seria uma breve conversa se não fossem as ofensas vinda dele. Ela, que não tolera nenhum tipo de desaforo, foi logo expondo as criticas. Irritados os dois discutiram...
Deveria ter acontecido isso? Poderia ela ter tratado daquela forma?
Medo... Somente medo...
Faltando pouco para ir embora ela encontra ele online. Não puderam se falar mas escutou um pedido que ligasse para ele ‘mais tarde’.
Nesse mesmo instante ela conversava com um outro rapaz... Ele é carismático, divertido, ‘um doce!’ como ela mesmo o descreve...
Ao descer a rampa de onde trabalha lá estava este rapaz. No mais íntimo dela, a sensação, embora mais evidente fosse o medo, ela sentiu também alegria... Poderia ter sentido isso? Deveria...?
E lá se foram...
Num determinado lugar, ele, inconsciente – ela o achou – parou o carro e deixou que ela o levasse...
A sensação que têve era de poder... Poder e felicidade... Estava enfim fazendo o que gostava. E como fazia tempo que não fazia!
Chegando em frente a sua casa atual, ela ficou dentro do carro com ele...
Estaria fazendo certo?
Ao se despedirem, um beijo – no rosto – e uma promessa de se verem denovo...
Adentrou a casa, se banhou e se deitou.
Mais uma vez o teto de seu quarto fixo...
Já era tarde naquela noite e ela ainda não conseguia dormir... O que ela não fez que atrazava seu sono e a deixava com um frio no estômago...
Derrepente surge em sua mente a imagem dele... Meu Deus... Não liguei como havia prometido e já é tarde...
Deveria ela ter ligado?
Naquela noite ela demorou a dormir... Nem sabe ao certo quando foi que conseguiu...
E ela demorou mais que o de costume para se levantar. O que faria naquela manhã antes de ir ao trabalho? E se lembrou de uma visita a uma casa que poderia ser a nova. E lá foi ela... A esperança pulsava em suas veias. Quase não tocava o chão ao imaginar dando, enfim, certo.
Mas...
Não diria que estava acostumada, mas sim que estava se acostumando ao fato de não dar certo. Triste ela volta para a casa atual... Seria predestinada a estar onde está? Não seria então vontade de Deus? O seria apenas azar?
Quem saberia explicar a ela? Uma sensação de vazio ecoou em seu peito. Ninguém...
Ainda ficou deitada no chão de seu quarto. A visão do teto fixa.
Demorou pra chegar a hora de ir... Seria castigo?
Naquele dia ao sair de casa, ela têve que usar o guarda-chuva novo... A chuva estava forte... E ela se foi.
Seu dia foi bem tranqüilo... Se não fosse o encontro com um dos envolvidos pelo MSN... Seria uma breve conversa se não fossem as ofensas vinda dele. Ela, que não tolera nenhum tipo de desaforo, foi logo expondo as criticas. Irritados os dois discutiram...
Deveria ter acontecido isso? Poderia ela ter tratado daquela forma?
Medo... Somente medo...
Faltando pouco para ir embora ela encontra ele online. Não puderam se falar mas escutou um pedido que ligasse para ele ‘mais tarde’.
Nesse mesmo instante ela conversava com um outro rapaz... Ele é carismático, divertido, ‘um doce!’ como ela mesmo o descreve...
Ao descer a rampa de onde trabalha lá estava este rapaz. No mais íntimo dela, a sensação, embora mais evidente fosse o medo, ela sentiu também alegria... Poderia ter sentido isso? Deveria...?
E lá se foram...
Num determinado lugar, ele, inconsciente – ela o achou – parou o carro e deixou que ela o levasse...
A sensação que têve era de poder... Poder e felicidade... Estava enfim fazendo o que gostava. E como fazia tempo que não fazia!
Chegando em frente a sua casa atual, ela ficou dentro do carro com ele...
Estaria fazendo certo?
Ao se despedirem, um beijo – no rosto – e uma promessa de se verem denovo...
Adentrou a casa, se banhou e se deitou.
Mais uma vez o teto de seu quarto fixo...
Já era tarde naquela noite e ela ainda não conseguia dormir... O que ela não fez que atrazava seu sono e a deixava com um frio no estômago...
Derrepente surge em sua mente a imagem dele... Meu Deus... Não liguei como havia prometido e já é tarde...
Deveria ela ter ligado?
Naquela noite ela demorou a dormir... Nem sabe ao certo quando foi que conseguiu...
sábado, 15 de novembro de 2008
... ela têve um ato insano III
O dia mal havia começado e lá estava ela se arrumando pra sair.
Terninho passado. Camisa branca. Pulseira. Sombra rosa. Salto... Pronto!
Lá foi ela pra sua batalha. Nunca parou pra pensar em quantos leões mata por dia... Será que deveria?
Entre as suas obrigações normais, naquele dia ela teria que passar por uma prova... Perante a lei e a justiça dos homens pela primeira vez na vida, ela, uma jovem garota se viu num corredor marron de um prédio no centro de sua cidade aguardando o momento em que seria interrogada por um desconhecido sobre coisas do passado e que já havia passado pelo tempo e pelo perdão de seu coração.
Ao escutar o seu nome, ela têve um solavanco... Parecia que estava sendo puxada para cima pelo umbigo. “Meu Deus!” Pensou. “O que vai acontecer agora?”.
Precisava ter escrito o termo de compromisso em dizer somente a verdade?
Certa vez ouviu dizer que ser Cínica não é ofensa... O ser humano cínico é aquele capaz de dizer a verdade olhando nos olhos...
Estava sendo cínica...
Por breves momentos ela esqueceu que as causas que poderiam acarretar o seu testemunho e falava... depois parava e pensava. Estaria fazendo certo?
Ao sair de lá, ainda à porta, se deparou com uma das pessoas envolvidas...
Uma pergunta antes de prosseguir: Qual o verdadeiro sentido quando alguém se autodenomina “Cristão” mesmo?
Enfim...
Ao sair do prédio uma visão lhe ocorreu: um carro prata passando do seu lado com uma metralhadora pra fora na direção dela... Ou então uma ligação com número privado lhe ameaçando... Ou ainda uma carta anônima com pó de antraz...
Loucura? Talvez...
Se envolver com pessoas ricas, inescrupulosas sempre lhe deram medo...
A quem recorrer?
Ele...
Assustada e chorando – mas tentando ao máximo disfarçar – eles conversaram.
Bastava um carro prata passar para ela se apavorar.
Mas o outro lado da linha ela ouvia coisas que deixaram o seu coração mais tranqüilo.
“Acredite e confie em Deus...”.
Não precisaria de mais nada.
Quando se despediram foi que ela se deu conta de que estava sozinha na parada de ônibus. Seria esse o momento que estava esperando?
Pegou um ônibus deliberadamente cheio. A cabeça longe... Nem percebeu que já estava chegando no destino.
Depois de resolver o que tinha de ser resolvido, ela volta para casa atual.
O pensamento lhe passa: “Já que não irei voltar para o trabalho, vou ver pessoas importantes”.
Vestiu o primeiro moleton que viu na frente e uma bermuda jeans e, “Nossa! Fazia tempo que não vestia bermuda!”.
Uma leve chuva caía...
Chegando à casa de sua mais que amiga, em meio a conversa ela declara o maior desejo de sua alma. Receosa pois achava que sua amiga não compartilharia de suas idéias, têve um susto ao ouvir um conselho e as palavras “Nós já sabíamos, só estávamos esperando você nos contar...”.
Choraram...
Quando retornou a casa atual, se banhou e deitou em sua cama.
Frio...
Olhando as horas no celular, bastou soltar-lhe dos dedos pra ele tocar. Ele...
O que dizer, o que falar?
Depois de muita conversa ele conta coisas que a entristeceram...
E momentos depois lá estava ela dando conselhos à ele com relação a uma outra pessoa. Como pode ser isso? O sentimento está no fim? Foi esquecido o que se viveu?
No fim a frase: “Você bem que podia estar aqui...” a fez enrijecer... Queria estar lá? Poderia estar? Deveria estar...?
Acreditou ela que as últimas palavras ouvidas por ele naquela noite saíram dela. “Fica com Deus...”.
Naquela noite após desligar o telefone ela tentou dormir mas o sono demorou a chegar.
Ela pegou o terço e rezou... O único pedido em meio as lágrimas: “Protege-o...”.
No fim, dormiu...
Terninho passado. Camisa branca. Pulseira. Sombra rosa. Salto... Pronto!
Lá foi ela pra sua batalha. Nunca parou pra pensar em quantos leões mata por dia... Será que deveria?
Entre as suas obrigações normais, naquele dia ela teria que passar por uma prova... Perante a lei e a justiça dos homens pela primeira vez na vida, ela, uma jovem garota se viu num corredor marron de um prédio no centro de sua cidade aguardando o momento em que seria interrogada por um desconhecido sobre coisas do passado e que já havia passado pelo tempo e pelo perdão de seu coração.
Ao escutar o seu nome, ela têve um solavanco... Parecia que estava sendo puxada para cima pelo umbigo. “Meu Deus!” Pensou. “O que vai acontecer agora?”.
Precisava ter escrito o termo de compromisso em dizer somente a verdade?
Certa vez ouviu dizer que ser Cínica não é ofensa... O ser humano cínico é aquele capaz de dizer a verdade olhando nos olhos...
Estava sendo cínica...
Por breves momentos ela esqueceu que as causas que poderiam acarretar o seu testemunho e falava... depois parava e pensava. Estaria fazendo certo?
Ao sair de lá, ainda à porta, se deparou com uma das pessoas envolvidas...
Uma pergunta antes de prosseguir: Qual o verdadeiro sentido quando alguém se autodenomina “Cristão” mesmo?
Enfim...
Ao sair do prédio uma visão lhe ocorreu: um carro prata passando do seu lado com uma metralhadora pra fora na direção dela... Ou então uma ligação com número privado lhe ameaçando... Ou ainda uma carta anônima com pó de antraz...
Loucura? Talvez...
Se envolver com pessoas ricas, inescrupulosas sempre lhe deram medo...
A quem recorrer?
Ele...
Assustada e chorando – mas tentando ao máximo disfarçar – eles conversaram.
Bastava um carro prata passar para ela se apavorar.
Mas o outro lado da linha ela ouvia coisas que deixaram o seu coração mais tranqüilo.
“Acredite e confie em Deus...”.
Não precisaria de mais nada.
Quando se despediram foi que ela se deu conta de que estava sozinha na parada de ônibus. Seria esse o momento que estava esperando?
Pegou um ônibus deliberadamente cheio. A cabeça longe... Nem percebeu que já estava chegando no destino.
Depois de resolver o que tinha de ser resolvido, ela volta para casa atual.
O pensamento lhe passa: “Já que não irei voltar para o trabalho, vou ver pessoas importantes”.
Vestiu o primeiro moleton que viu na frente e uma bermuda jeans e, “Nossa! Fazia tempo que não vestia bermuda!”.
Uma leve chuva caía...
Chegando à casa de sua mais que amiga, em meio a conversa ela declara o maior desejo de sua alma. Receosa pois achava que sua amiga não compartilharia de suas idéias, têve um susto ao ouvir um conselho e as palavras “Nós já sabíamos, só estávamos esperando você nos contar...”.
Choraram...
Quando retornou a casa atual, se banhou e deitou em sua cama.
Frio...
Olhando as horas no celular, bastou soltar-lhe dos dedos pra ele tocar. Ele...
O que dizer, o que falar?
Depois de muita conversa ele conta coisas que a entristeceram...
E momentos depois lá estava ela dando conselhos à ele com relação a uma outra pessoa. Como pode ser isso? O sentimento está no fim? Foi esquecido o que se viveu?
No fim a frase: “Você bem que podia estar aqui...” a fez enrijecer... Queria estar lá? Poderia estar? Deveria estar...?
Acreditou ela que as últimas palavras ouvidas por ele naquela noite saíram dela. “Fica com Deus...”.
Naquela noite após desligar o telefone ela tentou dormir mas o sono demorou a chegar.
Ela pegou o terço e rezou... O único pedido em meio as lágrimas: “Protege-o...”.
No fim, dormiu...
1º premio do VIII CONCURSO LITERARIO
Antes de escrever a terceira parte, gostaria de publicar um texto maravilhoso que recebi por e-mail. Ele foi escrito pela Lady Foppa, uma peregrina de Goiás que conta sobre o caminho que percorreu até Santiago. Vale à pena ler...
...
"Não me lembro ao certo quando passei a enxergá-lo, acho que foi quando o seu aspecto rude passou a incomodar-me, precisamente em um trecho do caminho de Santiago em que fiquei com sede e sem água.Desolada eu tentava em vão buscar algumas gotas de água da garrafa que 10 km antes já havia sido bebida totalmente, quando ele surge emuma curva: Parecia tudo, menos um peregrino. A barba era grisalha e se misturava ao cabelo que parecia uma vassoura de bruxa, vestia umacamiseta velha e encardida combinando com a calça da mesma " etiqueta". Calçava um par de velhas sandálias rotas, não levava mochila, apenas um saco encardido preso as costas por cordões, usava um cajado desajeitado como ele, olhando aquela figura singular eu julguei que o último banho que ele havia tomado tinha sido com as águas do dilúvio bíblico.Diante da minha cara de desolação com a garrafa vazia na mão, o estranho tirou de dentro do saco uma garrafa com um resto de água e ofereceu-me sem nada dizer, agradeci, mas não aceitei, elesimplesmente voltou à garrafa para o saco e se foi. Bateu um arrependimento, não custava nada ter aceitado a água, maldito orgulho o meu, julguei o homem pelo aspecto, talvez a água fosse atémineral, mesmo que não fosse era água e era tudo que precisava, caminhei com sede amaldiçoando o estranho: - Sujeito mais sem iniciativa, por que ele não insistiu? Se tivesse insistido eu teriaaceitado e não estaria com a garganta trincando, odiei o estranho sujo e sem alma.Cheguei ao albergue e encontrei com Laura uma peregrina conhecida que às vezes caminhávamos juntas, era o ano de 1998 não havia muitos peregrinos no caminho e era gratificante encontrar uma amiga brasileira. Dividimos um macarrão com atum e quando entrei no aposento onde iria dormir, deparei-me com o "sujo" na cama ao lado da minha. Ele estava escrevendo e o ignorei, ( até estranhei ele saber escrever) comentei com Laura o episódio da água, falei que eu jamais colocaria minha boca numa garrafa imunda daquelas emborasoubesse que estava mentindo porque lamentei a falta daquela garrafinha. Laura deitou no beliche de cima e eu fiquei em baixo ao lado do " sujo". Antes de dar boa noite a Laura, comentei com elaque estava preocupada em dormir ao lado do " sujo", porque pelo aspecto ele deveria ter pulgas sonâmbulas que passariam para minhacama, Laura achou graça do comentário infeliz e dormiu, eu sonhei a noite toda que chovia pulgas!Levantei bem cedo peguei meu sanduíche que havia deixado na geladeira deixei outro para Laura e deixei o albergue, conferi minhas roupas para ver se tinha adquirido pulgas e conclui que as pulgas do sujo eram fiéis a ele para meu alívio.Caminhei sozinha a maior parte do tempo com chuva, alguns espanhóis passaram por mim, mas preferi seguir só. Cheguei ao próximo alberguemolhada até os sonhos, era um albergue municipal, estava aberto e não havia viva alma. Fui até um bar, comprei um bocadillo, tomei um banho reconfortante e fui escrever meu diário. Estava torcendo para chegar alguém com quem eu pudesse conversar e foi ai que ele entrou ao recinto pingando água pois o infeliz não tinha nem capa dechuva. Fez um leve aceno com a cabeça e eu respondi com um sorriso sem graça, para puxar conversa perguntei se ele sabia da minha amiga, ele apenas fez um gesto negativo com a cabeça e ignorou-me, além de sujo é mal educado pensei.Ele tomou banho ( embora continuasse com o mesmo aspecto) lavou as roupas esfarrapadas e colocou sobre uma cadeira onde improvisara umvaral. Pensei comigo: - Além de aturar o cheiro dele tenho que aturar o cheiro dessas roupas mal lavadas, estou sendo castigada, acredito que em outra encarnação eu colei chiclete na mesa da santa ceia ou atirei pedras na cruz. Dormimos em extremos do albergue e senti um alívio quando parei de respirar o mesmo ar que dividia com aquele homem mal educado que nem se quer desejou-me boa noite.Sai do albergue ainda estava bem escuro, as 10 h encontrei Laura que havia dormido em um albergue anterior, mas pegara um ônibus porqueprecisava chegar à próxima cidade antes da "siesta" para comprar uma nova capa de chuva porque a dela havia rasgado com o vento. Comenteisobre minha noite desagradável e o quanto eu estava infeliz com a presença do "sujo".O próximo albergue ficamos juntas, conhecemos alguns ciclistas Franceses eram jovens e bem humorados, tomamos vinho e fizemos juntos um cozido de batatas com carne de porco que ficou delicioso.Estávamos jantando quando o sujo adentrou ao recinto, parecia faminto como sempre, fiz um prato e ofereci a ele que para meu espanto aceitou e sorriu, enquanto conversávamos ele recolheu toda a louça e lavou cuidadosamente. Os jovens tentaram falar com ele em Inglês, Francês, Alemão, Espanhol, mas ele apenas balançava a cabeça enada respondia, e foi assim que concluímos que o além de sujo ele era mudo e deveria ser também surdo porque não se incomodava com nossos barulhos.Quando estava arrumando minha mochila, percebi que tinha uma camiseta que quase não usava, ela era bem grande e estava pesando na mochila, falei a Laura que pela manhã iria deixar a camiseta dobrada sobre as sandálias do "sujo", ele pensaria que havia sido um gesto dos ciclistas e faria um bom uso, ao menos andaria mais decente. Saímos do albergue e a camiseta ficou como regalo, meia hora de caminhada e o " sujo, surdo, mudo" passou por nós, deu um leve aceno e se foi vestido em farrapos.Falei para Laura na maior altura:- Olha que absurdo, além de sujo, surdo, mudo o infeliz ainda é orgulhoso, não aceitou o meu presente!Laura falou que eu havia feito minha parte, se ele era mal agradecido o problema era dele, que estávamos no caminho para nos tornarmos pessoas melhores e que humildade, solidariedade egenerosidade eram lições a serem aprendidas e ensinadas.Na próxima cidade, havia dois albergues e ficamos com um grupo de Espanhóis que faziam trechos do caminho nos finais de semana, eram gentis, simpáticos e acolhedores, havia no grupo um casal que tinha vivido algum tempo no Brasil, falarem português conosco e mataram saudades. O sujo, surdo, mudo, orgulhoso não apareceu e eucomentei com Laura que estava aliviada sem e presença desagradável da figura, mas disfarcadamente eu guardei uma sobra da janta nageladeira caso ele aparecesse, mas não apareceu!No albergue seguinte encontramos novamente com nossos amigos Espanhóis e foi uma alegria. O " coitado do sujo " apareceu, mas ficou alheio ao grupo escrevendo no seu canto, tive pena dele,parecia tão só dentro dele que tive ímpetos de dar lhe um abraço, comentei com Laura minha vontade e ela incentivou-me a fazê-lo, atédei dois passos em direção ao coitado, mas depois voltei e falei para Laura:- Melhor não Laura, seguramente aquela barba e aqueles cabelos tem pulgas...Ficamos olhando para o coitado e rindo, ele nos olhou e riu também, o bobo!Após a nossa euforia, fui conferir meu dinheiro e percebi que só tinha alguns trocados, eu havia me esquecido de retirar dinheiro no banco, perguntei a Laura se poderia emprestar me 20 dólares atésegunda feira, mas ela falou que também estava com pouco dinheiro, mas que dividiríamos o pouco que tínhamos e que Santiago cuidaria para que não faltasse nada para nós. Dormi mal naquela noite,preocupada com a falta de dinheiro, acordei tarde, Laura havia saído e encontrei 20 dólares preso na fita do meu cajado, Laura havia deixado todo dinheiro dela para mim e aquele gesto levou me aslágrimas.Encontrei minha amiga em um campo de Gira sois, dei a ela um grande abraço e agradeci o gesto que ela fizera. Laura levou o maior susto e garantiu que não havia deixado dinheiro algum, foi ai que chegamos à conclusão que fora o casal de Espanhóis que moraram no Brasil os autores do milagre, eles estavam no mesmo aposento ecomo entendiam nosso idioma haviam se tornado nossos anjos salvadores. Entramos em uma igreja e rezamos por eles, esse é o caminho de Santiago pensei!No próximo albergue não encontramos o grupo, lamentei muito, gostaria de agradecê-los e pegar o endereço para ressarcir o dinheiro, pois sabia que só caminhariam até domingo.Pela primeira vez vimos peregrinos que faziam o caminho a cavalo, fiquei pensando que na verdade quem peregrinava eram os animais, não gostei e penso que o apóstolo também não acha issohonesto.Após o jantar, sai para comprar pão, presunto e queijo para fazer sanduíches que seria nosso almoço, ao invés de dois pães comprei 3 e fiz um para o sujo, surdo, mudo, coitado e bobão.Antes de dormir falei para Laura ( que saia depois de mim sempre) pegar na manhã seguinte o sanduíche que estava na porta da geladeirapara ela e o outro que estava na sacola plástica era para colocar sobre as sandálias do "sujo". Laura perguntou por que ela deveria pegar o da porta e eu respondi que o da porta tinha mais queijoestava mais recheado, e como cavalo dado não se olha os dentes, estava mais do que bom o sanduíche que havia feito para ele. Lauraachou graça, eu sorri alto, olhamos para o "sujo" que escrevia e pela primeira vez ele sorriu para nós, era um sorriso amigo, como quem sorri com a boca, com os olhos e com a alma, fiquei com tantaculpa que quando saí, deixei meu sanduíche feito no capricho para ele e pequei o outro, ao comer senti que aquele era sem dúvida o melhor sanduíche da minha vida!No alto de uma montanha fiz uma avaliação do meu caminho e conclui que havia me tornado uma pessoa melhor, me senti como um diamante que após alguns cortes consegue refletir mais luz, ocaminho havia caminhado dentro de mim, moldado meu espírito, esvaziado minha alma de mágoas e antigos rancores, eu estava mais leve, estava feliz e estava imersa na paz, havia me transformado em paz.Fazia dois dias que não víamos o peregrino estranho, mais um dia de caminhada e chegaríamos a Santiago, senti um remorso por não ter pedido que escrevesse o nome dele para eu saber como me referir a ele, eu havia sido horrível com o pobre coitado, nem uma foto havia feito ao lado dele e ele havia sido parte do meu caminho, cheguei a Santiago com essa culpa.Após todas as emoções que marcaram minha chegada a casa do Apóstolo e consequentemente a minha vida, eu e Laura fomos comemorarem um bar que tem mesas na calçada.E foi ai que observei um senhor muito distinto, de boné, óculos de sol, falando ao celular como se estivesse extremamente feliz, o estranho é que ele estava vestido minha camiseta onde estava escrito o nome do meu estado e do meu país, eu a reconheceria entre centenas, porque eu havia mandado bordar: CAMINHO DE SANTIAGO- GOIÁS-BRASIL.O homem era português e eu entendia perfeitamente o que ele dizia, fiquei com vontade de perguntar onde ele havia conseguido a camiseta, Laura aconselhou-me a não fazer isso, poderia causar constrangimento ao senhor distinto. A cerveja sufocava-me, não descia pela garganta, não gosto de coisas mal resolvidas, estava angustiada e não parava de olhar para o homem que falava o tempo todo ao celular nos ignorando, em dado momento ele parou de falar, caminhouem nossa direção parou a minha frente, olhou-me nos olhos e disse:- Bem peregrina, com o caminho concluído terminou meu voto de silêncio, quero que saibas que o sanduíche estava delicioso e muitobem recheado, como podes ver eu apreciei o presente que estou vestindo, não tenho pulgas, estou de banho tomado e gostaria de receber aquele abraço que ficou a dever-me alguns dias atrás.Foi o abraço mais aconchegante da minha vida, rimos muito quando ele falou:- Após o sujo, mudo, surdo, orgulhoso e bobão acrescente VICTOR MANUEL!Tornamos-nos grandes amigos, tiramos fotos, visitamos igrejas, jantamos juntos e trocamos emoções como velhos companheiros dejornada.Acompanhamos Victor Manuel até o aeroporto onde nos despedimos, quando ele estava entrando na sala de embarque lembrei do dinheiroe gritei!- Hei Victor, e os 20 dólares? Preciso acertar contigo, foi você quem deixou?E ele sorrindo respondeu:
- Não, foi o Apóstolo, acerte com ele!"
...
"Não me lembro ao certo quando passei a enxergá-lo, acho que foi quando o seu aspecto rude passou a incomodar-me, precisamente em um trecho do caminho de Santiago em que fiquei com sede e sem água.Desolada eu tentava em vão buscar algumas gotas de água da garrafa que 10 km antes já havia sido bebida totalmente, quando ele surge emuma curva: Parecia tudo, menos um peregrino. A barba era grisalha e se misturava ao cabelo que parecia uma vassoura de bruxa, vestia umacamiseta velha e encardida combinando com a calça da mesma " etiqueta". Calçava um par de velhas sandálias rotas, não levava mochila, apenas um saco encardido preso as costas por cordões, usava um cajado desajeitado como ele, olhando aquela figura singular eu julguei que o último banho que ele havia tomado tinha sido com as águas do dilúvio bíblico.Diante da minha cara de desolação com a garrafa vazia na mão, o estranho tirou de dentro do saco uma garrafa com um resto de água e ofereceu-me sem nada dizer, agradeci, mas não aceitei, elesimplesmente voltou à garrafa para o saco e se foi. Bateu um arrependimento, não custava nada ter aceitado a água, maldito orgulho o meu, julguei o homem pelo aspecto, talvez a água fosse atémineral, mesmo que não fosse era água e era tudo que precisava, caminhei com sede amaldiçoando o estranho: - Sujeito mais sem iniciativa, por que ele não insistiu? Se tivesse insistido eu teriaaceitado e não estaria com a garganta trincando, odiei o estranho sujo e sem alma.Cheguei ao albergue e encontrei com Laura uma peregrina conhecida que às vezes caminhávamos juntas, era o ano de 1998 não havia muitos peregrinos no caminho e era gratificante encontrar uma amiga brasileira. Dividimos um macarrão com atum e quando entrei no aposento onde iria dormir, deparei-me com o "sujo" na cama ao lado da minha. Ele estava escrevendo e o ignorei, ( até estranhei ele saber escrever) comentei com Laura o episódio da água, falei que eu jamais colocaria minha boca numa garrafa imunda daquelas emborasoubesse que estava mentindo porque lamentei a falta daquela garrafinha. Laura deitou no beliche de cima e eu fiquei em baixo ao lado do " sujo". Antes de dar boa noite a Laura, comentei com elaque estava preocupada em dormir ao lado do " sujo", porque pelo aspecto ele deveria ter pulgas sonâmbulas que passariam para minhacama, Laura achou graça do comentário infeliz e dormiu, eu sonhei a noite toda que chovia pulgas!Levantei bem cedo peguei meu sanduíche que havia deixado na geladeira deixei outro para Laura e deixei o albergue, conferi minhas roupas para ver se tinha adquirido pulgas e conclui que as pulgas do sujo eram fiéis a ele para meu alívio.Caminhei sozinha a maior parte do tempo com chuva, alguns espanhóis passaram por mim, mas preferi seguir só. Cheguei ao próximo alberguemolhada até os sonhos, era um albergue municipal, estava aberto e não havia viva alma. Fui até um bar, comprei um bocadillo, tomei um banho reconfortante e fui escrever meu diário. Estava torcendo para chegar alguém com quem eu pudesse conversar e foi ai que ele entrou ao recinto pingando água pois o infeliz não tinha nem capa dechuva. Fez um leve aceno com a cabeça e eu respondi com um sorriso sem graça, para puxar conversa perguntei se ele sabia da minha amiga, ele apenas fez um gesto negativo com a cabeça e ignorou-me, além de sujo é mal educado pensei.Ele tomou banho ( embora continuasse com o mesmo aspecto) lavou as roupas esfarrapadas e colocou sobre uma cadeira onde improvisara umvaral. Pensei comigo: - Além de aturar o cheiro dele tenho que aturar o cheiro dessas roupas mal lavadas, estou sendo castigada, acredito que em outra encarnação eu colei chiclete na mesa da santa ceia ou atirei pedras na cruz. Dormimos em extremos do albergue e senti um alívio quando parei de respirar o mesmo ar que dividia com aquele homem mal educado que nem se quer desejou-me boa noite.Sai do albergue ainda estava bem escuro, as 10 h encontrei Laura que havia dormido em um albergue anterior, mas pegara um ônibus porqueprecisava chegar à próxima cidade antes da "siesta" para comprar uma nova capa de chuva porque a dela havia rasgado com o vento. Comenteisobre minha noite desagradável e o quanto eu estava infeliz com a presença do "sujo".O próximo albergue ficamos juntas, conhecemos alguns ciclistas Franceses eram jovens e bem humorados, tomamos vinho e fizemos juntos um cozido de batatas com carne de porco que ficou delicioso.Estávamos jantando quando o sujo adentrou ao recinto, parecia faminto como sempre, fiz um prato e ofereci a ele que para meu espanto aceitou e sorriu, enquanto conversávamos ele recolheu toda a louça e lavou cuidadosamente. Os jovens tentaram falar com ele em Inglês, Francês, Alemão, Espanhol, mas ele apenas balançava a cabeça enada respondia, e foi assim que concluímos que o além de sujo ele era mudo e deveria ser também surdo porque não se incomodava com nossos barulhos.Quando estava arrumando minha mochila, percebi que tinha uma camiseta que quase não usava, ela era bem grande e estava pesando na mochila, falei a Laura que pela manhã iria deixar a camiseta dobrada sobre as sandálias do "sujo", ele pensaria que havia sido um gesto dos ciclistas e faria um bom uso, ao menos andaria mais decente. Saímos do albergue e a camiseta ficou como regalo, meia hora de caminhada e o " sujo, surdo, mudo" passou por nós, deu um leve aceno e se foi vestido em farrapos.Falei para Laura na maior altura:- Olha que absurdo, além de sujo, surdo, mudo o infeliz ainda é orgulhoso, não aceitou o meu presente!Laura falou que eu havia feito minha parte, se ele era mal agradecido o problema era dele, que estávamos no caminho para nos tornarmos pessoas melhores e que humildade, solidariedade egenerosidade eram lições a serem aprendidas e ensinadas.Na próxima cidade, havia dois albergues e ficamos com um grupo de Espanhóis que faziam trechos do caminho nos finais de semana, eram gentis, simpáticos e acolhedores, havia no grupo um casal que tinha vivido algum tempo no Brasil, falarem português conosco e mataram saudades. O sujo, surdo, mudo, orgulhoso não apareceu e eucomentei com Laura que estava aliviada sem e presença desagradável da figura, mas disfarcadamente eu guardei uma sobra da janta nageladeira caso ele aparecesse, mas não apareceu!No albergue seguinte encontramos novamente com nossos amigos Espanhóis e foi uma alegria. O " coitado do sujo " apareceu, mas ficou alheio ao grupo escrevendo no seu canto, tive pena dele,parecia tão só dentro dele que tive ímpetos de dar lhe um abraço, comentei com Laura minha vontade e ela incentivou-me a fazê-lo, atédei dois passos em direção ao coitado, mas depois voltei e falei para Laura:- Melhor não Laura, seguramente aquela barba e aqueles cabelos tem pulgas...Ficamos olhando para o coitado e rindo, ele nos olhou e riu também, o bobo!Após a nossa euforia, fui conferir meu dinheiro e percebi que só tinha alguns trocados, eu havia me esquecido de retirar dinheiro no banco, perguntei a Laura se poderia emprestar me 20 dólares atésegunda feira, mas ela falou que também estava com pouco dinheiro, mas que dividiríamos o pouco que tínhamos e que Santiago cuidaria para que não faltasse nada para nós. Dormi mal naquela noite,preocupada com a falta de dinheiro, acordei tarde, Laura havia saído e encontrei 20 dólares preso na fita do meu cajado, Laura havia deixado todo dinheiro dela para mim e aquele gesto levou me aslágrimas.Encontrei minha amiga em um campo de Gira sois, dei a ela um grande abraço e agradeci o gesto que ela fizera. Laura levou o maior susto e garantiu que não havia deixado dinheiro algum, foi ai que chegamos à conclusão que fora o casal de Espanhóis que moraram no Brasil os autores do milagre, eles estavam no mesmo aposento ecomo entendiam nosso idioma haviam se tornado nossos anjos salvadores. Entramos em uma igreja e rezamos por eles, esse é o caminho de Santiago pensei!No próximo albergue não encontramos o grupo, lamentei muito, gostaria de agradecê-los e pegar o endereço para ressarcir o dinheiro, pois sabia que só caminhariam até domingo.Pela primeira vez vimos peregrinos que faziam o caminho a cavalo, fiquei pensando que na verdade quem peregrinava eram os animais, não gostei e penso que o apóstolo também não acha issohonesto.Após o jantar, sai para comprar pão, presunto e queijo para fazer sanduíches que seria nosso almoço, ao invés de dois pães comprei 3 e fiz um para o sujo, surdo, mudo, coitado e bobão.Antes de dormir falei para Laura ( que saia depois de mim sempre) pegar na manhã seguinte o sanduíche que estava na porta da geladeirapara ela e o outro que estava na sacola plástica era para colocar sobre as sandálias do "sujo". Laura perguntou por que ela deveria pegar o da porta e eu respondi que o da porta tinha mais queijoestava mais recheado, e como cavalo dado não se olha os dentes, estava mais do que bom o sanduíche que havia feito para ele. Lauraachou graça, eu sorri alto, olhamos para o "sujo" que escrevia e pela primeira vez ele sorriu para nós, era um sorriso amigo, como quem sorri com a boca, com os olhos e com a alma, fiquei com tantaculpa que quando saí, deixei meu sanduíche feito no capricho para ele e pequei o outro, ao comer senti que aquele era sem dúvida o melhor sanduíche da minha vida!No alto de uma montanha fiz uma avaliação do meu caminho e conclui que havia me tornado uma pessoa melhor, me senti como um diamante que após alguns cortes consegue refletir mais luz, ocaminho havia caminhado dentro de mim, moldado meu espírito, esvaziado minha alma de mágoas e antigos rancores, eu estava mais leve, estava feliz e estava imersa na paz, havia me transformado em paz.Fazia dois dias que não víamos o peregrino estranho, mais um dia de caminhada e chegaríamos a Santiago, senti um remorso por não ter pedido que escrevesse o nome dele para eu saber como me referir a ele, eu havia sido horrível com o pobre coitado, nem uma foto havia feito ao lado dele e ele havia sido parte do meu caminho, cheguei a Santiago com essa culpa.Após todas as emoções que marcaram minha chegada a casa do Apóstolo e consequentemente a minha vida, eu e Laura fomos comemorarem um bar que tem mesas na calçada.E foi ai que observei um senhor muito distinto, de boné, óculos de sol, falando ao celular como se estivesse extremamente feliz, o estranho é que ele estava vestido minha camiseta onde estava escrito o nome do meu estado e do meu país, eu a reconheceria entre centenas, porque eu havia mandado bordar: CAMINHO DE SANTIAGO- GOIÁS-BRASIL.O homem era português e eu entendia perfeitamente o que ele dizia, fiquei com vontade de perguntar onde ele havia conseguido a camiseta, Laura aconselhou-me a não fazer isso, poderia causar constrangimento ao senhor distinto. A cerveja sufocava-me, não descia pela garganta, não gosto de coisas mal resolvidas, estava angustiada e não parava de olhar para o homem que falava o tempo todo ao celular nos ignorando, em dado momento ele parou de falar, caminhouem nossa direção parou a minha frente, olhou-me nos olhos e disse:- Bem peregrina, com o caminho concluído terminou meu voto de silêncio, quero que saibas que o sanduíche estava delicioso e muitobem recheado, como podes ver eu apreciei o presente que estou vestindo, não tenho pulgas, estou de banho tomado e gostaria de receber aquele abraço que ficou a dever-me alguns dias atrás.Foi o abraço mais aconchegante da minha vida, rimos muito quando ele falou:- Após o sujo, mudo, surdo, orgulhoso e bobão acrescente VICTOR MANUEL!Tornamos-nos grandes amigos, tiramos fotos, visitamos igrejas, jantamos juntos e trocamos emoções como velhos companheiros dejornada.Acompanhamos Victor Manuel até o aeroporto onde nos despedimos, quando ele estava entrando na sala de embarque lembrei do dinheiroe gritei!- Hei Victor, e os 20 dólares? Preciso acertar contigo, foi você quem deixou?E ele sorrindo respondeu:
- Não, foi o Apóstolo, acerte com ele!"
... ela têve um ato insano II
O dia amanheceu e ela foi para a sua rotina diária.
O dia passou tão rápido quanto a sua chegada. Quando percebeu era hora de ir novamente para casa atual...
E então, sem aviso algum, surgiu em sua mente as imagens vividas na noite anterior e junto com elas as emoções sentidas...
Deu vontade de bis...
Seria certo? Foi certo? Deveria se sentir animada? Então porque não sentia?
...
E ela cometeu mais um ato insano...
Lá estava ela ligando novamente para ele. Poderia ela fazer isso?
Ele demorou a atender mas atendeu. Do outro lado estava a voz de um alguém cansado... Disse que estava se arrumando para sair.
Deveria ela perguntar para onde? Deveria se sentir interessada a saber?
Mas antes que dissesse algo a resposta do outro lado já havia sido dita.
Embora devesse soar como uma ameaça, nada lhe ocorreu. Ficou tranqüila e se despediu sem muitos...
E se foi...
Ela e sua amiga pelas ruas da cidades. Uma chuva branda caia em suas cabeças.
Chegando em casa ela se banhou e dormiu...
E naquela noite não houve nenhuma imagem projetada em sua mente.
Apenas dormiu.
Sem dificuldades...
...
O dia passou tão rápido quanto a sua chegada. Quando percebeu era hora de ir novamente para casa atual...
E então, sem aviso algum, surgiu em sua mente as imagens vividas na noite anterior e junto com elas as emoções sentidas...
Deu vontade de bis...
Seria certo? Foi certo? Deveria se sentir animada? Então porque não sentia?
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E ela cometeu mais um ato insano...
Lá estava ela ligando novamente para ele. Poderia ela fazer isso?
Ele demorou a atender mas atendeu. Do outro lado estava a voz de um alguém cansado... Disse que estava se arrumando para sair.
Deveria ela perguntar para onde? Deveria se sentir interessada a saber?
Mas antes que dissesse algo a resposta do outro lado já havia sido dita.
Embora devesse soar como uma ameaça, nada lhe ocorreu. Ficou tranqüila e se despediu sem muitos...
E se foi...
Ela e sua amiga pelas ruas da cidades. Uma chuva branda caia em suas cabeças.
Chegando em casa ela se banhou e dormiu...
E naquela noite não houve nenhuma imagem projetada em sua mente.
Apenas dormiu.
Sem dificuldades...
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sexta-feira, 14 de novembro de 2008
... ela têve um ato insano I
... ela têve um ato insano.
Depois de 40 tentativas frustradas ao celular, ela desistiu. Foi embora para a sua casa atual... dentro dela havia um vazio. Uma sensação de impotência e desagrado dentro de si. Isso atacou a dor já inativa de seu estômago e causou uma nova na cabeça...
E lá foi ela, dentro do carro de uma amiga para casa. Do lado de fora a chuva caia branda... do lado de dentro, uma lágrima...
Com um susto que ela achou que poderia ser um devaneio, percebeu que seu celular tocava dentro de sua bolsa. Suas mãos ficaram gélidas e escorregadias. Seus lábios empalideceram ao ver quem era...
Ficou imóvel...
Seu coração batia descompassado. Quase não acreditou no que via.
Sem reação lhe surgiu um pensamento: “... bem que eu poderia não atendê-lo também...”. Mas antes que o mesmo desaparecesse de sua mente, o coração já havia pensado primeiro e antes que se desse conta de si já estava dizendo “Alô!”.
Do outro lado da linha ele apenas perguntava onde estava... Ela respondeu: “... indo pra casa...”, e ele num ar de nervoso: “... mas exatamente ONDE?”
Depois de explicar, surge um silêncio congelante do outro lado da linha até que ela escuta: “... passa aqui em casa...”. Não era um simples pedido. Era uma súplica, mas que para ela soou como uma obrigação...
Parada à porta da casa dele, a chuva já menos branda que outrora, ela o vê surgir... seus olhos não vão ao encontro dos dela, ao invés ele faz um gesto para que ela entre e fecha a porta atrás deles.
Já dentro, ele pede que ela o espere tomar banho e ela, bem aflita, atende mais um pedido...
Demorados 15 minutos – ou menos, de tão apreensiva não saberia dizer ao certo quanto tempo esperou – ele retorna a sala. Um edredom azul, o mesmo do primeiro sonho e um olhar sem emoção.
Em silêncio ele liga a TV e os dois – ainda em silêncio – deitam no sofá.
Ele, com a cabeça encostada nos seios dela e ela, com a visão completa da TV as mãos livres, que foram quase automáticas nos cabelos dele...
O silêncio têve fim quando ele contou um dos motivos de sua tristeza... Ela também se entristeceu... Queria poder fazer algo mais do que simplesmente estar ali... têve vontade de chorar...
Mas apenas o abraçou... ora com intensidade, ora com força... não sabia o que dizer. E não disse...
Carinhos foram dados da parte dele para ela e vice e versa...
E os dois adormeceram...
Ela estava sonhando. Não se lembra do que era, mas seu corpo se projetou para sua cama... era como se não estivesse mais dividindo o sofá com ele... Só foi se dar conta de onde estava num instante que ele se movimentou e ela acordou assustada... Ele ficou sem entender por alguns instantes e ainda perguntou o que era, ela não sabia explicar...
E se abraçaram...
Quando se soltaram, os dois ficaram se olhando... os olhos muito perto... narizes quase se tocavam...
Ele a enlaçava em seus braços. Ela com umas das mãos no peito dele.
Ela não conseguia tirar os olhos dos olhos dele... Queria dizer: “Meu Deus, que olho lindo!”. Mas antes que pudesse dizer algo, ele a beijou na testa, e na bochecha e por fim, bem próximo a boca...
Num susto e talvez um devaneio ela pensou: “... nossa, e agora? Somos amigos... será que pode?”. Mas antes de qualquer outro pensamento ele a beijou...
...
E no momento seguinte ele desligou a TV e os dois ficaram a se beijar... e tão somente isso. Precisaria de algo mais? Não...
E casa segundo que se passava, mas ela relaxava nos braços dele... e sentia o mesmo da outra parte.
Num pensamento íntimo e quase inaudível – e que poderia ter sido esquecido – eles perceberam que era tarde.
Desceram rumo a casa dela sem se tocarem. Somente conversas. Amigos...
A despedida, na esquina da rua dela, um abraço e um beijo – no rosto. E a pergunta que ela mais sentiu falta em escutar vindo dele: “Vai ficar bem?”. “Sim...”.
E se foi...
Pensamentos soltos dentro de sua cabeça a fizeram sonhar naquela noite.
Era um sonho escuro. Bem diferente dos que ela costuma ter...
Estava andando numa cidade, parecia com as cidades que costumamos ver em filmes americanos, onde as casas – enormes – não tem muros entre elas. Ela entra em uma delas e ouve a voz de alguém chorando... O som se intensifica quando se aproxima da escada. Ela sobe. Há um quarto com a porta aberta, mas a luz está apagada, ele é iluminado somente pela luz que vem de fora da janela.
Ela entra...
E ao entrar se depara com uma cena estranha. Existe uma caixa transparente e dentro dela... ele.
Ela vai ao encontro e não consegue abrir. E ele não pode escutar... Ela se desespera. Não sabe o que fazer...
E acorda...
Acorda em sua cama as 3hs da manhã.
Seria delírio? Seria devaneio? Até onde aconteceu de verdade?
...
Depois de 40 tentativas frustradas ao celular, ela desistiu. Foi embora para a sua casa atual... dentro dela havia um vazio. Uma sensação de impotência e desagrado dentro de si. Isso atacou a dor já inativa de seu estômago e causou uma nova na cabeça...
E lá foi ela, dentro do carro de uma amiga para casa. Do lado de fora a chuva caia branda... do lado de dentro, uma lágrima...
Com um susto que ela achou que poderia ser um devaneio, percebeu que seu celular tocava dentro de sua bolsa. Suas mãos ficaram gélidas e escorregadias. Seus lábios empalideceram ao ver quem era...
Ficou imóvel...
Seu coração batia descompassado. Quase não acreditou no que via.
Sem reação lhe surgiu um pensamento: “... bem que eu poderia não atendê-lo também...”. Mas antes que o mesmo desaparecesse de sua mente, o coração já havia pensado primeiro e antes que se desse conta de si já estava dizendo “Alô!”.
Do outro lado da linha ele apenas perguntava onde estava... Ela respondeu: “... indo pra casa...”, e ele num ar de nervoso: “... mas exatamente ONDE?”
Depois de explicar, surge um silêncio congelante do outro lado da linha até que ela escuta: “... passa aqui em casa...”. Não era um simples pedido. Era uma súplica, mas que para ela soou como uma obrigação...
Parada à porta da casa dele, a chuva já menos branda que outrora, ela o vê surgir... seus olhos não vão ao encontro dos dela, ao invés ele faz um gesto para que ela entre e fecha a porta atrás deles.
Já dentro, ele pede que ela o espere tomar banho e ela, bem aflita, atende mais um pedido...
Demorados 15 minutos – ou menos, de tão apreensiva não saberia dizer ao certo quanto tempo esperou – ele retorna a sala. Um edredom azul, o mesmo do primeiro sonho e um olhar sem emoção.
Em silêncio ele liga a TV e os dois – ainda em silêncio – deitam no sofá.
Ele, com a cabeça encostada nos seios dela e ela, com a visão completa da TV as mãos livres, que foram quase automáticas nos cabelos dele...
O silêncio têve fim quando ele contou um dos motivos de sua tristeza... Ela também se entristeceu... Queria poder fazer algo mais do que simplesmente estar ali... têve vontade de chorar...
Mas apenas o abraçou... ora com intensidade, ora com força... não sabia o que dizer. E não disse...
Carinhos foram dados da parte dele para ela e vice e versa...
E os dois adormeceram...
Ela estava sonhando. Não se lembra do que era, mas seu corpo se projetou para sua cama... era como se não estivesse mais dividindo o sofá com ele... Só foi se dar conta de onde estava num instante que ele se movimentou e ela acordou assustada... Ele ficou sem entender por alguns instantes e ainda perguntou o que era, ela não sabia explicar...
E se abraçaram...
Quando se soltaram, os dois ficaram se olhando... os olhos muito perto... narizes quase se tocavam...
Ele a enlaçava em seus braços. Ela com umas das mãos no peito dele.
Ela não conseguia tirar os olhos dos olhos dele... Queria dizer: “Meu Deus, que olho lindo!”. Mas antes que pudesse dizer algo, ele a beijou na testa, e na bochecha e por fim, bem próximo a boca...
Num susto e talvez um devaneio ela pensou: “... nossa, e agora? Somos amigos... será que pode?”. Mas antes de qualquer outro pensamento ele a beijou...
...
E no momento seguinte ele desligou a TV e os dois ficaram a se beijar... e tão somente isso. Precisaria de algo mais? Não...
E casa segundo que se passava, mas ela relaxava nos braços dele... e sentia o mesmo da outra parte.
Num pensamento íntimo e quase inaudível – e que poderia ter sido esquecido – eles perceberam que era tarde.
Desceram rumo a casa dela sem se tocarem. Somente conversas. Amigos...
A despedida, na esquina da rua dela, um abraço e um beijo – no rosto. E a pergunta que ela mais sentiu falta em escutar vindo dele: “Vai ficar bem?”. “Sim...”.
E se foi...
Pensamentos soltos dentro de sua cabeça a fizeram sonhar naquela noite.
Era um sonho escuro. Bem diferente dos que ela costuma ter...
Estava andando numa cidade, parecia com as cidades que costumamos ver em filmes americanos, onde as casas – enormes – não tem muros entre elas. Ela entra em uma delas e ouve a voz de alguém chorando... O som se intensifica quando se aproxima da escada. Ela sobe. Há um quarto com a porta aberta, mas a luz está apagada, ele é iluminado somente pela luz que vem de fora da janela.
Ela entra...
E ao entrar se depara com uma cena estranha. Existe uma caixa transparente e dentro dela... ele.
Ela vai ao encontro e não consegue abrir. E ele não pode escutar... Ela se desespera. Não sabe o que fazer...
E acorda...
Acorda em sua cama as 3hs da manhã.
Seria delírio? Seria devaneio? Até onde aconteceu de verdade?
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